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sexta-feira, 2 de março de 2012

Carta de uma oficial PM a pura realidade publicada nas redes sociais

Ofereço um ótimo emprego com remuneração e aposentadoria garantida.
Exigências:
- Você terá que anular sua vida e viver em função da vida de pessoas que você não conhece, mas que jurou defendê-las;
- Terá que ouvir dessas pessoas, que você nunca viu na vida, que elas pagam impostos e que, por isso, terá que vestir sua capa de herói diariamente e dar seu jeito;
- Você terá que abrir mão de sua família, por que o ótimo emprego voluntário coloca a sua vida em risco;
- Você trabalhará em todas as grandes festas populares, todos os feriados, quase todos os finais de semana;
- E, quando um outro colega de trabalho for pego fazendo algo errado, você será colocado na vala comum dos “bandidos fardados”, será apontado nas ruas, julgado sem o menor direito de defesa, por que o ótimo emprego voluntário é um dos alvos preferidos dos “policiólogos” de plantão.
Advertências:
- O ótimo emprego voluntário é viciante, é algo que entra em nossas veias poderosamente e que toma conta de nosso ser, nos trazendo uma alegria dúbia, só entendida por aqueles que têm amor à farda;
- O ótimo emprego também causa surtos de loucuras, pois, mesmo depois de sermos maltratados, julgados, apontados, ainda somos capazes de sorrir após uma simples ocorrência resolvida, um carro recuperado, uma vida preservada… Sorrimos para nós mesmos, orgulhosos de nossos feitos heroicos, pois grande parte da “nobre sociedade” não sabe que sorrimos por que sorrir é humano… (prefiro calar).
Os interessados poderão me procurar em alguma rua, em alguma viatura, nas madrugadas… para que eu possa lhe apresentar os outros 9.999 homens e mulheres que serão seus companheiros.
Mas se você não aceitar esse ótimo emprego voluntário, pare de me julgar e de dizer que paga meu salário como se eu também não pagasse impostos… Pare de  olhar para mim como se eu fosse um analfabeto, pois sou graduado, especializado, doutor… Sou cidadão como você! A diferença é que escolhi defendê-lo mesmo com o risco de minha própria vida.
Capitã Geórgia – PMRN
  Fonte: http://adeilton9599.blogspot.com/

domingo, 27 de novembro de 2011

Juiz que combateu máfia: Brasil precisa de polícia independente

O juiz Roberto Scarpinato, um dos principais magistrados da Itália que atuou no combate às organizações mafiosas, esteve em São Paulo na última semana e falou sobre seu trabalho contra o crime organizado e sobre a "vitória" da Itália sobre a máfia siciliana. Protegido por seguranças, ele destacou como principal fator de sucesso, diferentemente do que ocorre no Brasil, a atuação de uma polícia judiciária independente, controlada pelo Judiciário, e não pelo Executivo.

"O grande sucesso da Itália é que a magistratura do Ministério Público, além da independência, ela tem todo o controle da atividade policial. E tem a possibilidade de investigar e de buscar as autorias e materialidade dos crimes independentemente", disse. No Brasil, as atribuições de polícia judiciária são da competência das polícias Civil, subordinadas ao Poder Executivo dos Estados, e da Federal, comandada pelo Executivo Federal.

O juiz atuou nos anos 1980 e 1990 ao lado do magistrado Giovanni Falcone, morto no ano de 1992, em atentado da máfia siciliana. Ele participou da Operação Mãos Limpas, que debilitou a máfia italiana e fez entrar em colapso um esquema de fraudes no sistema partidário do país. Também foi o responsável pela sentença dada a Giulio Andreotti, sete vezes primeiro ministro da Itália, condenado a 24 anos de prisão por cumplicidade com a máfia.

Scarpinato citou como fatores importantes no combate ao crime organizado na Itália a criação de um corpo de magistrados e de uma polícia altamente especializados em organizações criminosas do tipo máfia, assim como a elaboração de uma legislação apropriada para enfrentar o fenômeno mafioso.

"Não se pode combater o crime organizado com as mesmas leis e as mesmas regras que valem para uma associação deliquencial simples, como quadrilhas e bandos, por exemplo. Para se combater um cancro, não se pode usar o mesmo remédio para se combater um problema estomacal comum", comparou.

Há um artigo específico na legislação italiana para associações criminosas, de matriz mafiosa. A pena mínima é de 20 anos de prisão. O regime de detenção de membros do crime organizado na Itália também é diferenciado. Segundo o magistrado, não há visitas íntimas e o contato com o mundo exterior ao presídio é reduzido. Todas as conversas entre presos e visitas, com exceção dos diálogos com os advogados, são gravadas.

"Não bastava só condenar um mafioso à privação de liberdade. Um membro de uma organização mafiosa potente continuaria a enviar mensagens à sua organização de modo a continuar a comandar o crime", afirmou.

Scarpinato destacou ainda a atuação da sociedade civil no combate ao crime organizado na Itália. O magistrado exemplifica que a Associação Comercial italiana passou a excluir dos seus quadros os empresários que não denunciam a máfia, e pagam as taxas exigidas para a proteção mafiosa.

Também a opinião pública, de acordo com o juiz, teve papel fundamental para pressionar o governo italiano a não deixar sem proteção os magistrados que combatem o crime organizado. "O ministro do interior do governo anterior, que é o ministro da Segurança Pública, preparou um ato para tirar a escolta de alguns juizes. Houve grande pressão em contrário da opinião da pública, e ele teve que mudar de posição. O povo se revoltaria e não aceitaria nunca, e faria pressões ao saber que um magistrado ficou sem escolta. Um crime como o da juíza Patrícia Acioli seria inaceitável hoje na Itália", disse.

O assassinato de autoria do crime organizado ocorreu na noite do dia 11 de agosto. A juíza foi executada a tiros em frente ao condomínio onde morava, em Niterói, Rio de Janeiro.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Associação diz que governo proibiu férias de policiais para cumprir metas do Pacto pela Vida

Leia o que diz a Associação

Policiais e bombeiros militares estão em polvorosa. É que para atingir os índices do Pacto pela Vida, o Governo do Estado já sinalizou que nenhum policial ou bombeiro militar poderá tirar férias nos próximos meses e as licenças serão proibidas. A denúncia foi encaminhada à Associação Pernambucana dos Cabos e Soldados (ACS – PE) na tarde desta terça-feira (22/11).

Para o coordenador da ACS – PE, Renílson Bezerra, o tiro poderá sair pela culatra, ou seja, as novas ações do Governo do Estado para atingir os índices previstos no Pacto pela Vida poderão ter efeito contrário. “Não mexa com o bolso ou com o descanso do PM ou BM. A tropa está no limite. O aumento salarial foi irrisório e as escalas de trabalho estão cada vez mais escravizantes. E agora sem férias ou licença, ficará humanamente impossível”, garante Renílson. Ele acrescenta que também não estão sendo realizados os pagamentos das diárias referentes a eventos de grande porte e projeos como o Malhas da Lei.

Para um bom observador, o aumento do número da violência e as dificuldades em atingir os índices do Pacto pela Vida, coincidem com o processo de negociação salarial iniciado há um ano com a tropa. “Somos nós quem estamos nas ruas combatendo o crime. Sabem tanto da importância do nosso trabalho que as cobranças são todas direcionadas a nós mas, infelizmente, apenas cobram. Não somos valorizados pelas nossas atividades. Avisamos da nossa insatisfação, fomos às ruas, pedimos ajuda e o que ganhamos? Nada. A tropa está cansada, desestimulada e sem perspectivas de melhoria. O resultado está sendo desastroso para todos nós ”, conclui Renílson.Fonte:http://jc3.uol.com.br/blogs/blogjamildo/pagina.php?pag=2

‘Se eu parar de tomar remédios, me mato’, diz PM doente por causa do trabalho

Marden Barbosa sofre de doença mental grave e transtorno bipolar. Segundo ele, enfermidades foram causadas pela profissão
 Marden acompanhado de uma das cadelinhas de estimação
(Foto: Simão Nogueira)

“Minha médica falou que se eu parar de tomar os remédios, me mato”. Desabafo é do cabo reformado da Polícia Militar, Marden Ubirajara Barbosa, um dos diversos agentes da segurança pública que sofrem com problemas de saúde mental ocasionados pela profissão.

Com 35 anos, Barbosa vive em uma casa simples no bairro Canguru, região sul de Campo Grande, e foi aposentado por invalidez em março deste ano. Além da doença mental grave, o policial sofre de transtorno bipolar.

Na receita médica do ex-policial, constam remédios antipsicóticos, antidepressivos, para controle da pressão e estabilizadores de humor. Segundo ele, a medicação chega a consumir mais de um terço da remuneração líquida, que é de R$ 700.

“São remédios caros. No fim do mês, eu e minha esposa pegamos amostras grátis em consultórios. Quando fico três dias sem tomar os remédios, não durmo, fico ansioso e assustado com tudo.”

Trajetória - Marden Barbosa ingressou na PM em agosto de 1998 e atuou primeiramente na região da fronteira com o Paraguai. Diversas situações começaram a mexer com a cabeça dele. Uma delas foi uma troca de tiros com traficantes.

“Eu escutei as balas cortando o mato. Depois daquilo, você senta na viatura e pensa: e se a bala pegasse em mim? Com o tempo, você aprende a conviver com a morte, com a violência. Muitos policiais mudam a cabeça, começam a achar que a violência é uma coisa normal”, relatou o policial aposentado ao Campo Grande News.

Barbosa foi transferido para Campo Grande em 2003. Em 2006, ficou dez dias preso sob suspeita de integrar uma facção criminosa. Daí em diante, os problemas do então cabo da PM se agravaram.

“Essa época foi difícil, não conseguia dormir, comecei a ter insônia, o pensamento de suicídio não saía da minha cabeça. Apesar de ter sido acusado de integrar facção criminosa, me colocaram para trabalhar no presídio. Aquilo mexeu comigo”, desabafou.

Marden passou por 17 inspeções de saúde na PM. Na última avaliação, ele foi declarado incapaz definitivamente para o serviço de policial militar, mas que poderia prover meios de subsistência e que a incapacidade não foi provocada pelo serviço.

PM reformado mostrando os diversos medicamentos que toma (Foto: Simão Nogueira)

“Que empresa me contrataria com esses problemas que tenho. Como posso trabalhar se minha médica falou que eu sou um risco, que não posso trabalhar mais na minha vida, que eu posso surtar a qualquer momento”, indagou o cabo reformado, que está pedindo correção do diagnóstico na Justiça.
Recluso em casa, o policial aposentado busca refúgio para os problemas na companhia da esposa e dos 11 cães de estimação. “Depois da doença, fiquei sentimental, choro fácil.”

Barbosa destacou ainda que vários colegas de profissão sofrem problemas. “Tem muito policial trabalhando no vermelho. Policial não tem amigos. A droga e a bebida, coisas que os policiais deveriam combater, são válvulas de escape. A sociedade deveria se preocupar mais com os nossos policiais”.

Reclamação constante - O vice-presidente da Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiros Militar do estado (ACSPMBM/MS), Cláudio Souza, explicou em entrevista ao Campo Grande News que não há estatísticas que mostram a quantidade de agentes afastados por causa de problemas de saúde mental.

“O que nós sabemos é que, na nossa rotina, é constante a reclamação de falta de acompanhamento e auxílio no tratamento.”

Segundo Souza, muitas vezes, o agente sofre ‘bullying institucional’. “O camarada que tem problema metal às vezes é tratado como enrolão, aí ele não procura tratamento e isso acaba aumentando o estresse desse servidor.”
Além das adversidades da profissão, o vice-presidente da associação destaca três fatores que contribuem para o agravamento dos problemas de saúde mental dos agentes.
“Baixa remuneração, carga horária de trabalho indefinida, ou seja, o agente trabalha o quanto necessário para cumprir escalas, e a falta de ascensão funcional, de promoções”, detalhou Souza.
Audiência pública na Assembleia Legislativa (Foto: Wagner Guimarães/ALMS)
Audiência pública - A saúde mental dos profissionais da segurança pública foi assunto de audiência pública, na segunda-feira (21), na Assembleia Legislativa.
Durante palestra, o tenente do Corpo de Bombeiros, Edílson dos Reis, disse que a questão não deve preocupar somente os servidores da segurança, mas toda a sociedade. “Não se trata de um problema que afeta apenas os policiais. É uma situação que afeta muitas profissões”, ressaltou.
O proponente da audiência, deputado estadual George Takimoto (PSL), afirmou que as contribuições feitas no decorrer do debate serão reunidas e analisadas. Provavelmente, segundo o parlamentar, as sugestões servirão para construir um projeto voltado para a promoção da saúde mental dos profissionais de segurança pública.