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sábado, 31 de março de 2012

Experiências religiosas vívidas são alucinações não psicóticas


Pesquisadores da Universidade Stanford (Califórnia), nos Estados Unidos, resolveram abordar o estudo das alucinações por um ângulo diferente. Ao invés de focar em pessoas com perturbações clinicamente comprovadas, como a esquizofrenia, eles se concentraram em indivíduos saudáveis que também têm experiências de saída do estado normal da mente. Analisando os casos, eles descobriram que há relação entre visões de cunho religioso com determinadas condições cerebrais.
O estudo foi parte da pesquisa de campo de uma antropóloga americana, Tanya Luhrmann. Ela entrevistou centenas de membros de uma comunidade evangélica. Alguns deles afirmam terem vivenciado conversas reais e autênticas com Deus, e Luhrmann se dedicou a descobrir o que há de comum entre estas pessoas.
A autora cita o caso de Hannah (nome fictício), jovem integrante da comunidade que é perfeitamente saudável neurologicamente. Em suas visões, ela alega comunicar-se diretamente com Deus, em algumas vezes vê-lo de maneira clara e senti-lo dentro dela própria. Mais de 30 membros da comunidade se encaixam na mesma situação de Hannah.
Luhrmann conseguiu encontrar muito em comum entre aqueles que referiram tais alucinações. Ela identificou que existe um mecanismo mental (ainda desconhecido, em grande parte) pelo qual todos os seres humanos estariam sujeitos a ter um sonho excessivamente real, por exemplo, em que uma entidade espiritual muito forte (que pode ser a figura de Deus como também a do Diabo ou outro ente) visita a pessoa dentro de sua consciência.
Esta tendência, conforme explica a antropóloga, é mais comum do que parece: de 10% a 15% dos adultos dos Estados Unidos e do Reino Unido já vivenciaram uma experiência parecida. A principal questão que ela ressalta é que não se trata de um quadro psicótico.
Na psicose, existe uma perda diagnosticável de contato com a realidade, o que não se aplica às alucinações religiosas. O que predomina, neste caso, são as experiências culturais e históricas de cada pessoa, que condicionaram o cérebro a um estado específico. É o que a autora chama de “absorção” de um ambiente imaginativo, o que facilita a criação das imagens presentes nas alucinações.
Tanya Luhrmann oferece, em suma, uma orientação para que psicólogos e outros profissionais da saúde estudem melhor estas alucinações no futuro: investigar padrões mentais de vivências passadas, e focar na bagagem cultural que se instala na consciência de cada um. [Science News, foto de Claude Renault]
Fonte: http://hypescience.com

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Pressão alta pode deixar as pessoas “desligadas” emocionalmente

Segundo um novo estudo, pressão arterial elevada não aumenta só o risco de ataque cardíaco e derrame, como também pode afetar a forma como as pessoas percebem as emoções.

Pesquisadores descobriram que indivíduos com pressão arterial mais elevada do que normal não só têm dificuldade em atribuir emoções para passagens de texto que leem, como também têm problemas em reconhecer rostos com medo, tristes, com raiva e felizes ao olhar para fotografias.

O fenômeno é chamado de “amortecimento emocional”, uma espécie de resposta reduzida aos eventos positivos e negativos da vida. Em estudos anteriores, indivíduos com amortecimento emocional mostraram respostas reduzidas à dor e estresse.

A título de comparação, viver desse modo, sem pistas emocionais, é como viver dentro de um e-mail sem “carinhas” sorridentes (ou quaisquer carinhas, para dizer a verdade). Nós usamos as carinhas em e-mails para mostrar quando estamos apenas brincando, senão, algumas pessoas podem interpretar mal e ficarem bravas.

Pessoas que têm problema em dar pistas verbais e não verbais, como usar expressões no contexto correto, podem também ter problemas em entender as sutilezas numa conversa, o que pode levar a um desempenho mau no trabalho, problemas de comunicação e desconfiança.

Como o amortecimento emocional também se aplica às emoções positivas, essas pessoas podem não colher os “benefícios” de hobbies, férias, ou mesmo do apoio de amigos e familiares.

Para o novo estudo, os pesquisadores pediram a 106 indivíduos, com idade média de 53 anos, para avaliar as expressões emocionais em faces e frases utilizando um medidor especial chamado de Teste de Percepção de Afeto. A pressão arterial e outros fatores cardíacos foram medidos continuamente durante o teste.

Após o controle para medicação, índice de massa corporal e estado mental, as pessoas com pressão alta se saíram piores quando se tratava de sua capacidade de reconhecer emoções.

Os cientistas suspeitam que a pressão arterial mais elevada e o amortecimento emocional podem ter algo a ver com as mudanças sutis na função cerebral. Medicamentos para reduzir a pressão sanguínea podem ajudar as pessoas a recuperar sua leitura emocional, mas não do dia para a noite.

O próximo passo é estudar como o amortecimento emocional pode influenciar comportamentos arriscados. As pessoas com problemas emocionais de amortecimento têm mais dificuldade em avaliar as ameaças, o que poderia levá-las a não seguir o conselho de um médico, por exemplo, sobre dieta e exercício – duas boas maneiras para ajudar a baixar a pressão. [MSN]

6 mitos de diferenças na cama (e além) entre os sexos

As diferenças entre homens e mulheres quanto ao sexo são muito comentadas. Eles querem só diversão, elas comprometimento; eles querem beleza, elas segurança social. Mas nem todos os psicólogos concordam com isso.

Um grupo de psicólogos da Universidade de Michigan, liderados por Terri Conley, fizeram diversos estudos sobre o assunto e confirmaram que a assunto não é tão simples. Veja abaixo seis diferenças de comportamento que talvez não sejam assim tão naturais:
1 – Homens pensam mais em sexo

O clichê de que os homens pensam em sexo a cada sete segundos é mentira. É verdade, entretanto, que os homens pensam mais em sexo do que as mulheres. Mas não só em sexo: também em comida, dormir e outras necessidades corporais.

Em um estudo desse ano, os psicólogos pediram às “cobaias” que anotassem seus pensamentos durante o dia. Eles constataram que os homens pensam em sexo 18 vezes ao dia, enquanto as mulheres 10. Mas o resultado foi parecido também para comer e dormir. Então a cabeça do homem não é tão sexual quanto você imaginava.
2 – Homens querem mais parceiras

Se você perguntasse para homens e mulheres com quantos parceiros eles gostariam de fazer sexo em certo período de tempo, provavelmente o número masculino será maior. Mas parece que alguns dos garanhões estão aumentando um pouco os números.

Calcular uma média não dá exatamente uma ideia real dos dados. Por exemplo, se você fizer a pergunta acima a 10 homens, 9 responderem 1, e um disser 20, a média será 2,9. Mas na realidade, a maioria dos homens não iria querer 3 parceiras.

Se ao invés da média, analisarmos a resposta mais comum, chegamos à conclusão de que tanto homens quanto mulheres dizem o mesmo: um.

Pesquisas são complicadas pois muitos dizem o que acham que deveriam dizer, e não a verdade. E isso piora quando o assunto é sexo, já que muitas pesquisas são aplicadas com estudantes universitários, que gostam de confirmar suas expectativas de masculinidade.

E quanto ao número real de parceiros que cada um tem? Estudos geralmente concluem que homens têm mais parceiros do que mulheres. Mas em 2003, pesquisadores descobriram que se você engana os participantes, revelando que eles estão conectados a um detector de mentiras, os homens revelam o mesmo número de parceiros que as mulheres.
3 – Homens querem aparência, mulheres querem status

Um pensamento comum é de que os homens procuram mulheres “sexys” e atrativas, enquanto as mulheres estão mais preocupadas com o status (econômico e social) do alvo.

Quando psicólogos pedem às pessoas (a maioria universitários) para imaginar o parceiro ideal, é geralmente o que aparece. Mas um estudo de 2008 atesta que, quando em encontros rápidos, os envolvidos não se preocupam com essas características.

“Imaginar o ideal evoca estereótipos sobre homens e mulheres – e também o que homens e mulheres deveriam fazer”, afirma Conley. “Mas quando alguém avalia uma pessoa real, é bem diferente”.
4 – Mulheres têm menos orgasmos

As mulheres estão condenadas a ter uma vida com menos prazer?

Estudos sugerem que os homens têm mais orgasmos, mas Conley e seus colegas colocam um porém: as diferenças são enormes entre encontros de uma noite e relacionamentos. Ponto para as mulheres em situações estáveis.

Em um estudo de 2009, publicado no livro “Famílias como elas realmente são”, os pesquisadores perguntaram para mais de 12.950 pessoas sobre suas experiências sexuais. Eles descobriram que as mulheres chegam ao orgasmo três vezes menos do que homens em um primeiro encontro, e somente duas vezes em encontros repetidos. Mas em relacionamentos, elas têm 79% do número de orgasmos que os homens.

Portanto, as diferenças de resultados sugerem que ter um parceiro preocupado com a satisfação sexual feminina é mais importante do que a biologia.
5 – Homens preferem sexo casual

Em um estudo de 1989, os pesquisadores treinaram jovens para se aproximar do sexo oposto de uma idade similar propondo sexo. Consegue adivinhar? 70% dos homens aceitaram as propostas femininas, mas nenhuma mulher aceitou as masculinas.

A resposta poderia ser que as mulheres não querem sexo casual. Mas é óbvio que fatores culturais estão em jogo. Quando as mulheres recebem uma oferta de alguém mais familiar ou muito atraente, elas ficam muito mais receptivas. Nesse caminho, as diferenças evaporam quando ambos os sexos foram questionados sobre ir para a cama com alguém famoso.

Conley, em um artigo ainda não publicado, disse descobrir que mulheres sendo incitadas a dormir com um estranho esperam que ele seja ruim no ato.

“Mulheres aceitaram muito menos ofertas de sexo casual”, escreve ela, “porque o esperado é que ele tenha habilidades sexuais fracas”.
6 – Mulheres são mais exigentes

A teoria evolucionária diz que os homens querem espalhar as sementes, enquanto as mulheres escolhem seu parceiro. Mas isso talvez não seja universal, de acordo com Conley e outros pesquisadores.

Um estudo de 2009 encontrou que as pessoas são mais exigentes quando são seduzidas por um parceiro em potencial, e mais fáceis quando estão tentando conquistar alguém. O experimento, conduzido em um ambiente real de encontros rápidos, revela que quando os homens tinham que ir até as mulheres, elas foram mais exigentes, e quando o contrário aconteceu, os homens foram mais.

Já que socialmente os homens costumam dar o primeiro passo, o sexo oposto acaba sendo mais seletivo. Talvez o problema não esteja nos desejos, mas nos costumes.[LiveScience]