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sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

O poder do pensamento negativo

Frases como “tudo vai ficar bem” e “no fim tudo dá certo” podem parecer consoladoras a princípio, mas nem sempre são capazes de trazer paz de espírito e diminuir a ansiedade.
Em seu livro “The Antidote: Happiness for People Who Can’t Stand Positive Thinking” (“O Antídoto: Felicidade para Pessoas que não Suportam Pensamento Positivo”, sem edição no Brasil), lançado recentemente, o jornalista Oliver Burkeman mostra como uma boa dose de “pensamento negativo” pode ajudar as pessoas a não se preocupar demais com as dificuldades que virão.
“Pensar tranquilamente e em detalhes a respeito dos piores cenários possíveis pode ajudar a tirar do futuro seu poder de gerar ansiedade”, garante Burkeman.
Ele recorda o trabalho do psicoterapeuta Albert Ellis, um dos pioneiros do “caminho negativo”, que redescobriu na filosofia estoica ideias práticas para lidar com o futuro. O filósofo romano Sêneca (4 a.C. – 65 d.C.), por exemplo, recomendava que quem tivesse medo de perder seus bens materiais “separasse um determinado número de dias em que se contentaria com o mínimo necessário, dizendo a si mesmo ‘essa é a condição que eu temia?’”.
Quando algum paciente lhe dizia que tinha medo de passar vergonha diante dos outros, Ellis o aconselhava a viajar no metrô de Nova York falando em voz alta o nome das estações conforme passasse por elas. Burkeman testou a ideia e, depois de alguns momentos de agonia por causa da vergonha, percebeu que não aconteceu nada demais, e que “pagar mico” não mata ninguém.

Pés no chão

A prática de pensar no pior que poderia acontecer era chamada pelos estoicos de “premeditação dos males” e, segundo Burkeman, faz contraste com o pensamento positivo, “aquele esforço para se convencer de que tudo vai ficar bem, que pode reforçar a crença de que será absolutamente terrível se não ficar”.
Ele aponta que o “culto à positividade” leva empresas estadunidenses a estabelecer metas grandes e audaciosas e incentivar os funcionários a buscá-las. “Mas o consenso pró-metas está começando a ruir”, diz. O primeiro problema que ele menciona é o encorajamento que metas rígidas demais podem gerar atitudes anti-éticas.
Burkeman cita como exemplo um estudo conduzido pela pesquisadora Lisa Ordóñez e por colegas, em que os participantes tinham que formar palavras a partir de um conjunto de letras aleatórias e informar os resultados à equipe. Aqueles que foram instruídos a atingir uma meta específica mentiram com muito mais frequência do que aqueles aos quais foi dito apenas “façam o melhor que puderem”.
Outro problema apontado pelo autor: metas podem fazer com que a pessoa se contente com resultados medíocres. “Muitos taxistas de Nova York, concluiu uma equipe de economistas, ganham menos dinheiro em dias chuvosos do que poderiam porque param de trabalhar logo que atingem o que consideram um bom lucro diário”.
De acordo com o professor de administração Christopher Kayes, da Universidade George Washington (EUA), focar em uma meta às custas de outros fatores pode distorcer uma missão corporativa ou mesmo a vida de uma pessoa. Certa vez, Kayes conversou com um executivo que lhe disse que seu objetivo era se tornar milionário aos 40 anos… e que ele conseguiu. Mas ele também estava divorciado, tinha problemas de saúde, e seus filhos não queriam mais falar com ele. O professor acredita que, por trás dessa mentalidade focada em metas, está um desconforto em relação ao sentimento de incerteza.
Em um estudo conduzido pela pesquisadora Saras Sarasvathy, da Universidade de Virgínia (EUA), foram entrevistados 45 empresários bem-sucedidos. Os resultados levam a crer que aprender a “acomodar” a incerteza pode não apenas levar a uma vida mais equilibrada, mas também ao sucesso profissional: entre os participantes, quase nenhum se apoiou em extensas pesquisas de mercado, nem traçou planos de negócio extremamente detalhados – havia uma certa tranquilidade em relação a imprevistos.
Esses empresários fizeram o que Sarasvathy chama de “efetuação”: no lugar de traçar metas e planos para atingi-las, eles avaliaram os recursos disponíveis e imaginaram os cenários possíveis, dando espaço à flexibilidade. A “efetuação” inclui também o que Sarasvathy chama de “perda acessível”: a pessoa pensa no que ela perderá se seu empreendimento for um fracasso; se puder pagar esse preço, segue em frente.
Por fim, Burkeman lembra que o maior valor do “caminho negativo” é o realismo: sempre podem acontecer imprevistos, e as coisas podem tanto dar certo como dar errado. Encarar essa realidade, ao invés de negá-la, é fundamental, especialmente porque “há fatos que mesmo os pensamentos positivos mais fortes não podem mudar”. [The Wall Street Journal]
Fonte: http://hypescience.com

sábado, 1 de dezembro de 2012

Um refrigerante por dia aumenta em 40% seu risco de câncer de próstata

Já citamos várias razões para largar o refrigerante aqui: eles podem prejudicar o esperma, causar problemas musculares, engordam, causam envelhecimento precoce, aumenta o risco de câncer de pâncreas e, além de tudo, viciam. Agora você tem mais um motivo para trocar a Coca-Cola comum pela versão sem açúcar ou pelo suco natural. Um novo estudo sueco sugere que homens que tomam um refrigerante por dia (330 ml, pouco menos do que uma lata) podem aumentar em 40% o risco de desenvolver formas graves de câncer de próstata.
Pesquisadores da Universidade de Lund (Suécia) examinaram minunciosamente a dieta de mais de 8 mil homens entre 45 e 73 anos por 15 anos, em média. “Entre os homens que consomem uma grande quantidade de refrigerantes ou outras bebidas com adição de açúcar, constatamos um risco de câncer de próstata aproximadamente 40% maior”, disse uma das autoras do estudo, Isabel Drake.
A partir da análise da dieta masculina, os pesquisadores suecos também descobriram que uma dieta rica em carboidratos, com arroz e massas, aumentou em 31% o risco de contrair formas mais leves de câncer de próstata – que muitas vezes não exigem tratamento. Comer muito açúcar no café da manhã (como cereais açucarados) aumentou esse índice para 38%.
Estudos anteriores já haviam demonstrado que imigrantes chineses e japoneses que viviam nos Estados Unidos, o maior consumidor de refrigerantes do mundo, desenvolviam câncer de próstata com mais frequência do que os compatriotas que permaneceram em seu país.
As mulheres também têm muitos motivos para parar de tomar refrigerante. Além de todos os problemas citados acima, o consumo da bebida aumenta em 80% o risco de acidente vascular cerebral em mulheres.[DailyMail, Foto]
Fonte: http://hypescience.com

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Você conhece por inteiro a mais famosa equação de Einstein?

A maioria das pessoas conhece apenas a expressão E = mc², mas esta não é toda a equação de Einstein, que relaciona a energia de uma partícula.
A equação total tem dois componentes, um devido a massa, o já conhecido “mc²”, e o outro devido ao momento, “pc”, onde p é o momento e c a velocidade da luz.
Para quem não lembra, o momento de uma partícula é igual ao produto de sua massa pela velocidade.
Reescrevendo, a equação de Einstein fica:
E² = (mc²)² + (pc)²
Ela pode ser representada na forma de um triângulo retângulo, com a energia total, E, sendo a hipotenusa, e as duas componentes como os catetos.
Em uma partícula sem massa, como o fóton, a parte mc² é zero. Porque a massa é zero, e a equação da energia se torna
E = pc
A energia do fóton é produto do seu momento pela velocidade da luz. Em uma partícula com massa e em repouso, o momento é zero, e a equação da energia é reduzida à sua forma familiar:
E = mc²
Além disso, podemos ver que, quanto maior a velocidade de uma partícula, mais e mais o componente “pc” fica semelhante a “E”, e mais e mais a partícula se comporta como energia. No entanto, ela nunca chega a se tornar energia pura, por causa do componente “mc²”, que fica minúsculo em relação a “pc”, mas não zera nunca.
Veja a explicação no vídeo abaixo. Para assisti-lo em português, ative as legendas clicando no botão “cc”, em seguida clique no mesmo botão e selecione a opção de tradução. [Minute Physics (Youtube)]

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Exército fica de fora da agência de inteligência que usará tecnologia Vivo contra o PCC

pmsdobrasil.com
Exclusivo - A Vivo (do grupo Telefónica) foi especialmente convidada pelos governos Federal e de São Paulo para implantar o sistema de inteligência de comunicações, com segurança máxima, para o trabalho da “Agência contra o Crime Organizado”. 

A empresa já atende ao Palácio do Planalto com um sofisticado e seguro sistema de transmissão de dados por microfibra ótica.

A decisão não provocará ciumeira no mercado porque só a Vivo tem uma equipe preparada para tamanho desafio de implantar o sistema para um centro de comando e controle integrado na área de segurança. Curiosamente, as Forças Armadas ficaram de fora da criação da Agência de inteligência que promete combater e neutralizar o PCC (Primeiro Comando da Capital) – que hoje funciona como uma empresa política. A Receita Federal e Secretaria da Fazenda promete asfixiar financeiramente as organizações criminosas.

Certamente, a exclusão do Exército, Marinha e Aeronáutica na “estrutura” da agência tem um motivo político-ideológico. A Presidenta Dilma Rousseff e o governador Geraldo Alckmin temem reeditar um modelo dos Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna. Subordinados ao Exército, os Doi-Codi foram eficientes no combate e neutralização tática das guerrilhas que queriam implantar o comunismo no Brasil, na década de 70. Por coincidência, o PCC tem claros objetivos político-ideológicos, muito além do lema “Paz, Justiça e Liberdade”.

Por azar (ou incompetência) na gestão da História, o Doi-Codi perdeu a guerra para a esquerda que na década de 60/70 agia como o PCC: praticavam roubos, assaltos, sequestros, assassinatos e atos de terror. No entanto, o Exército e sua comunidade de informações acabaram classificados de torturadores pela sempre eficiente contra-propaganda esquerdista. 

Os desvios e excessos pontuais cometidos em sua maioria por policiais civis (e não pelos militares de carreira) queimaram, irremediavelmente, o filme dos Doi-Codi – cujo modelo operacional e de inteligência poderia ser usado agora no combate efetivo ao PCC.

Agora, no joguinho federal-estadual do faz de conta, formarão a agência dita de inteligência os setores de inteligência e operacional das polícias Federal, Militar e Civil Rodoviária Federal (PRF) e Estadual, Secretaria de Segurança Pública (SSP), Depem, órgão que administra as cadeias, Receita Federal, Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), Secretaria da Fazenda, polícia técnico científica, Ministério Público Estadual (MPE).

Após reunião conjunta ontem no Palácio dos Bandeirantes, o governador Geraldo Alckmin e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, não falaram em quanto vai custar a criação e manutenção desta agência conjunta de inteligência. 

Os dois apenas anunciaram ações táticas imediatas para afetar a criminalidade. O combate estratégico ao crime nunca acontece, o que queima o filme de Geraldo Alkmin perante a opinião pública.

Ontem, ele e Cardozo só anunciaram o óbvio ululante. Além da transferência de presos de alta periculosidade para penitenciárias federais (provavelmente Mossoró, no Rio Grande do Norte), haverá contenção em rodovias, portos e aeroportos, um programa de enfrentamento ao crack, aperfeiçoamento da Polícia Científica, além do centro de controle e comando integrados.

A criação da Agência de “inteligência” é uma tentativa política de responder ao assassinato de 90 policiais em São Paulo. A maioria dos crimes é atribuída ao PCC. Na verdade, a tal “cooperação” pode dar em pouca coisa ou em nada. 


O pacto tenta esconder uma queda de braço entre os governos federal e estadual. Com a vitória de Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo, a marketagem petista agirá em dois sentidos. Desgastar Alckmin e fingir que o partido faz algo importante por São Paulo.


ALERTA TOTAL
Fonte: : http://www.pmsdobrasil.com/2012/11/exercito-fica-de-fora-da-agencia-de.html#ixzz2BZYY4oAm

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

vídeo ensina como dançar “Thriller” passo-a-passo

                                                        Fonte: http://www.youtube.com

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Por que dizem que os gatos têm 7 vidas?


Essa lenda surgiu da Idade Média, quando os , como as bruxas e magos, eram vítimas da Inquisição. Apesar dos esforços para acabar eles (que maldade) eles dificilmente diminuíam . Isso porque havia muitos de seus , pessoas escondiam e criavam secretamente.

, os inquisidores afirmavam só tendo mesmo parte misticismo e afins um bicho continuaria por aí, mesmo sendo tão caçado. , surgiu o termo o tem sete vidas.
 
Fonte : http://www.acesso.antiblog.com

domingo, 21 de outubro de 2012

MONITORAMENTO DE VEÍCULOS EM 2013- GRANDE JOGADA.





SINIAV começa monitoramento a partir de janeiro
        O ano de 2013  vai começar diferente para uma parte dos motoristas  brasileiros. Pelo menos inicialmente para quem vai pegar um carro novo. O SINIAV – um tipo de SIVAM para carros – vai entrar em operação em todo o país, começando obrigatoriamente pelos carros novos. Todos – sem exceção – terão que sair de fábrica com o chip de rastreamento. Não se trata daquele rastreador que o proprietário pode ou não ativar no momento da compra.
        O chip do SINIAV estará sempre ativo e identificando o veículo em qualquer ponto do território nacional, seja em estradas ou vias urbanas. O dispositivo vai custar R$ 5,00 e será cobrado do proprietário na hora de licenciar. Ele vai permitir que os órgãos de trânsito fiscalizem a frota nacional, a fim de evitar roubo/furto de veículos/cargas, controlar tráfego, restringir acesso em zonas urbanas, fiscalizar velocidade média, aplicar multas, localizar veículos roubados, enfim, uma série de funções agregadas.
        O sistema vai utilizar uma série de antenas fixas ou móveis para fiscalizar a frota. Além disso, os carros usados também deverão ser equipados com o chip até julho de 2014. Os estados vão programar as instalações individualmente.
        O serviço deve ser feito no momento do licenciamento. Quem não portar o chip terá de pagar multa de R$ 127,69, além de ter cinco pontos na CNH e ter o veículo retido.
 Faltou avisar que se o tempo gasto entre duas antenas for menor que o estipulado, conforme as placas de velocidade, ou seja, andou acima do limite, portanto gastou menos tempo entre as antenas, vai ser multado por excesso de velocidade também!!!
Fonte
www.denatran.gov.br/siniav.htm

Fonte: http://souzafilhopmpe.blogspot.com.br/
 COLABORAÇÃO. MAJ RAMALHO.

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Policiais humanos e a sociedade de facções



 
Saiu na Folha de hoje (24/9/12):

PM vai a bairros boêmios pedir para motoristas não beberem
Os policiais militares, após autorização dos donos de bares e restaurantes na região, entraram nos estabelecimentos, afixaram cartazes e distribuíram panfletos sobre as regras de trânsito e os perigos da combinação entre bebidas alcoólicas e volante.
Além disso, disponibilizaram o bafômetro para os clientes testarem seu nível alcoólico. ‘Há uma curiosidade da população em relação ao bafômetro. Tem gente que tem medo do aparelho. Acha que dá choque’, disse o Tenente Silva Neto.
De acordo com ele, houve uma redução de 7,5% dos acidentes fatais no período que vai de janeiro a julho desse ano, em relação ao mesmo período de 2011.
Daniela Nogueira, 36, estava em um dos bares da região e foi abordada por um policial em sua mesa. ‘Achei que eles foram bastante simpáticos e falaram bem. Mas não consigo crer que adultos bebendo mudarão sua postura após cinco minutos de conversa com o guarda’, disse.
Seu amigo, Douglas Matias, 31, viu a ação de forma diversa: ‘Eu achei que a abordagem acaba humanizando os policiais. Quando você é abordado por um policial, fica receoso e até mesmo com medo. Aqui eles foram mais calorosos.’

Ao longo do tempo, nos acostumamos a ver os policiais como um grupo diferente no Brasil, fora da sociedade.

Em países desenvolvidos, policiais são uma parte respeitada da sociedade. A morte de um policial é um choque e muitas vezes até punida de forma mais severa pela lei. Ofensas e desobediência são igualmente inaceitáveis. Nos últimos dias, por exemplo, o líder do governo britânico no Parlamento teve de vir a público desculpar-se oficialmente duas vezes por ter chamado um policial de ‘plebeu’ (e provavelmente perderá o cargo por conta disso).

Existem dezenas de razões diferentes para, no Brasil, vermos a polícia como algo aparte. Do passado ditatorial do país e da recusa em se desculpar institucionalmente pelas torturas cometidas em delegacias e batalhões, passando pelo pouco treinamento que recebem (quase sempre voltado ao aprendizado de procedimentos internos e não a como interagir com a sociedade) e culminando na truculência ou ausência de boas maneiras.

Mas existe uma outra razão, que é culpa nossa: o fato de ainda não nos sentirmos membros de uma sociedade. Sem coesão, acabamos sendo um somatório de subgrupos ou facções, e não um todo.

A consequência disso é que a polícia é vista como mais uma facção. Assim como mendigos, pobres, nordestinos, sulistas, ricos, políticos, agricultores, servidores públicos, professores, donas de casa, deficientes físicos, motoristas, pedestres etc. Enfim, ninguém é parte da sociedade brasileira porque ainda não nos sentimos e não agimos como sociedade, como indivíduos que se reconhecem uns nos outros e que têm valores e objetivos comuns. Agimos como um amontoado de pessoas que calhou de estar em um mesmo território e sob um mesmo governo. Não por opção, mas por falta de opção.

Ocupamos posições em várias facções. Às vezes ao mesmo tempo (o estudante branco, nortista, que usa o transporte público, por exemplo), e às vezes em momentos distintos (o médico que dirige nos fins de semana e pedala aos domingos). Não importa: em cada um desses momentos, nos reconhecemos como membros daquela facção (e às vezes nem isso), mas não reconhecemos os integrantes das demais facções como membros do mesmo grupo. São ‘os outros’. Se estou dentro do carro, odeio os pedestres. Se estou atravessando a rua, odeio os motoristas.

Daí não surpreender que a polícia – e magistratura ou membros do Ministério Público – seja vista (e também se veja) como membros de facções que não se encaixam na sociedade: eles não podem se encaixar naquilo que, na prática, fingimos não existir.

Pior, dento da própria polícia há facções: a civil contra a militar, contra a federal, e assim vai. E dentro delas, outras tantas facções: a maioria honesta contra as minorias desonestas; os oficiais contra os praças; etc.

Na melhor das hipóteses, agimos como se a ‘sociedade brasileira’ fosse uma ideia abstrata, sem consequência prática (exceto no carnaval e copa do mundo). Se sou classe média, vou fazer compras em Miami porque é lá que estão as pessoas com os valores com os quais compartilho. Se sou funqueiro, ouço meu som no máximo porque o direito do outro não existe.

Consequência disso é que nos surpreendemos quando percebemos que o policial é tão humano quanto o mendigo que devolve o dinheiro  achado  quanto o amigo do outro lado da mesa de bar. Como em qualquer guerra, demonizamos o outro para podermos continuar odiando-o e combatendo-o. Mas tão logo percebemos o quanto ele se parece conosco, nos assustamos com a imagem que havíamos criado.

Fonte:  http://direito.folha.uol.com.br/blog.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

1 em cada 4 paciente é prejudicado por um erro médico, mas não fica sabendo disso

Considerado uma espécie de tabu entre profissionais de saúde, os erros médicos (que, estima-se, prejudicam um a cada 4 pacientes hospitalizados) são tema do livro “Unaccountable: What Hospitals Won’t Tell You and How Transparency Can Revolutionize Health Care” (“Irresponsável: O que Hospitais não irão lhe contar e Como a Transparência pode Revolucionar a Assistência Médica”, sem tradução no Brasil).
Seu autor, o cirurgião Marty Makary, descreve certos tipos de médicos, tais como:
  • Os perigosos, que continuam exercendo a medicina graças ao silêncio de seus colegas;
  • Os “da Idade da Pedra”, que não se atualizam, mantém práticas defasadas e não lhe contam isso;
  • Os obcecados por lucro, que recebem “comissões” de laboratórios e empresas e aparelhos médicos para prescrever determinados remédios ou implantes de aparelhos.
Expostos, muitos médicos se sentiram de certa forma “atacados” pelo livro. Contudo, para cada um desses, há cinco outros que agradecem a Makary por “contar a história por trás das estatísticas”, diz o autor.
Ele conta que escreveu o livro porque deseja mudar o sistema de saúde dos Estados Unidos (embora outros países possam seguir o exemplo) de dentro para fora. Não acredita, porém, que o Estado ou o mercado possam fazê-lo: “São os pacientes que podem mudar o sistema”, aponta. Como? Sendo “consumidores” mais criteriosos da assistência médica, da mesma maneira que fazem ao adquirir outros serviços ou produtos.
Para ajudar, Makary dá alguns conselhos:
  • Se não souber se o médico é bom ou não, pergunte aos funcionários do hospital;
  • Procure informações sobre sua condição em sites confiáveis e descubra opções de tratamento (nota: ele não diz que dados da internet substituem o diagnóstico de um especialista);
  • Quando o médico sugerir que você passe por uma cirurgia, faça algumas perguntas: O que acontece se você não passar pela cirurgia? Quais as alternativas? Quais os riscos e benefícios?
  • Peça uma segunda opinião.
E você, leitor, acredita que usuários vão conseguir melhorar a assistência médica oferecida no Brasil?[CNN] Fonte: http://hypescience.com

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Receita para um casal nunca brigar


Um casal foi entrevistado num programa de TV porque estava casado há 50anos e nunca havia discutido.
O repórter, curioso, pergunta ao homem:
- Mas vocês nunca discutiram mesmo?
- Não.
- Como é possível isso acontecer?
- Bem, quando nos casamos, a minha esposa tinha uma Gatinha de estimação que amava muito. Era a criatura que ela mais amava na vida.
No dia do nosso casamento, fomos para a lua-de-mel e minha esposa fez questão de levar a gatinha. Andamos, passeamos, nos divertimos e a gatinha sempre conosco. Um certo dia a gatinha mordeu minha esposa.
A minha esposa olhou bem para a gatinha e disse:
- Um.
Algum tempo depois a danada da gatinha mordeu minha esposa novamente. A minha esposa olhou para a gatinha e disse:
- Dois.
Na terceira vez que a gatinha mordeu, minha esposa sacou uma espingarda e deu uns cinco tiros na bichinha.
Eu fiquei apavorado e perguntei:
- Sua ignorante desalmada, porque é que tu fizestes uma coisa dessas, mulher?
A minha esposa olhou para mim e disse:
- Um.
Cuidado cara!   rahraharahrah!!! 
 
Fonte:  http://tedioso.com/target/108297/999/

Papiro sugere que Jesus Cristo era casado



 
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Uma notícia publicada na Harvard Divinity School reacendeu a discussão de um possível casamento de Jesus Cristo.
De acordo com a publicação, um “papiro do século IV sugere que Jesus de Nazaré foi casado com Maria Madalena”. A pesquisa também foi apresentada durante um congresso em Roma.
Karen King, responsável pela publicação, apresentou “uma lâmina com escrita em copta (um antigo idioma surgido no século III, no Egito)”, porém apenas oito linhas estão totalmente legíveis.
De acordo com Karen, “estas linhas são a primeira prova de que alguns dos primeiros cristãos acreditavam que Jesus era casado”
Segundo a pesquisadora, no texto existem quatro palavras, que significam “Jesus disse a eles, minha esposa…”, o que pode ser considerado uma prova do “estado civil” de Jesus Cristo e, de acordo com ela, este texto pode pertencer ao “Evangelho da Esposa de Jesus”.
O papiro é na verdade de um colecionador, que resolveu procurar a pesquisadora para saber o que estava escrito.
Ainda são necessários mais algumas análises, mas acredita-se que o papiro seja verdadeiro pelos exames preliminares.

Fonte: http://minilua.com/papiro-antigo-sugere-que-jesus-cristo-era-casado/



segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Qual é o país com mais ateus no mundo?

por Thais Sant’ Ana
per-124-paises-ateus Qual é o país com mais ateus no mundo?
É a Suécia. Lá, 85% da população não tem nenhuma crença ou não acredita em Deus.
Esse foi o resultado da pesquisa Ateísmo: Taxas e Padrões Contemporâneos, do sociólogo norte-americano Phil Zuckerman. Segundo ele, os suecos aprendem sobre cada uma das religiões na escola e são livres para escolher seguir ou não uma delas. E isso se repete na maioria dos países com alto índice de ateísmo. Vale lembrar que o estudo engloba ateus, agnósticos e não-crentes em Deus e o ranking é baseado na porcentagem populacional de cada país.
  • Enquanto os ateus negam a existência de Deus, os agnósticos garantem não ser possível provar a existência divina.
Crer ou não crer? - Os números da religião e do ateísmo no mundo
Suécia: 85%
  • População: 8,9 milhões
  • Ateus: 7,6 milhões
Vietnã: 81%
  • População: 82,6 milhões
  • Ateus: 66,9 milhões
O budismo e o taoísmo, religiões comuns por lá, são vistos como uma tradição, e não crença.
Dinamarca: 80%
  • População: 5,4 milhões
  • Ateus: 4,3 milhões
Um levantamento da ONU aponta que países com boa taxa de alfabetização tendem a ser mais descrentes.
Noruega: 72%
  • População:4,5 milhões
  • Ateus: 3,2 milhões
Japão: 65%
  • População: 127 milhões
  • Ateus:82 milhões
Em 2008, o pesquisador britânico Richard Lynn concluiu que países com alto QI são mais ateus. É o caso da população japonesa, que mantém a média 105 - uma das mais altas já registradas.
República Tcheca: 61%
  • População: 10 milhões
  • Ateus: 6,2 milhões
Finlândia: 60%
  • População: 5,2 milhões
  • Ateus: 3,1 milhões
França: 54%
  • População: 60,4 milhões
  • Ateus: 32,6 milhões
Coreia do Sul: 52%
  • População: 48,5 milhões
  • Ateus: 25,2 milhões
Crenças no mundo
  1. Cristianismo: 33,3% ou 2 bilhões de pessoas (católicos: 16,8%; protestantes: 6%; ortodoxos: 4%; anglicanos: 1,2%)
  2. Outras: 23%
  3. Islamismo: 22,4% ou 1,2 bilhão de pessoas
  4. Hinduísmo: 13,7% ou 900 milhões de pessoas
  5. Budismo: 7,1%
  6. Sikhismo: 0,3%
  7. Judaísmo: 0,2%
Ateísmo por idade
  1. 18 e 34 anos - 54%
  2. 35 e 49 anos - 24%
  3. 50 a 64 anos - 15%
  4. 65 anos - 7%
Países com maior número de ateus
  1. 181,8 milhões de chineses são ateus - A China ocupa o 36º lugar no ranking de países com mais percentual de ateus (14%). Em números absolutos, porém, é onde vivem mais pessoas sem crença.
  2. Japão: 82 milhões.
  3. Rússia: 69 milhões.
  4. Vietnã: 66 milhões.
  5. Alemanha: 40 milhões.
  6. França: 32 milhões.
  7. Eua: 26,8 milhões.
  8. Inglaterra: 26,5 milhões.
  9. Coreia do Sul: 25 milhões.
Os mais fiéis - Países cuja maioria da população tem alguma crença:
  1. Itália: 90% (53 milhões)
  2. Filipinas: 80% (75 milhões)
  3. México: 76% (96 milhões)
  4. Brasil: 73% (137 milhões)
Ateísmo por sexo
  1. Homens: 56%
  2. Mulheres: 44%
Ateus no mundo - 749,2 milhões (11% da população mundial)
Na ciência - 50% dos cientistas têm alguma religiosidade. Entre eles, 36% acreditam em Deus. Ateus: 10%. Cristãos: 2%.
Fontes: Pesquisas de Phil Zuckerman (2007), Richard Lynn (2008) e Elaine Howard Ecklund (2010), ONU, adherents.com, American ReligiousIdentification Survey, The Pew Research Center, Gallup Poll, The New York Times, Good, Nature, Live Science e Discovery Magazine. http://mundoestranho.abril.com.br/materia/qual-e-o-pais-com-mais-ateus-no-mundo


Quais outras figuras religiosas também foram crucificadas?

por Ranielly Marques
per-123-figuras-religiosas-crucificadas crucifixo santos religiãoBaixe a imagem de Krishna. Digite no browser do seu celular: m.abril.com.br/dwd/me
Antes de Cristo, várias divindades em épocas e regiões bem diferentes entre si foram descritas sofrendo o mesmo castigo.
Essa punição era muito popular na Antiguidade para reprimir escravos, ladrões e indivíduos que ameaçassem o poder do Estado.
A coincidência de ter sido adotada em vários relatos de figuras messiânicas pode ser explicada pelo registro oral dessas histórias – que eram contadas, mudadas e recontadas até, enfim, serem registradas por escrito anos depois.
Nesse meio-tempo, acabavam influenciando umas às outras. Para alguns pesquisadores, esses casos provam como o cristianismo absorveu outras referências anteriores para “montar” a simbologia em torno de Jesus.
Pegaram para Cristo – histórias de crucificados muito parecidas com a de Jesus
Serpente alada
  • Divindade: Quetzalcóatl
  • Onde: México
  • Quando: 587 A.C.
Venerado por astecas, toltecas e maias, seu nome combina “quetzal” (uma ave nativa, com belas plumas) e “cóatl” (serpente). Também nasceu de uma mãe virgem para livrar os homens de seus pecados. Foi batizado na água, ungido com óleos e jejuou por 40 dias. Crucificado entre dois ladrões, renasceu e subiu aos céus.
Entre os animais
  • Divindade: Esus
  • Onde: Bretanha
  • Quando: 834 A.C.
Nasceu da virgem Mayence, hoje representada como uma santa envolta em 12 estrelas e uma serpente aos pés. Foi crucificado em um carvalho, considerada “a árvore da vida”, entre um elefante (que simbolizaria a magnitude dos pecados da humanidade) e um cordeiro (alusão à pureza de quem se oferece para o sacrifício divino).
O poeta romano Lucano (39-65) não estabelece de que maneira Esus (essa é a grafia correta) teria morrido.
Sofrimento sem fim
  • Divindade: Prometeu
  • Onde: Grécia
  • Quando: Não é possível estabelecer uma data para a sua morte
Foi o Titã que libertou e “iluminou” a raça humana ao lhe dar o fogo dos deuses. Por essa ousadia, foi condenado por Zeus a viver pregado numa rocha, com o fígado devorado por uma águia. Para os gregos, era nesse órgão que ficavam os sentimentos, e não no coração.
Três em um
  • Divindade: Bali
  • Onde: Índia
  • Quando: 725 A.C.
Segundo o historiador Godfrey Higgins, a cidade de Mahabalipore, na Índia, traz registros dessa crucificação, que também teria servido para limpar nossos pecados. “Bali” significa “Segundo Senhor” – ele integrava uma trindade que compunha um só Deus. Era cultuado como Deus e como filho Dele.
Amai a todos
  • Divindade: Indra
  • Onde: Tibete
  • Quando: 725 A.C.
Sua mãe, virgem, era negra. Indra também. Acreditava-se que ele tinha poderes extraordinários, como prever o futuro, andar sobre as águas e levitar. Indra era um deus guerreiro, que não pregava a paz, e defendia que a castidade era o único caminho para se tornar santo.
Já vi essa história...
  • Divindade: Krishna
  • Onde: Índia
  • Quando: 900 A.C.
Tem muitos pontos em comum com Jesus. Segundo textos hindus, como o Bhagavata Purana e o Mahabaratha, seu nascimento estava previsto em um livro sagrado. Para evitar que a profecia se concretizasse, o governante da região mandou matar todos os recém-nascidos. Sua mãe era uma virgem de origem humilde, que recebeu a visita de pastores quando deu à luz. Krishna peregrinou por regiões rurais dando sermões, curando doentes e operando milagres, como a multiplicação de peixes. Recomendava aos discípulos que amassem seus inimigos. Segundo alguns relatos, teria sido crucificado – assim como Jesus, entre dois ladrões e aos 33 anos. Ressuscitou no terceiro dia e subiu aos céus, mas avisou que ainda voltaria à Terra.
Em uma segunda versão dos fatos, Krishna teria sido vítima de flechada, aos 125 anos. Sua mãe, Devaki, não era virgem.
Mão santa
  • Divindade: Sakia
  • Onde: Índia
  • Quando: 600 A.C.
Nasceu para expiar os pecados do mundo e sua mãe era chamada por seus seguidores de Virgem Sagrada. Assim como Jesus, operou milagres e curou doentes. Foi tentado pelo diabo e deixou mandamentos como “não matarás”, “não roubarás”, “não pecarás”, “não cometerás adultério” e “não mentirás”. Ficou eternizado pelo símbolo da cruz.
Esposa exemplar
  • Divindade: Alceste
  • Onde: Grécia
  • Quando: 600 A.C.
É o único caso de que se tem relato sobre uma mulher sendo crucificada para livrar a humanidade dos próprios pecados. Ela também era parte de uma Santíssima Trindade. A morte da deusa gera controvérsia: algumas versões defendem que ela deu a vida para salvar o marido, Eurípedes. Como recompensa, teria ressuscitado ainda mais bela. Humana, Alceste teria sido levada pelo deus da morte, Tanatos.

Fonte: The Odd Index, de Stephen J. Spignesi. Consultoria: André Leonardo Chevitarese, professor do Instituto de História da UFRJ e autor de Cristianismos: Questões e Debates Metodológicos. http://mundoestranho.abril.com.br/materia/quais-outras-figuras-religiosas-foram-crucificadas

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

11/9 E suas coincidências assustadoras.

Quando os dias e os messes vão se passando até chegar o dia 11 de Setembro , as atenções de todos os cantos do mundo se voltam para os Estados Unidos, mais precisamente para a cidade de Nova Yorque que não há muito tempo foi palco de uma grande demostração de vingança e ira tudo isso enraizado a muitas gerações, um ataque que expôs a fragilidade e a vulnerabilidade da supremacia americana. E  fato mexeu muito com a imaginação coletiva, muitas teorias apareceram e uma delas são as 11 Coincidências, e a Maldição do número 11. Confira:
1- New York City tem 11 letras.
2- Afeganistão tem 11 letras.
3- Ramsin Yuseb (O terrorista que ameaçou destruir as Torres Gêmeas em 1993) tem 11 letras.
4- George W Bush tem 11 letras.
5- O famoso Nostradamus (11 letras) profetiza a  destruição de Nova Iorque na Centúria número 11 dos seus versos…
6- O Étrelles primeiro avião contra as Torres Gêmeas era o vôo número 11.
7- O vôo 11 levava a bordo 92 passageiros. 9 + 2 = 11
8- O vôo numero 77 também colidiu contra as Torres Gêmeas, e levava 65 passageiros. 6 +5 = 11
9- A tragédia foi em 11 de setembro, ou 11/09. 9 + 1 + 1 = 11
10- A data é igual ao número de emergência da polícia norte americana.
11- Existiam 11 crianças dentro do vôo número 11.
O dia 11/09 é uma data para jamais ser esquecida ou apagada da memória das futuras gerações
Fonte: http://sacizento.bol.uol.com.br/blog/?p=3428

domingo, 9 de setembro de 2012

Os 9 crimes que mais geram prisão no Brasil

Um bom modo de saber o que está ocupando as polícias de um país, e qual a prioridade sócio-política de uma nação, é saber quais são os delitos que estão gerando prisões realizadas pelas polícias. Os números abaixo demonstram claramente que o problema das drogas, embora sempre seja discutido a partir de chavões e conceitos irrefletidos, é de importância primeira para definir o que deve ser o trabalho policial.
Considerando que as prisões realizadas por “tráfico de drogas” neste contexto não são dos que dominam o setor estratégico desse comércio, sabemos bem (basta olhar para as cadeias) qual público é convenientemente retirado do convívio social:

Autor: - Tenente da Polícia Militar da Bahia, associado ao Fórum Brasileiro de Segurança Pública e graduando em Filosofia pela UEFS-BA. | Contato: abordagempolicial@gmail.com
Fonte: http://abordagempolicial.com/2012/09/os-9-crimes-que-mais-geram-prisao-no-brasil/

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Julgamos as pessoas pela aparência porque funciona


Não, não estamos falando que você pode olhar para cara de alguém e assumir que sabe tudo sobre ela. O ditado “não julgue o livro pela capa” continua valendo; você pode quebrar a cara ao julgar alguém sem maiores informações sobre ele ou ela.
Ainda assim, todo mundo sabe que primeiras impressões são importantes – e duradouras. O fato de tal comportamento prevalecer é porque ele “funciona”: em muitos casos, podemos prever qual a personalidade de uma pessoa a partir de suas expressões ou das roupas que ela usa.
Um pouco de senso comum já nos diz que isso é verdade. Por exemplo, às vezes é possível dizer que alguém é fã de rock através de seu vestuário.
Mas um estudo de 2009 que analisou a precisão com que um observador pode determinar cerca de 10 traços da personalidade de uma pessoa com base apenas em fotografias de seu corpo inteiro mostrou que isso vai além.
Quando a postura e a expressão das pessoas era “padrão” – os pesquisadores especificaram como eles queriam que as pessoas posassem para a foto – os observadores julgaram corretamente os traços de extroversão, autoestima e até mesmo a religiosidade.
Já a partir de fotos em que as pessoas fizeram as poses e expressões que queriam (foram espontâneas, elas mesmas), os observadores julgaram corretamente quase todos os 10 traços examinados.
Só tome cuidado ao julgar os outros, porque o que você diz sobre eles pode revelar muito sobre sua própria personalidade. Cientistas dizem que a maneira como você vê os outros reflete muito sobre quem você é, incluindo tanto boas quanto más características.

Aparência x personalidade

Os novos resultados levam os cientistas a crer que ambos os sinais estáticos, como estilo de roupa, e os dinâmicos, como expressão facial e postura, ajudam as pessoas a deduzir informações sobre a personalidade de alguém de forma precisa.
Conclusão? A forma como você se veste pode dizer muito sobre você. As pessoas vão usar essas informações para formar juízos precisos para uma variedade de traços seus.
“Como prevíamos, a aparência física serve como um canal através do qual a personalidade se manifesta”, dizem os autores. “A aparência física pode desempenhar um papel mais importante no julgamento da personalidade do que se pensava”, concluem.
Então, não, você pode dizer se alguém é legal ou não apenas de olhar para ela; vai precisar conhecê-la de verdade. Mas, sim, você deve usar gravata naquela entrevista de emprego, e não uma camiseta de time de futebol, pois se vestir bem pode passar uma boa ideia de quem você é.[Science20] Fonte: http://hypescience.com/

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Justiça dá a pastor vínculo de emprego

Pastor e fiel buscam vínculo de emprego
Autor(es): Por Arthur Rosa | De São Paulo
Valor Econômico - 08/08/2012
 

Pastores e fiéis estão conseguindo reconhecimento de vínculo de emprego com igrejas. Apesar de a jurisprudência ser favorável às instituições religiosas, a Justiça do Trabalho entende que, quando se busca "lucrar com a palavra de Deus", pode-se enquadrar uma igreja como empresa e um pastor como empregado. As condenações ocorrem a partir do momento em que se obriga o cumprimento de metas de arrecadação de donativos. Além de reconhecer o vínculo de emprego, os ministros da 7ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST) garantiram a um ex-pastor indenização por danos morais de R$ 19 mil

Pastores e fiéis estão conseguindo reconhecimento de vínculo de emprego com igrejas. Apesar de a jurisprudência ser favorável às instituições religiosas, a Justiça do Trabalho entende que, quando se busca "lucrar com a palavra de Deus", pode-se enquadrar uma igreja como empresa e um pastor como empregado. As condenações ocorrem a partir do momento em que se obriga o cumprimento de metas de arrecadação de donativos.
"Pode haver instituições que aparentam finalidades religiosas e, na verdade, dedicam-se a explorar o sentimento religioso do povo, com fins lucrativos. Nesse caso, o caráter comercial da igreja permite que seja reconhecido o vínculo empregatício entre os pastores e a instituição", diz o ministro Ives Gandra Martins Filho, relator de um caso analisado recentemente pela 7ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST).
Além de reconhecer o vínculo de emprego, os ministros garantiram a um ex-pastor indenização por danos morais no valor de R$ 19 mil. Ele foi acusado indevidamente de roubo. Em outro caso contra a mesma igreja que chegou ao TST, não ficou comprovada a relação de emprego, mas também foi arbitrada indenização a um ex-pastor acusado, sem provas, de subtrair o dízimo - doações em dinheiro - oferecido pelos fiéis durante os cultos. O valor estipulado foi de R$ 70 mil.
No TST e nos tribunais regionais do trabalho (TRTs), o entendimento é favorável às igrejas. Desembargadores e ministros consideram que a subordinação existente é de "índole eclesiástica", e não empregatícia, e que a retribuição financeira seria apenas para a manutenção do religioso. "Admite-se o vínculo apenas no caso de desvirtuamento da instituição religiosa", afirma a advogada Simone Galhardo, que defende a Igreja Universal do Reino de Deus. "O que liga o pastor à igreja é a fé dele."
Com a cobrança de metas por igrejas, porém, os magistrados entendem que ficaria configurada a subordinação. "É o principal elemento para o reconhecimento do vínculo de emprego, diz o advogado Daniel Chiode, do Gasparini, De Cresci e Nogueira de Lima Advogados, acrescentando que instituições religiosas - como a Igreja Adventista do Sétimo Dia - preferem registrar seus pastores. "A igreja entende que o pastor precisa ter seus direitos trabalhistas respeitados e tranquilidade para trabalhar."
Na Justiça, as igrejas também respondem a processos ajuizados por fiéis. No Maranhão, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) reconheceu vínculo entre um policial militar e uma instituição religiosa. Ele alega que trabalhou como vigia, fazendo três plantões por semana - turnos de 12 horas corridas, com folga de 24 e 48 horas. Pelo serviço, recebia pagamentos quinzenais de R$ 600.
Para o desembargador Luiz Cosmo da Silva Júnior, relator do caso, ficou comprovada a existência de trabalho subordinado, exercido com pessoalidade, onerosidade e habitualidade, conforme dispõe a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Mesmo o fato de o policial militar estar proibido legalmente de manter contrato de trabalho com empresa privada não impede, segundo o magistrado, o reconhecimento do vínculo de emprego. "O policial militar pode ser punido pela corporação a que pertence, configurando uma infração disciplinar, mas isso não impede que lhe seja reconhecido o vínculo empregatício, pois, caso contrário, estar-se-ia sendo punido duplamente", afirma o desembargador.
Fonte: http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2012/8/8/justica-da-a-pastor-vinculo-de-emprego

terça-feira, 7 de agosto de 2012

‘O Brasil é o país do improviso’

                                                  ‘O Brasil é o país do improviso’

Dificil de reconhecer, o delegado Hélio Luz, que foi chefe da Polícia Civil fluminense de 1995 a 1997, circula incógnito pelas ruas do Rio. Aos 66 anos, sem barba, cabelos curtos e bem magro, aproveita a aposentadoria levando uma vida tranquila, alternando-se entre Rio e Porto Alegre, sua cidade natal. Longe do poder, mas nunca das polêmicas, Luz não acredita que as UPPs vão dar certo. Além disso, atribui a culpa pela criminalidade aos “mocinhos”, ou seja, os integrantes do sistema de segurança do estado.


Como o senhor avalia a atual política de segurança pública do Rio?

A verdade é que essa política não existe. Tudo é feito no imediatismo, afinal de contas, o Brasil é o país do improviso. O que existe é uma política de segurança desse governo, feita para durar quatro anos, e não uma política para a sociedade, a médio e longo prazo.



Mas e as Unidades de Polícia Pacificadora? Não são algo planejado?

Não. Se fosse planejado, a Polícia Militar teria feito primeiro o dever de casa, que é saber controlar a sua tropa. Ela mesma reconhece o descontrole interno, que há corrupção. Esse controle é o primeiro passo e não foi feito. Então, foi improvisado mais uma vez.

A decisão de entrar no Alemão foi correta?

Acabou sendo porque deu certo. Um improviso que acabou funcionando. A população de lá deve estar boquiaberta, nunca teve saúde, transporte. E agora ganha teleférico. É incrível.

E a situação do Alemão?

Com o tempo, essa ocupação não resiste. Tá aí, já metralharam (a sede da UPP). Não tem eficiência. Eu não sou crítico dessa política. Quem está na linha de fogo é que sabe como o negócio é complicado. Eu só tenho uma percepção diferente.

Como o senhor avalia as UPPs?

Eu realmente gostaria que o programa desse certo, mas elas são a reprodução de algo que já conhecemos, os Destacamentos de Policiamento Ostensivo (DPO), que já existem há mais de 40 anos, e não deram certo por causa da corrupção. A ideia é a mesma: alocar policiais numa área geográfica. Como vou acreditar na UPP, se os DPOs nunca deram certo?

Então, se não é a UPP, qual é a solução para o tráfico?

O problema é que a UPP é a política voltada para o enfrentamento dos bandidos. Mas acho que se nós temos que ter atenção com os mocinhos. Assim, teríamos de fato uma redução de criminalidade de longo prazo. Gostam de dizer que a criminalidade no Rio é resultado da ação dos denominados bandidos. Mas, para mim, é culpa dos mocinhos, porque eles é que são os verdadeiros bandidos.

Quem são os mocinhos?

São aqueles que integram o sistema de segurança do estado. Uma coisa é fato: só existe crime no Rio de Janeiro com o consentimento da polícia. Ninguém pratica crime nessa cidade sem o acerto com o policial. Essa guerra contra o tráfico não existe, porque não há um inimigo. A polícia não tem que matar o cara, tem que punir de forma efetiva, com uma cadeia dura.

A PM está formando milhares de novos policiais para as UPPs. O que acha disso?

Uma loucura. Se eles não têm controle de dez mil policiais vão ter de 30, 40 ou 50 mil? Eles mesmos assumem que colocam os praças nas UPPs para evitar a corrupção. Mas eles esquecem que o novo também fica velho. O policial experiente é que deveria estar lá na UPP.



A corrupção da polícia tem solução?

Sim. Quando polícia for polícia e a gente tiver certeza de que o mocinho é o mocinho. Como a polícia não vai ser corrupta num estado corrupto?

Qual o grande problema da segurança pública no Rio de Janeiro hoje?

Os homicídios, porque todo tipo de criminalidade - tráfico, jogo do bicho, milícia - está ligado a ele. É preciso colocar o homicida numa cadeira dura. E isso custa caro, então precisa ter efeito de fato. O homicídio virou um crime menor do que o tráfico. É absurdo.

E porque os bicheiros não são presos no Rio?

Porque eles integram a Liesa (risos). Integram os “mocinhos” com o colete da Liesa, assim como o prefeito.

O tráfico no Rio hoje está enfraquecido?

Acredito que não. O tráfico hoje sabe o seu lugar. Ele tem que operar “pianinho”.

extra.globo

segunda-feira, 30 de julho de 2012

O General disse a pura verdade. Eta General rochedo: disse o Genera "Usar o regulamento do Exército para a Polícia Militar é infringir direitos trabalhistas duramente conquistados ao longo de décadas, precisamos rever isso com o máxima urgência. Coronéis da PM, o próprio General do Exército deu a deixa…". Veja


General Adriano Pereira: esclarece o que é ser soldado do exército e soldado da PM

O general ADRIANO PEREIRA JR, hoje em entrevista no Programa Canal Livre da Band, 30 de julho de 2012, demonstrou entender mais da Polícia Militar do que os próprios PMs. Ele explicou a diferença entre um soldado da PM que é de carreira e de um soldado do Exército.

Não existe carreira de soldado do Exército, este é treinado para a guerra que é um serviço excepcional. E o soldado da PM tem uma vida inteira para desempenhar essa função, assim ele não pode ser pautado pelo REGULAMENTO DO EXÉRCITO, que é feito para períodos de exceção, ou seja, GUERRA!

O próprio General em sua entrevista deixou claro que os códigos aplicados no EXÉRCITO não devem ser aplicados para os SOLDADOS DA POLÍCIA MILITAR, as funções são de natureza diferenciadas.

Usar o regulamento do Exército para a Polícia Militar é infringir direitos trabalhistas duramente conquistados ao longo de décadas, precisamos rever isso com o máxima urgência. Coronéis da PM, o próprio General do Exército deu a deixa…

Fonte: blog da Vanessa Fontana

ASSISTA PARTE DA ENTREVISTA DO GENERAL DE EXÉRCITO ADRIANO PEREIRA JR

Tendências/Debates: Reforma e controle, não extinção

RENATO SÉRGIO DE LIMA
O debate sobre a extinção das polícias militares reabre, mais uma vez, a ferida do colapso da segurança pública no Brasil.
De um problema social de primeira grandeza, a segurança teima em ser relegada à condição de pária político, da qual grande parcela dos políticos procura manter uma distância regulamentar ou, se a assume em seus discursos, é para explorá-la a partir do culto ao ódio ou do medo da população.
Afinal, a violência urbana persiste como um dos mais graves problemas sociais no Brasil, totalizando mais de 800 mil vítimas fatais nos últimos 15 anos.
Nosso sistema é caro, ineficiente, capacita e paga mal os policiais e convive com padrões operacionais inaceitáveis de letalidade e vitimização policial.
Em suma, não conseguimos oferecer serviços de qualidade e, com isso, reforçamos a perversa desigualdade social do país.
É fato que a história recente da segurança pública no Brasil tem sido marcada por demandas acumuladas e mudanças incompletas. Ganhos, como a redução entre 2000 e 2011 dos homicídios em São Paulo, tendem a perder força, na medida em que não há normas técnicas, regras de conduta ou padrões capazes de modificar culturas organizacionais ainda baseadas na defesa do Estado e não da sociedade.

Folhapress
As instituições policiais e de justiça criminal não experimentaram reformas significativas nas suas estruturas. Avanços eventuais no aparato policial e reformas na legislação penal têm se revelado insuficientes para reduzir a incidência da violência urbana, numa forte evidência da falta de coordenação e controle.
Por isso, falar em extinção das polícias militares reduz essas questões a um jogo truncado por defesas corporativas e agendas técnica e politicamente enviesadas e parciais, que podem, mesmo que involuntariamente, mais contribuir para a manutenção do atual quadro do que para transformá-lo.
Resultados perenes só podem ser obtidos mediante reformas estruturais do sistema de segurança pública e da Justiça criminal, bem como do efetivo comprometimento político dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.
Essas reformas devem envolver a construção de um verdadeiro Sistema Único de Segurança Pública no Brasil, que tem de:
- Atualizar a distribuição e a articulação de competências entre União, Estados e Municípios;
- Criar mecanismos efetivos de cooperação entre eles;
- Reformar o modelo policial estabelecido pela Constituição para promover a sua maior eficiência;
- E estabelecer requisitos mínimos nacionais para as instituições de segurança pública no que diz respeito à formação dos profissionais, à prestação de contas, ao uso da força e
ao controle externo.
É em torno dessa agenda que o Fórum Brasileiro de Segurança Pública propôs a criação de uma comissão de especialistas para subsidiar mudanças legislativas necessárias à sua viabilização, bem como a articulação de um novo pacto republicano de Poderes para a efetivação prática dessas mudanças.
STF, CNJ, governadores e presidenta da República também têm um papel político que supera em muito os aspectos técnicos e gerenciais envolvidos.
Tal agenda é capaz de surtir efeitos muito maiores do que a extinção de uma ou de outra polícia.
Se, para Hannah Arendt, a violência aniquila a política, manter o nosso atual modelo de segurança pública significa a nossa capitulação frente ao medo, a insegurança e a vontade de vingança.
RENATO SÉRGIO DE LIMA, 42, doutor em sociologia pela USP, é membro do Conselho de Administração do Fórum Brasileiro de Segurança Pública
*
PARTICIPAÇÃO
Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@uol.com.br.
Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.

Tendências/Debates: Treinamento bélico, violência sistemática

RUY BRAGA
ANA LUIZA FIGUEIREDO
No final de maio, o Conselho de Direitos Humanos da ONU sugeriu a extinção da Polícia Militar no Brasil. Com isso, um tema emerge: é possível garantir a segurança da população sem o recurso à violência militar? Entendemos que sim.
No entanto, para que isso aconteça é preciso desnaturalizar o discurso populista de direita a respeito das "classes perigosas" que credita a violência à população pobre das cidades.
Antes de tudo, devemos reconhecer que a violência urbana é uma questão de ordem socioeconômica. Exatamente por isso, para combatermos a criminalidade a contento é necessário uma abordagem que priorize o desenvolvimento de políticas sociais capazes de enfrentar a pobreza e a degradação social.
Tendências/Debates: Reforma e controle, não extinção
Mas, como vimos recentemente no Pinheirinho, na cracolândia ou na USP, o Estado brasileiro sustenta há décadas uma política de militarização dos conflitos sociais.
As razões para isso deitam raízes profundas em nossa história recente: o modelo policial brasileiro foi estruturado durante a ditadura militar se apoiando na ideologia da segurança nacional.
O núcleo racional dessa doutrina, vale lembrar, afirmava que o principal inimigo do Estado encontrava-se no interior das fronteiras brasileiras. Rapidamente, o inimigo interno se confundiu com a própria população pobre do país.
O decreto-lei 667, de 2 de julho de 1969, atribuiu ao Ministério do Exército o controle e a coordenação das polícias militares por intermédio do Estado-Maior do Exército. O comando geral das polícias militares passou a ser exercido por oficiais superiores do Exército subordinados, hierárquica e operacionalmente, ao Estado-Maior do Exército.
Os policiais militares se submeteram então a uma Justiça especial, muito rigorosa quando se trata de infrações disciplinares, mas absolutamente condescendente com os crimes contra a população.
A despeito da redemocratização da década de 1980, a estrutura policial continuou a mesma, ou seja, prioritariamente orientada para a defesa daqueles interesses classistas que deram origem à ditadura.
Na verdade, uma polícia criada para o enfrentamento bélico não pode promover senão a violência sistemática contra os setores mais explorados e dominados dos trabalhadores brasileiros: a população pauperizada, os negros, os homossexuais e toda sorte de excluídos.
Enquanto dez cidadãos em cada cem mil habitantes tombam vítimas da violência urbana no Alto dos Pinheiros (bairro nobre da região sudoeste da cidade), 222 são mortos no Jardim Ângela (zona sul da cidade, próxima ao Capão Redondo, considerada a terceira região mais violenta do mundo).
Esse dado serve para derrubar a tese diligentemente construída por setores conservadores da sociedade paulistana: a elite a maior vítima da violência urbana.
O processo de redemocratização da sociedade brasileira trouxe para a ordem do dia a questão da desmilitarização da polícia. Entendemos que, igualmente, o corpo de bombeiros deveria ser parte de um sistema articulado de defesa civil, recebendo um salário digno, uma formação adequada e conquistando o direito à sindicalização.
Em suma, tanto a polícia quanto o Judiciário deveriam estar a serviço da segurança das famílias trabalhadoras. Em vez de se balizarem pelo arbítrio dos dominantes, deveriam prestar contas aos sindicatos, às associações de moradores e às entidades de direitos humanos.
A desmilitarização da polícia é uma exigência democrática sem a qual, 25 anos depois, a sociedade brasileira ainda não terá superado a ditadura.
RUY BRAGA, 40, doutor em ciências sociais pela Unicamp, é professor de sociologia da USP e ANA LUIZA FIGUEIREDO, 43, é diretora da Federação Nacional do Judiciário Federal e Ministério Público da União (Fenajufe).
*
PARTICIPAÇÃO
Para colaborar, basta enviar e-mail para debates@uol.com.br.
Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.

Polícia Militar deveria ser extinta?

Do portal da Folha de S. Paulo – Opinião

No dia 30 de maio, o Conselho de Direitos Humanos da ONU pediu ao Brasil maiores esforços para combater a atividade dos “esquadrões da morte” e que trabalhe para suprimir a Polícia Militar, acusada de assassinatos.

Ao todo, foram 170 recomendações que compõem o relatório elaborado pelo Grupo de Trabalho sobre o Exame Periódico Universal (EPU) do Brasil, uma avaliação à qual se submetem todos os países
Para vários membros do conselho (como Dinamarca, Espanha e Coreia do Sul), estava claro que a própria existência de uma polícia militar era uma aberração só explicável pela dificuldade crônica do Brasil de livrar-se das amarras institucionais produzidas pela ditadura.
Você concorda com a extinção da Polícia Militar?
As informações são do portal da Folha de S. Paulo.