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terça-feira, 25 de junho de 2013

A letalidade das armas não letais Especialistas apontam falta de treinamento e de leis para regulamentar o uso de equipamentos como a taser, que matou duas pessoas em menos de dez dias Renato Jakitas

Arma de choque

Arma de choque (Fernando Cavalcanti)
Em menos de dez dias, duas mortes. A informação seria menos inquietante se ambos os incidentes não tivessem sido causados por uma pistola que dispara dardos elétricos e figura numa categoria de equipamentos cada vez mais usados por policiais e agentes de segurança – a de armas “não letais”.
Especialistas de diferentes áreas e até um fabricante entrevistados pelo site de VEJA recomendam vigiar com atenção e muita cautela a disseminação dessas perigosas inovações. Todos endossam a tese de que não existe arma não letal. Seja uma pistola de choque ou um spray de pimenta, esses armamentos oferecem riscos à integridade física do alvo. Além disso, o Brasil não está habituado a lidar com tais produtos. Falta experiência no manuseio, e, sobretudo, não existe uma legislação específica destinada a regulamentar o uso e coibir excessos que ampliam as dimensões do perigo.
Categorias - Existem dois tipos de armas não letais no Brasil: as de uso restrito a agentes de segurança (controladas pelo exército ), e aquelas liberadas para defesa pessoal, adquiridas facilmente por maiores de 21 anos munidos de RG e CPF. A pistola de choque, também chamada de taser (nome da empresa que inventou o produto no fim da década de 1990), enquadra-se na primeira categoria – assim como sprays de pimenta, munições de borracha, bombas de gás lacrimogêneo e granadas de efeito moral.
O grupo das armas consideradas “menos nocivas” e, portanto, acessíveis a qualquer consumidor, é formado por máquinas e bastões de choque, sprays que disparam uma gosma colante nos olhos do agressor (posteriormente removidos com óleo mineral), além das carabinas, pistolas e revólveres de pressão, popularmente chamados de espingarda de chumbinho (veja lista abaixo).
Letalidade - Ser de uso restrito ou não pouco importa. De acordo com especialistas no assunto, todos esses produtos carregam potencial de risco à saúde. A diferença entre o sucesso ou a tragédia, dizem, depende de quem opera a arma.
Divulgação
Foto de Roberto Laudisio divulgada no Facebook
Roberto Laudisio, morto na Austrália depois de ser atingido por disparos de uma pistola de choque
A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) foi um dos primeiros órgãos a manifestar-se sobre o assunto, logo depois dos incidentes com a arma de choque que mataram umestudante brasileiro na Austrália e, na semana seguinte, um homem de 33 anos em Florianópolis (SC). Em nota, a SBC pediu “mais pesquisas sobre a segurança do taser, que pode levar os alvos do disparo a uma parada cardíaca”. A instituição também questinou quem deve ser responsabilizado pelo uso indevido dessas armas.
“A indústria e o exército dizem que elas são não letais”, observa Agnaldo Pispico, diretor do centro de treinamento em emergência da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo. “Mas a verdade é que, nem aqui no Brasil nem em outros países a classe médica teve acesso a uma pesquisa científica que ateste, com rigor, que essa pistola de choque é segura”.
Segundo o médico, a taser pode ser fatal em quatro momentos: quando o alvo está altamente embriagado ou sob efeito de drogas que reprimam o sistema nervoso central, como cocaína, crack e êxtase; quando é portador de problemas cardíacos ou usuário de marca-passos; quando está molhado; ou quando é submetido a mais de um disparo.
“Há também dúvidas sobre onde os dardos energizados podem ser atirados”, afirma Pispico. “É preciso provas de que, se o disparo for próximo ao coração, o impacto não é maior. Sem contar os diferentes tipos físicos. Uma pessoa com mais gordura, por exemplo, em tese é mais resistente aos disparos”.
Mortes - Dempsey Magaldi, responsável por trazer a pistola de choque para o Brasil em 2002 (foi por seis anos o único representante da marca Taser no país), concorda com a letalidade do equipamento. Ele cita números de um levantamento realizado em parceria com a Ong Anistia Internacional. Segundo Magaldi, de 2002 a 2011, 482 pessoas morreram no mundo vítimas de disparos de pistolas de choque. Em outros 200 casos não houve morte, mas os atingidos foram hospitalizados em estado grave.
Não há dados consolidados sobre o número de pistolas de choque no mundo. Fabricantes e comerciantes, no entanto, estimam que apenas nos Estados Unidos, destino de cerca de 60% da produção mundial, um milhão dessas armas circulem pelas mãos de policiais e vigilantes privados.
No Brasil, a conta é mais modesta. Segundo Massilon Miranda, diretor de marketing da Condor, fabricante de armas não letais que acaba de lançar uma versão nacional para a pistola de choque, o número não ultrapassa 40 mil. “O mercado é muito novo aqui e está nas mãos das polícias”, diz. “As empresas de segurança particular ainda não abriram os olhos para esse tipo de equipamento”.
Treinamento - Embora alertem para a letalidade dessas armas, os especialistas em segurança são unânimes ao considerar positivo o uso desses armamentos por policiais. Todos concordam que não é recomendável patrulhar um show ou uma partida de futebol, por exemplo, com armas de fogo. Em lugares com grande concentração de pessoas, pistolas de choque e sprays de pimenta são alternativas bem-vindas. O problema, alertam, é o pouco treinamento dos agentes e a falta de legislação.
Roosevelt Cassio/Reuters
Policiais da tropa de choque disparam contra moradores que impediam a reintegração de posse, em Pinheirinho - 22/01/2012
Policiais da tropa de choque usam bombas de gás durante ação de reintegração de posse na área conhecida como Pinheirinho, em São José dos Campos
“Uma coisa precisa ficar clara: esse negócio de armamento que não mata e nem machuca é mentira”, explica o coronel José Vicente da Silva, que comandou a Polícia Militar do estado de São Paulo e foi secretário nacional de Segurança durante a gestão de Fernando Henrique Cardoso. “Mas não podemos só criticar o uso da arma de choque por conta das mortes que aconteceram. É moderno e extremamente positivo diminuir o número de armas de fogo no patrulhamento das cidades”.
Silva conta que trabalhou da criação da taser nos Estados Unidos. “Participei do início da Taser em Nova York, em 1995”, conta. “É uma arma importante e muito útil como ferramenta de imobilização de uma pessoa. Mas precisa ser manuseada depois de muito treino e de forma consciente, caso contrário pode machucar e até matar”.
O professor Guaracy Mingardi, que atuou no Ministério da Justiça em 2003, ano em que o governo investiu 4,5 milhões de reais na compra das primeiras pistolas de choque, concorda ao dizer que o principal é investir em treinamento. “A polícia tem de testar esses equipamentos antes e treinar a tropa”, afirma. “O estado precisa ter o controle absoluto sobre essas armas”.
Legislação - Para Renato Silveira, presidente da Comissão de Justiça e Segurança do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (Ibccrim), esse controle do estado apontado por Mingardi é, na verdade, o centro da questão. O jurista destaca um vácuo legislativo no que tange o uso desses armamentos.
“Não existe lei sobre isso”, afirma. “O que encontramos é uma portaria em relação à regulamentação de serviços de vigilância privada, do departamento de Policia Federal. No mais, as regras acabam sendo locais. Cada polícia cria a sua”.
Sem uma lei que determine a venda e o uso de pistolas de choque no Brasil, o controle sobre elas é informal. Embora na teoria ele seja realizado pelo exército, que restringe a comercialização, ninguém pode ser acionado criminalmente por comprar ou portar uma pistola taser.
“Se eu for parado numa blitz da polícia com uma taser dentro do carro, os policias podem me conduzir para a delegacia, mas não posso ser preso”, afirma Ademar Gomes, presidente da Associação dos Advogados Criminalistas do Estado de São Paulo (Acrimesp). “Existe um vácuo na atual legislação. A lei 10.826, de 2003, que regulamenta a comercialização e o porte de armas no Brasil, disciplina apenas as armas de fogo. Os tasers não se enquadram nessa classificação”.
Reprodução
Anúncio de venda das pistolas de choque Taser na internet
Anúncio de venda da Taser na internet
O advogado conta que, alertando sobre essa lacuna, acaba de encaminhar um ofício à Câmara dos Deputados, solicitando que sejam criadas regras para o uso e a comercialização das armas não letais. “Por meio da portaria, os militares até conseguem restringir o uso aos órgãos de segurança pública ou privada, mas, se você procurar com paciência, vai descobrir na internet onde comprar uma dessas armas”.
De fato, é possível encontrar quem ofereça livremente pistolas de choque na internet. Num site de compras, uma empresa de Uberlândia (MG) anuncia que tem a pistola para pronta entrega. O modelo sai por 499 reais e é enviado para o comprador em até um dia útil.
De acordo com Renato Silveira, a situação é inversa a das armas de fogo, que contam tanto com um controle pesado dos governos estaduais, quanto com uma política nacional focada no desarmamento da população. A falta de uma legislação específica, acredita Silveira, colabora para que os agentes de segurança não tenham uma formação adequada para utilizar esses equipamentos e estejam sujeitos a excessos.
“Estava assistindo a um jogo de futebol outro dia e começou uma confusão dentro de campo entre os times. A polícia não pensou duas vezes e apertou o spray de pimenta nos olhos de um dos jogadores”, descreve Silveira. “A cena ficou na minha cabeça. Sou favorável aos armamentos menos letais, desde que se saiba o que fazer com eles”.



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Munição de borracha

A tradicional bala de borracha é utilizada principalmente por tropas de choque da polícia para conter tumultos e rebeliões. O material não perfura a pele, mas seu impacto pode machucar e ser até fatal, caso atinja órgãos vitais e pontos sensíveis, como a garganta.
O produto é de uso restrito da polícia.

terça-feira, 11 de junho de 2013

Brasileiro grava vídeo nos EUA detonando Brasil

Brasileiro em viagem nos EUA humilha Brasil e se diz fascinado com a terra do tio sam. Alexandre causou polêmica ao chamar brasileiros de ‘ignorantes’

brasileiro eua vídeo
Alexandre “High Torque” sonha em ser norte-americano (Foto: Reprodução)
Alexandre “High Torque” – também conhecido como “ADG” -, brasileiro atualmente em viagem nos Estados Unidos por razões de trabalho e prestes ao retornar ao país natal, realizou, em seu canal no Youtube, críticas contundentes ao Brasil e gerou polêmica.
Criticou movimentos sociais e marchas como a da “maconha” e das “vadias”, a ignorância dos brasileiros, o estado da educação no país, críticas a policias, passeatas gays, a manipulação de massas, o custo de vida no Brasil, os impostos, a qualidade dos veículos no Brasil, preços de medicamentos, a pavimentação das rodovias públicas, entre outros, realizando comparações com os EUA.
Afirmou:
chego a ficar até arrepiado de ter de voltar para este lugar. Povo burro, lutar por coisas estúpidas e não pelo básico, pelo que é importante, pela saúde, pela qualidade de vida, por ter o que quiser (…) não vejo a hora de me mudar definitivamente para cá e nunca mais voltar para essa m…..“.
Realizou, também, críticas a “ideologias socialistas”, a “militantes de esquerda”, à superestima do futebol, à presidente Dilma Rousseff, entre outros.
As declarações do vlogger geraram polêmica, inclusive e, sobretudo, com internautas brasileiros que se sentiram ofendidos e humilhados pelas declarações categóricas. Recebeu, em consequências, diversos comentários negativos e ofensivos, principalmente em sites com temas automotivos (área de Alexandre) e mídias relativas a parcelas criticadas pelo vlogger. Em sua página pessoal recebeu o apoio de internautas.
Assista:

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Mulher pede indenização por ter casado com homem de pênis pequeno

KDB, 26 anos, advogada e residente no município de Porto Grande, no Amapá, decidiu processar seu ex-marido por uma questão até então inusitada na jurisprudência nacional. Ela processa ACD, comerciante de 53 anos, por insignificância peniana.

Embora seja inédito no Brasil, os processos por insignificância peniana são bastante frequentes nos Estados Unidos e Canadá. Esta moléstia é caracterizada por pênis que em estado de ereção não atingem oito centímetros. A literatura médica afirma que esta reduzida envergadura inibe drasticamente a libido feminina, interferindo de forma impactante na construção do desejo sexual.

O casal viveu por dois anos uma relação de namoro e noivado, e durante este tempo não desenvolveu relacionamento sexual de nenhuma espécie em função da convicção religiosa de ACD. KDB hoje o acusa de ter usado a motivação religiosa para esconder seu problema crônico. Em depoimento a imprensa, a denunciante disse que “se eu tivesse visto antes o tamanho do ‘problema’ eu jamais teria me casado com um impotente”.

A legislação brasileira considera erro essencial sobre a pessoa do outro cônjuge quando existe a “ignorância, anterior ao casamento, de defeito físico irremediável, ou de moléstia grave”. E justamente partindo desta premissa que a advogada pleiteia agora a anulação do casamento e uma indenização de R$ 200 mil pelos dois anos de namoro e 11 meses de casamento.

ACD que agora é conhecido na região como Toninho Anaconda, afirma que a repercussão do caso gerou graves prejuízos para sua honra e também quer reparação na justiça por ter tido sua intimidade revelada publicamente.”

Fonte: JUS Navigandi.

sábado, 1 de junho de 2013

Rapaz, eu vou fazer campanha para essa apresentadora da SBT, para presidenta da república, para representar os profissionais de segurança pública do Brasil.


 Para as estatísticas oficiais, é só mais um PM morto. Mas não é! É menos um soldado na luta contra o crime! E, enquanto nosso exército é abatido pelas costas, o Estado se cala, a Justiça lava as mãos, os Direitos Humanos se omitem, e a sociedade prefere não tomar partido. Hipócritas, covardes! Essa guerra não é só da PM, é de todos nós (...). Afinal, de que lado você está? Quando não houverem mais soldados em campo para lutar por você, quem irá te defender? O PCC? (Rachel Sheherazade)

terça-feira, 28 de maio de 2013


Branco, negro, gordo, magro, católico, protestante, rico, pobre. Não importa quantos fatores sociais, econômicos, culturais ou religiosos difiram entre as pessoas, nós todos temos algo em comum: viemos ao mundo graças a um pai e uma mãe, e o amor deles por nós faz toda a diferença na nossa vida.
Segundo um novo estudo, ser amado ou rejeitado pelos pais afeta a personalidade e o desenvolvimento de personalidade nas crianças até a fase adulta. Na prática, isso significa que as nossas relações na infância, especialmente com os pais e outras figuras de responsáveis, moldam as características da nossa personalidade.
“Em meio século de pesquisa internacional, nenhum outro tipo de experiência demonstrou um efeito tão forte e consistente sobre a personalidade e o desenvolvimento da personalidade como a experiência da rejeição, especialmente pelos pais na infância”, disse o coautor do estudo, Ronald Rohner, da Universidade de Connecticut (EUA). “Crianças e adultos em todos os lugares tendem a responder exatamente da mesma maneira quando se sentem rejeitados por seus cuidadores e outras figuras de apego”.
E como elas se sentem? Exatamente como se tivessem sido socadas no estômago, só que a todo momento. Isso porque pesquisas nos campos da psicologia e neurociência revelam que as mesmas partes do cérebro que são ativadas quando as pessoas se sentem rejeitadas também são ativadas quando elas sentem dor física. Porém, ao contrário da dor física, a dor psicológica da rejeição pode ser revivida por anos.
O fato dessas lembranças – da dor da rejeição – acompanharem as crianças a vida toda é o que acaba influenciando na personalidade delas. Os pesquisadores revisaram 36 estudos feitos no mundo todo envolvendo mais de 10.000 participantes, e descobriram que as crianças rejeitadas sentem mais ansiedade e insegurança, e são mais propensas a serem hostis e agressivas.
A experiência de ser rejeitado faz com que essas pessoas tenham mais dificuldade em formar relações seguras e de confiança com outros, por exemplo, parceiros íntimos, porque elas têm medo de passar pela mesma situação novamente.
É culpa do pai, ou é culpa da mãe?
Se a criança está indo mal na escola, ou demonstra má educação ou comportamento inaceitável, as pessoas ao redor tendem a achar que “é culpa da mãe”. Ou seja, que a criança não tem uma mãe presente, ou que ela não soube lhe educar.
Porém, o novo estudo sugere que, pelo contrário, a figura do pai na infância pode ser mais importante. Isso porque as crianças geralmente sentem mais a rejeição se ela vier do pai.
Numa sociedade como a atual, embora o nível de igualdade de gênero tenha crescido muito, o papel masculino ainda é supervalorizado e muitas vezes vêm acompanhado de mais prestígio e poder. Por conta disso, pode ser que uma rejeição por parte dessa figuratenha um impacto maior na vida da criança.
Com isso, fica uma lição para os pais: amem seus filhos! Homens geralmente têm maior dificuldade em expressar seus sentimentos, mas o carinho vindo de um pai, ou seja, a aceitação e a valorização vinda da figura paterna, pode significar tudo para um filho, mesmo que nenhum dos dois saiba disso ainda.
E para as mães, fica outro recado: a próxima vez que vocês forem chamadas à escola por causa de algo que o pimpolho aprontou, tenham uma conversa com o maridão. Tudo indica que a culpa é dele! Brincadeiras à parte, problemas de personalidade, pelo visto, podem resolvidos com amor de pai. E quer coisa mais gostosa?[MedicalXpressSkimThat]

Natasha Romanzoti tem 23 anos, é jornalista, apaixonada por futebol (e corinthiana!) e livros de suspense, viciada em séries e doces e escritora nas horas vagas.
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sexta-feira, 24 de maio de 2013

O homem que vive sem comida

Por  

Rob Rhinehart vive sem comida. Como? Se alimentando de algo chamado Soylent, que ele descreve como “uma forma eficiente de alimentar a humanidade, pela primeira vez na história”.
Rhinehart percebeu que a comida não funciona. Pelo menos, não muito bem. Sua função é fornecer energia e nutrição que o corpo necessita, mas é cara e leva muito tempo para se preparar. Muitas pessoas no mundo não podem se dar ao luxo de comer corretamente, enquanto outros comem tão mal que tornam-se obesos, o que prejudica a saúde.
Ou seja, de uma forma ou de outra, comer é um problema para milhões, talvez bilhões de seres humanos.
Mas Rhinehart promete uma solução: Soylent. Investidores já prometeram mais de US$ 100.000 (cerca de R$ 200 mil) para a fabricação de sua invenção. Além disso, uma campanha de crowdfunding já lhe trouxe outros US$ 100.000 em pouquíssimo tempo. Mais de 1.000 apoiadores pagaram US$ 65 (cerca de R$ 130) para receber fornecimento de Soylent para uma semana.
Rhinehart planeja usar esses novos fundos para fabricar seu produto em quantidades industriais – e, pelo jeito que a coisa anda, ele deve fazer sucesso.

Soylent

A substância se destina a fornecer todos os nutrientes e calorias que um corpo humano necessita – em outras palavras, pretende substituir alimentos. Para consumi-la, basta misturar o pó com água e beber.
Rhinehart, 24 anos, diz que está vivendo principalmente de Soylent desde fevereiro. “É muito doce. O gosto é quase como uma massa de bolo”, conta.
O inventor estudou ciência da computação e engenharia elétrica em Georgia Tech (EUA). Ele diz que Soylent foi inspirado por quanto tempo e dinheiro ele gastava em comida, que sequer fazia bem para sua saúde. “Este é um problema antigo para os solteiros”, conta.
Seu primeiro trabalho foi a pesquisa. Em sites, livros e publicações acadêmicas de acesso livre, ele aprendeu sobre biologia, fisiologia, nutrição, biodisponibilidade, mecanismos metabólicos e sobre todas as diferentes substâncias que compõem um ser humano.
Ele começou a ver seu corpo como uma máquina, que exigia uma lista finita de necessidades para funcionar de forma eficiente. Assim, escreveu todas e se dedicou a descobrir onde poderia comprá-las, o mais barato possível.
acadêmicas adquiri a maioria dos 32 componentes de Soylent em empresas de fornecimento de produtos químicos, sintetizados em formas que o corpo pode absorver.
Alguns dos produtos de Soylent são derivados de alimentos reais (azeite fornece a gordura, por exemplo), mas não muitos. “O cálcio vem de calcário”, explica.
Além de resolver um problema para solteiros desinteressados na culinária, Rhinehart prevê que sua invenção alimente pessoas passando fome em países em desenvolvimento.

A solução para o problema da fome?

Suplementos de nutrição não são nenhuma novidade. Mas Soylent de fato reflete algo sobre a cultura atual: a falta de tempo para cozinhar e limpar. Na visão de Rhinehart, o ato de comer é uma tarefa que a tecnologia pode tornar mais eficiente, ou mesmo eliminar totalmente.
Além disso, também reflete os temores sobre recursos escassos: a preocupação de que podemos não ter comida suficiente no futuro, ou infra-estrutura para distribuí-la e alimentar a crescente população da Terra de forma confiável.
O sonho de substituição de alimentos existe há centenas de anos, e é popular entre escritores de ficção científica e comunidades utópicas. Embora a ideia possa apelar a um pequeno grupo de pessoas que acham que comer é uma tarefa exaustiva, para melhor ou para pior, a maioria das pessoas realmente gosta de comer, e acha comida agradável.
Também não está claro se uma única substância pode substituir todos os alimentos, conforme explica Maudene Nelson, nutricionista do Instituto de Nutrição Humana da Universidade de Columbia (EUA). “Nutricionalmente, eu não acho que seja possível fazer um alimento que ofereça tudo o que o corpo precisa”, diz. “Esta é uma forma obsessiva de fazer escolhas alimentares. Não é excesso obsessivo, mas é microgestão obsessiva”.

Segurança alimentar x adoção global

Rhinehart faz exames de sangue regulares desde que passou a comer apenas Soylent para ver como a dieta o afetava a nível molecular.
O experimento mostrou algumas desvantagens. Em seu blog, ele descreveu ter dores nas articulações depois de três meses, que sumiram quando ele acrescentou enxofre à mistura do produto. Ele diz que ainda janta comida tradicional com os amigos cerca de duas vezes por semana. Fora isso, ele bebe Soylent. “Tem sido intensamente libertador. Eu nunca mais terei que me preocupar com comida”, conta.
A tentativa de Rhineharte não é a primeira do tipo. Outros já estão procurando reestruturar a forma como comemos. A NASA, por exemplo, está financiando uma companhia que quer sintetizar o alimento com uma impressora 3D. Preocupações sobre produção de carne suficiente para satisfazer a demanda mundial por proteína levaram ao aumento do interesse em comer insetos, entre outros debates.
Rhinehart afirma que não está sugerindo que todos comam Soylent. Ele não espera que a maioria das pessoas goste de consumir tanto quanto ele consome. Mas ele diz que o “viés emocional” para alimentos não faz sentido.
“A maioria das coisas mais úteis no mundo está muito longe da natureza neste momento”, diz ele. “Nós ainda usamos uma versão muito antiga de comida”. Por isso, ele quis dizer o tipo que vem de plantas e animais. Você concorda?
A próxima etapa do projeto Soylent é testá-lo em outras pessoas. Rhinehart está trabalhando atualmente com seis voluntários, sendo que apenas alguns deles concordam que a saciedade é alcançada. As mulheres, em particular, estão tendo dificuldades, segundo o engenheiro. “Elas têm necessidades nutricionais diferentes, terei que adaptar o produto”, diz.[BusinessWeekTelegraph]
Natasha Romanzoti tem 23 anos, é jornalista, apaixonada por futebol (e corinthiana!) e livros de suspense, viciada em séries e doces e escritora nas horas vagas.
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segunda-feira, 20 de maio de 2013


No ritmo alucinante do mundo moderno, ser produtivo é mais do que necessário; é essencial. Mas fazer tudo o que você tem que fazer em menos tempo – para ver se sobra algum pra você – é uma arte complicada de se dominar. Ainda mais se você se prender a velhos mitos que, ao invés de te ajudar, são contraprodutivos. Confira 7 erros comuns no que se trata de produtividade, e aprenda a otimizar seu valioso tempo:

Mito 1: é preciso acordar cedo pra ser produtivo

O mito de que você pode milagrosamente resolver todos seus problemas de produtividade forçando-se a acordar cedo é antigo. Tudo começou quando o biólogo Christopher Randler publicou um estudo que apontava que quem cedo madruga é realmente mais produtivo. Claro que a conclusão criou vida própria e tem rodado por aí desde então.
O problema é que, na realidade, o biólogo apenas concluiu que as pessoas que acordam cedo têm geralmente uma atitude mais pró-ativa, e, portanto, estão dispostas a produzir mais ao longo do dia. Seus resultados podem ser facilmente explicados por considerar como a maioria de nós é socializada a acreditar que acordar cedo equivale a ter um dia inteiro para resolver tudo que precisamos.
Um estudo publicado em 2011 na revista Thinking & Reasoning aponta o que realmente devemos nos lembrar: que a chave para ser produtivo e criativo (que o estudo divide em dois tipos diferentes de atividade) é trabalhar nas horas que são melhores para você.
Se você gosta de acordar cedo (ou é forçado a tanto por causa do seu trabalho), tome conta de suas tarefas mais difíceis e problemáticas primeiro, quando você é mais produtivo. Em seguida, na parte da tarde, é hora de desacelerar e passar o tempo tendo ideias e sendo criativo. O inverso aplica-se a quem prefere acordar tarde ou pessoas que trabalham melhor à tarde ou à noite.
Simplificando, você terá mais tempo se você se levantar cedo ou trabalhar até mais tarde, quando ninguém está por perto para distraí-lo, mas isso não significa necessariamente que tal coisa vá torná-lo mais produtivo.

Mito 2: é preciso ter força de vontade e esforçar-se para conseguir fazer tudo

Outro mito de produtividade popular é que a melhor maneira de resolver tudo é com esforço e boa vontade. A verdade é exatamente o contrário: um estudo antigo (de 1972), publicado Journal of Personality and Social Psychology, desmascarou essa ideia há muito tempo, afirmando que força de vontade é limitada, e que devemos usá-la com sabedoria.
Forçar a barra ou querer abraçar o mundo é contraprodutivo. Em vez disso, você deve trocar de marcha e fazer outra coisa. É importante fazer pausas, para desengatar completamente e dar-se uma oportunidade de recarregar as energias. Infelizmente, a maioria dos ambientes de trabalho não são muito favoráveis ​​a isso, mas não é impossível trabalhar em um projeto paralelo por um tempo, ou apenas sair do escritório e dar um passeio antes de voltar para o que estava fazendo.
Um estudo de 2009 feito pela Sociedade de Gestão de Recursos Humanos e publicado na Harvard Business Review levou a ideia um passo adiante, e propôs tornar a “pausa para ficar longe do escritório” obrigatória para os empregados, por causa dos ganhos de produtividade que ela oferece.

Mito 3: telas múltiplas ajudam com a produtividade

Esse mito tem dois lados, assim como uma moeda. Se várias telas melhoram a sua produtividade, depende inteiramente do que você faz e como você trabalha.
Uma série de artigos há vários anos empurrou a ideia de que vários monitores nos tornam mais produtivos. Porém, esses estudos, em sua maioria, foram conduzidos como estratégias de marketing de empresas como Apple e Microsoft, que tinham interesse em vender mais monitores.
A verdade é que, geralmente, várias telas só aumentam a produtividade de pessoas que precisam de delimitação entre (vários) aplicativos em execução, janelas ou espaços de trabalho. O ideal aqui é ver se esse é seu caso, se realmente funciona para você, e daí fazer um investimento.

Mito 4: a internet está nos deixando burros e distraídos das coisas que realmente devemos fazer

Nicholas Carr e Clay Johnson são dois autores que já propuseram que a internet está mudando a nossa forma de pensar e absorver a informação, com a terrível consequência de que aprendemos pouco, dependendo dela para qualquer pesquisa em vez de pensar criticamente – além de sermos bombardeados com mais dados do que nos é útil.
Embora haja verdade nisso, precisamos saber diferenciar algumas coisas. Um estudo de 2011 da Universidade Columbia publicado na revista Science examinou os efeitos do Google na memória e concluiu que, sim, muitos de nós escolhem pesquisar informações ao invés de lembrá-las. O que o estudo não faz é concluir sobre o que isso significa para a inteligência humana.
O mito aqui reside na interpretação de dados científicos, e não nos dados em si. Quando convidado a recordar a velocidade do som, Albert Einstein explicou que, grosso modo, não guardava tais informações em sua mente, pois ela era facilmente disponível em livros. A internet funciona da mesma maneira. Só temos que aprender a ter cuidado com as informações que devemos memorizar, e as que não precisamos, porque sabemos que podemos acessar a qualquer momento. A desvantagem é que, quando fazemos isso, recebemos mais do que precisamos. Mais uma vez, cabe a nós a gerir essa “sobrecargade informação”, em vez de jogar fora uma ferramenta valiosa por causa de uma “receita de produtividade”.

Mito 5: você só será produtivo se trabalhar em um escritório

O trabalho remoto vem ganhando muito espaço, no entanto, o mito do escritório ainda persiste, especialmente nas mentes dos gerentes e funcionários de RH que ainda acreditam que se não podem ver seus funcionários, eles não vão trabalhar direito.
Felizmente, a ciência está do nosso lado. Pesquisadores da Universidade de Stanford analisaram 500 funcionários de uma agência de viagens na China, com mais de 12.000 empregados no total, e, mesmo depois de algumas semanas, os funcionários que estavam trabalhando a partir de casa mostraram sinais definitivos de aumento de produtividade.
Outro estudo, publicado na edição de dezembro de 2012 do Journal of Consumer Research tem uma abordagem diferente, e observa que o ruído leve, como o barulho ambiente de um café, nos torna mais produtivos. Já muito ruído, como o furor de um escritório lotado, por exemplo, pode ser um assassino de produtividade. Trabalhar a partir de casa ou em um espaço público levemente movimentado pode fazer maravilhas para nossa produtividade.
Claro que aqui vale a mesma coisa do mito 1: cada um tem que pensar no que funciona melhor para si mesmo. Trabalhar a partir de casa tem seus próprios desafios, mas muitas vezes os benefícios superam as desvantagens. Se você trabalha melhor em escritório, vá até um todos os dias. Mas se você tem disciplina, gosta de trabalhar ou simplesmentetrabalha melhor em casa, convença seu chefe a deixá-lo tentar.

Mito 6: classificação e organização é a solução para sobrecarga de e-mail

Passar o dia todo ordenando e organizando seu e-mail em pastas pode ser uma maneira de se “achar”, mas isso não é realmente ser produtivo, é? Lembre-se: o objetivo de qualquer método de produtividade é dar-lhe mais tempo para fazer as coisas que você precisa fazer, não lhe ocupar por horas em nome da produtividade.
Além do mais, um estudo da Universidade da Califórnia em Santa Cruz concluiu que arquivar mensagens pode na verdade torná-las mais difíceis de encontrar, e, mais importante, desperdiçar nosso precioso tempo.
O estudo observou que era simplesmente mais eficiente pesquisar quando uma mensagem fosse necessária do que percorrer pastas, e, em seguida, percorrer as mensagens desta pasta. A conclusão é que métodos de acesso oportunistas são os melhores para recuperar e-mails que você precisa, porque te dão mais chances de encontrar o ponto exato que você está procurando.
Reduza o volume de e-mail que você recebe cancelando assinaturas de “porcarias”, automatize e filtre tudo o que for possível, organize manualmente pequenas coisas que precisam de um toque pessoal, e arquive/apague todo o resto.
Dessa forma, você obtém o melhor dos dois mundos: uma caixa de entrada limpa e organizada, que te ajuda a resolver o que você precisa rapidamente e, se você quiser encontrar alguma coisa, uma breve pesquisa pode ser a solução.

Mito 7: [tal método de produtividade] funciona sempre e o deixará mais produtivo

Não há um estudo que desbanque esse mito, mas com um pouco de lógica podemos concluir que, embora haja uma técnica de produtividade que funcione para todos, essa técnica não é sempre a mesma.
Isso já foi dito, mas é importante destacar: cada um tem que procurar aquilo que melhor funciona para si no quesito produtividade. Existem alguns métodos famosos de produtividade, como A Técnica PomodoroGTD e Personal Kanban. Você pode testá-los, misturá-los ou criar seu próprio método. No final do dia, o método de produtividade que funciona para você é o que você deve realmente usar.
A coisa mais importante a se lembrar é que o seu método de produtividade deve poupar tempo e energia para que você possa se ​​concentrar na tarefa em mãos. Se você gastar mais tempo organizando do que fazendo a coisa que você está organizando, você está perdendo tempo.
Produtividade é sobre trabalhar o suficiente para que você possa parar de trabalhar e fazer as coisas que você quer fazer, não passar o dia todo mudando documentos de uma caixa para outra.[LifeHacker]
Natasha Romanzoti tem 23 anos, é jornalista, apaixonada por futebol (e corinthiana!) e livros de suspense, viciada em séries e doces e escritora nas horas vagas.
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