"como podemos nos sentir seguros? se até o restaurante do Congresso Nacional (onde o povo não tem o menor direito de frequentar) foi assaltado...!"







Quando vamos parar de gritar de tanta aflição; quando de fato acontecerá o despertar dos idiotas; como podemos nos sentir seguros se até o restaurante do Congresso Nacional (onde o povo não tem o menor direito de frequentar) foi assaltado; como podemos confiar na justiça para punir os responsáveis por tanta roubalheira, se os juízes são os primeiros a corroborar com a impunidade (mensalão)? O fato é que os verdadeiros ladravazes, os mais perigosos e eternos, estão no poder dando as cartas. Somos politicamente uns pobres coitados analfabetos, haja vista o que realmente sabemos não atinge 1% de toda patifaria que hoje impera no país, desde a chegada do distinto pinguço e sua quadrilha.
Como podemos de braços cruzados aceitar tanta imoralidade com o dinheiro do contribuinte, quando até os vereadores, com mandato de quatro anos e reeleição ilimitada, cujo papel seria trabalhar em função da melhoria de vida da população (elaborando leis, recebendo o povo, atendendo suas reivindicações, desempenhando a função de mediador entre os habitantes e o prefeito), só fazem campanha eleitoral 24 horas por dia. Os 37 penduricalhos do Recife, por exemplo, além de autoconcederem um aumento salarial de 62%, achando pouco, elevaram em 60,8% a verba de auxílio-combustível, esticando o recurso de R$ 2.300 para R$ 3.700 mensais. A resolução que regulamentou o reajuste é fruto da decisão da Comissão Executiva da Câmara Nº 602, tomada em dezembro/2011, com vigência a partir de primeiro de fevereiro/2012. Com esse repasse é possível encher 24 vezes no mês o tanque de um sedã de luxo, tipo Honda Civic, contribuindo para o aumento indiscriminado dos comprovantes falsos de abastecimentos.
Hoje, o pobre trabalhador é forçado a acordar no romper do dia (somente retornando ao lar no anoitecer), no sentido de se deslocar para seu labor, apanhando dois coletivos (ida e volta) de segunda a sábado, via transporte precário com péssima mobilidade urbana, pagando pelo “Anel A” R$ 2,15 por viagem, chegando a gastar por mês R$ 111,80, do mísero salário bruto de R$ 622,00. Enquanto os membros da Câmara municipal descaradamente autoconcedem um reajuste nos seus vencimentos de R$ 9.287,57 para R$ 15.031,76, afora a verba paletó correspondente a dois salários adicionais no início e fim de cada ano; tíquete gasolina (R$ 3.700,00); auxílio-postal e telefônico (R$ 1.200,00); auxílio-alimentação através do cartão corporativo (R$ 2.000,00) para gastar em restaurante, lanchonete, bar, supermercado; verba indenizatória (R$ 15.000,00) e, R$ 42.600,00 de verba de gabinete que pode ser gasto com até 15 funcionários, cujo custo total com cada meliante gira mensalmente em torno de R$ 80.000,00 ao erário.
Que ordem podemos esperar na política de um município como o Recife, quando a bagunça no governo federal é caso extremo de polícia? As primeiras mudanças anunciadas pela presidente Dilma no ministério foi motivo de revolta entre os partidos aliados. De princípio, a saída de Fernando Haddad (PT-SP) do Ministério da Educação, a pedido do padrinho Luiz Inácio para concorrer à prefeitura de São Paulo, deixando no seu lugar o cafajeste (n processos nas costas), Aloizio Mercadante, gerou fortes intrigas. A legenda queria Marta Suplicy como candidata única por estar bem mais cotada. Outra turra foi o próprio Mercadante indicar o presidente da Agência Especial Brasileira (AEB), Marco Antônio Raupp para substituí-lo na pasta de Ciência, Tecnologia e Inovação, quando o partido desejava o deputado Newton Lima.
A cachorrada maior é que o presidente do Partido dos Trabalhadores, Rui Falcão, sequer está sendo consultado das mudanças. Agora, a briga recomeçou com a forma da escolha do substituto da Ministra da Secretaria da Mulher, Iriny Lopes, apreensivos com a nomeação de um estranho à sua corrente, bem como, com a permanência da Ministra da Cultura, Ana de Hollanda, que era a mais cotada para deixar a função por incompetência. Porém, após visitar Luiz Inácio em São Paulo, ganhou a chance de continuar mamando no peito público, quando ordenou a Dilma para não demiti-la devido a seus laços afetivos com a família Buarque. A sua procura incessante ao ex-presidente para resolver problemas de gestão, tem deixado dirigentes do próprio partido fulos da vida, já indagando: “Dilma confunde Lula com o partido”.
Devido a tantos imbróglios com o dinheiro público, temos somente a certeza de que amanhã tudo pode acontecer, inclusive nada, por ser o mais provável. A veracidade é que o governo do PT se tornou um garajau de paradoxos, passando o Palácio do Planalto a ser comparado com um cocódromo, cujo mau-cheiro tem endereço e filiação partidária. O povo há muito precisava fazer uma profunda reflexão sobre a Justiça e a impunidade, além de avaliar a conduta de cada instituição enganosamente criada para defender o bem público. Até quando a presidente continuará sendo uma marionete, uma papagaia de pirata, enquanto o antecessor prosseguirá mandando na política do país.