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sexta-feira, 26 de julho de 2013

Top 10 - Organizações Secretas




Só há uma coisa mais apavorante que uma sociedade em busca de poder, as sociedades secretas.

A seguir listamos as mais conhecidas organizações secretas do mundo.

O1 - Skull and Bones - Considerada pelos teóricos sobre o tema, como a mais perigosa, começa a preparar os seus pupilos ainda nas faculdades. Por ela já passaram presidentes democratas, ou republicanos, generais e alguns dos empresários mais importantes do mundo.

Essa sociedade não tem nada de fraternidade estudantil, e pode mobilizar as autoridades mais importantes do mundo pela sua sobrevivência.

Segundo as más/boas línguas, está intimamente ligada ao Club Bilderberg e ambas estão subordinadas aos Illuminati. Foi a incubadora da organização mais polêmica do mundo, a CIA.

02 - Freemasons - Fundada em 1.717 - Apesar de já existir há muito mais tempo, esse grupo manteve protocolos rígidos, irritando outras instituições sociais ou religiosas, também serviu de referência para todas as outras.

Um membro de uma sociedade secreta pode participar de outra, desde que tenha competência para seguir as regras, caso contrário, sofrerá as consequências. Nem tudo é secreto, por isso, seus membros são testados de acordo com a hierarquia  em que se encontram, que pode chegar até 33 graus.

03 - Rosacruz - Essa sociedade tem muito em comum com a maçonaria, a maioria dos estudiosos não tem dúvida dessas influências, mas, ao que parece, elas  tem suas origens desde a época do império egípcio, que influenciou a maioria das organizações segretas.

Durante a Idade Moderna, tanto a Maçonaria, quanto a Rosacruz ganharam muita importância junto aos poderosos, devido a sua disciplina e hierarquia extremamente rígidas, o que era útil ao sistema.

04 - Ordo Templis Orientis - OTO

Auto-denominada de "Grande Besta", foi fundada por Aleister Crowley (1904), foi ele quem criou o sistema Thelema: "Você pode fazer o que quiser, o amor é a lei, amor sob vontade."

Crowley criou a missa gnóstica, iniciação e graus de hierarquia.

O ritual de Crowley também tem influências egípicias, invoca algumas divindades, inclusive o diabo. Participam do ritual, sacerdotisas virgens e crianças.

05 - Ordem Hermética de Goldem Dawn - 

Foi criada pelo Dr. William Robert Woodman, William Wynn Westcott, Mathers e Samuel Liddell MacGregor, todos os três eram maçons e membros da Rosacruz, talvez por isso a influência egípicia. Alguns estudiosos a consideram  precursora da OTO.

Essa sociedade utiliza alguns elementos do cristianismo, Qabalah, Hermetismo,  a religião do antigo Egito, a Maçonaria, Alquimia, a Teosofia, Magic, e os escritos da Renascença.

O documento Cipher possui 60 folhas com partes de sua magia, muito semelhante à RosaCruz, além de conter a base da ordem.

06 - Os Cavaleiros Templários - Moderno Off-Shoot da Maçonaria e não  tem ligação com os antigos cavaleiros templários do século XII, ou seja, não tem nada a ver com eles. Apesar disso, aproveitaram suas idéias e símbolos.

07 - Os Illuminati - Movimento de livres pensadores, ramo mais radical do Iluminismo, foi fundada em 1776, Alta Baviera, pelo Jesuíta Adam Weishaupt.

Pelo fato de não exigir a crença em um ser supremo, ou seja, não exigir uma religião, acabou tornando-se muito popular.

Essa é a organização secreta mais combatida pela sociedade em geral,  e nem a maçonaria a reconhece, muito menos os governos. Apesar de toda a polêmica em torno de si, isso só a torna muito mais secreta.

Já ficou comprovado que não são as organizações secretas que sobrevivem ao tempo, mas as suas ideias, e as suas ideias sobreviveram.

Acredita-se que os Illuminati controlam todo o mercado financeiro e governos, controlam a organização secreta Skull and bones e pretendem criar um governo mundial baseado em princípios humanistas e ateus.

08 - Grupo Bilderberg - Formado pelos donos do poder, literalmente falando, não tem membros registrados e nem precisa. Funciona a nível mundial e a sua influência é mundial, apesar de muito semelhante aos outros aqui citados.

O grupo Bilderberg faz a crise mundial parecer um jogo para especuladores, concentrando todo o poder monetário, político, militar e influências sociais por onde quer que passem. São a própria essência do capitalismo e são capazes de articular até contra o socialismo, através de seus boicotes econômicos.

Resumindo: O Clube de Bilderberg criou a cartilha do poder, e quem não segui-la será destruído. Podem controlar juros, FMI, OTAN, ONU, CIA, Euro, Dólar, etc.

09 - O Priorado de Sião - Dan Brown criou uma ficção, o Código Da Vinci, e mostrou para o mundo uma organização que poucos conheciam.

O problema é que o Código Da vinci foi uma farsa criada em 1956 por um pretendente do trono francês, Pierre Plantard.

Apesar de tudo ter sido descoberto, muita gente acredita que o priorado exista até hoje.

Teorias do livro Santo Graal:

1. O Priorado de Sião tem uma longa história a partir de 1099, e teve ilustres Grandes Mestres, incluindo Isaac Newton e Leonardo da Vinci.

2. A ordem protege certos requerentes real porque acreditam que eles sejam descendentes literais de Jesus e sua suposta esposa Maria Madalena, ou, no mínimo, do rei Davi.


3. O priorado busca a fundação de um "Império europeu Santo" que se tornaria a hiperpotência que vem e inaugurar uma nova ordem mundial de paz e prosperidade.

10 - Opus Dei - Fundada em 1928 pelo padre Josemaria Escrivá, na época do Papa Pio X.

A teoria de conspiração de Código da Vinci alegou que Opus Dei era uma organização secreta dentro da igreja,  e seu objetivo seria derrotar o Priorado de Sião e a verdade sobre o cristianismo e as supostas linhagem de Cristo.

Se a igreja católica proíbe organizações secretas, então, ou o Papa tem conhecimento, ou tal sociedade não existe, o fato é que o Priorado de Sião foi uma grande farsa.
Fonte: http://icommercepage.blogspot.com.br/2011/11/top-10-organizacoes-secretas.html
Fonte: Wikipedia

Texto: Jânio

Agentes secretos e a 'carteirada'

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Saiu na Folha de hoje (26/7/13):

'Não sou infiltrado', diz agente da Abin investigado no Rio
Sob investigação da Comissão Especial de Investigação de Atos de Vandalismo do Rio, o agente da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) Igor Matela negou estar infiltrado a serviço do governo federal.
Ele confirmou à Folha que costuma participar de manifestações na cidade, principalmente as promovidas por entidade que critica os gastos públicos com a Copa.
Ele e sua mulher, Carla Hirt, respondem a crimes supostamente cometidos durante protestos no Rio. O caso de Matela está sob análise da comissão, que investiga a participação de agentes infiltrados nas manifestações com o objetivo alegado de ‘incitar ataques violentos’ (...)
‘[Ir ao protesto] Foi uma decisão de engajamento político e não é a primeira vez.
Rotineiramente eu vou, sempre participei da vida política’, disse Matela à Folha (...)
A Abin vem monitorando a realização de protestos durante os grandes eventos, como a Jornada Mundial da Juventude.


Por desconfortável que seja, agências de inteligência no mundo inteiro monitoram movimentos sociais. Chefes de Estado e governo precisam saber o que está acontecendo. Estranho seria se o presidente fosse constantemente pego de surpresa. Não há ilegalidade no monitoramento, ainda que possa provocar transtornos políticos sérios.

Do ponto de vista jurídico, o problema surge quando quem monitora passa a cometer atos ilegais, como violação de sigilo telefônico ou de correspondência, falsidade ideológica, violação de sigilo funcional e assim por diante. As agências de inteligência servem para informar o governo. O mesmo governo a quem cabe proteger a lei. Logo, ela não pode violar a lei para proteger a lei.

No caso da reportagem acima, se os fatos alegados pela polícia forem verdadeiros, e se o agente cometeu atos de vandalismo ou quaisquer outros atos ilegais durantes as manifestações, e se o que ele diz é verdade (ou seja, que ele não é agente infiltrado), aparece o problema sobre o engajamento político dos setores de inteligência.

Profissionais de agência de inteligência servem para informar a respeito do que está acontecendo. Se ele está politicamente engajado em uma causa, seu engajamento pode comprometer a independência daquilo que ele deve analisar e informar. Pior: ele terá agido ilegalmente ao ter praticado atos de vandalismo.

Se ele é um agente infiltrado, surge um problema ainda maior em relação ao papel de agentes infiltrados instigando ou coadunando com movimentos de protestos violentos.

O papel das agências de informação é analisar os fatos, e não causá-los. Em sua essência é igual ao flagrante preparado (que é ilegal), no qual o policial induz o suspeito a cometer o crime: o Estado não pode levar alguém a cometer um crime para depois puni-lo por tal crime.

Mas mesmo que o agente não tenha cometido nenhuma ilegalidade ao participar de tais manifestações, o primeiro problema ainda persiste: até que ponto seu engajamento político interfere em sua capacidade de atuar de forma independente?

Mas existe outro complicador no caso acima.

Segundo a Abin, ele estava de férias. Nesse caso, ter-se identificado como agente foi um erro.

Agentes de serviços de informação devem ser discretos a respeito de sua função. Agente secreto que ‘dá carteirada’ deixa de ser secreto. Mas, ainda mais grave, ao identificar-se desnecessariamente como agente da Abin ele expõe outras pessoas na comunidade de informação. Fulano pode até não ser um agente operacional, mas ao ser possível identificá-lo, passa a ser fácil para agentes de outros governos identificar suas redes de contatos.

Ademais, se ele está engajado em manifestações em sua vida privada e está comprometido a não deixar que suas opções políticas interfiram em sua atuação profissional, por que identificar-se como agente da Abin em um momento em que atuava na esfera particular?

Esse é um vício de culturas personalistas, nas quais se espera que o servidor público tome decisões baseadas não na aplicação da lei aos fatos, mas baseado em quem pede ou informa. E é justamente para coibir as ‘carteiradas’ que o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal proíbe, em seu Anexo, XV(a) “o uso do cargo ou função (…) para obter qualquer favorecimento, para si ou para outrem”.Fonte:
http://direito.folha.uol.com.br/1/post/2013/07/agentes-secretos-e-a-carteirada.html

Entenda o que é a desmilitarização da polícia

Noelle Oliveira - Portal EBC23.07.2013 - 16h01 | Atualizado em 26.07.2013 - 10h52

Duas PECs tramitam no Congresso Nacional com o intuito de desmilitarizar a Polícia Militar e unificá-la à Polícia Civil. Policiais negam que formação militar contribua para atitudes policiais violentas (Fernando Frazão/ABr)
Com as manifestações que ganharam as ruas do país desde junho e os episódios de violência na atuação da Polícia Militar registrados em algumas ocasiões, a desmilitarização das polícias estaduais voltou a ganhar espaço no debate público. Em maio de 2012, a Dinamarca chegou a recomendar, na reunião do Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), que o Brasil extinguisse a Polícia Militar. A ideia, no entanto, foi negada nacionalmente por ferir a Constituição Federal de 1988 e a dúvida permaneceu sobre o que de fato significaria uma proposta pela desmilitarização.
A divisão entre polícia Civil e Militar sempre existiu no Brasil. A atribuição de cada grupo está explícita no artigo 144 da Constituição Federal de 1988. Às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, cabem as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as militares. Já às polícias militares cabem o policiamento ostensivo e a preservação da ordem pública. “Antes da ditadura militar, existiam polícias Militar e Civil, mas a Civil também desempenhava papel ostensivo. Foi com a ditadura que as atribuições da Polícia Civil foram se esvaziando e a Militar tomou para si toda a parte ostensiva”, destaca o professor de direito penal Túlio Vianna, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

A proposta de desmilitarização consiste na mudança da Constituição, por meio de Emenda Constitucional, de forma que polícias Militar e Civil constituam um único grupo policial, e que todo ele tenha uma formação civil. “Essa divisão atual é péssima para o país do ponto de vista operacional, pois gasta-se em dobro, e é ruim para o policial, que precisa optar por uma das carreiras”, explica Vianna.
Uma das críticas feitas à militarização da polícia é o treinamento a que se submetem os policiais militares. “As forças armadas são treinadas para combater o inimigo externo, para matar inimigos. Treinar a polícia assim é inadequado, pois o policial deve respeitar direitos, bem como deve ser julgado como um cidadão comum e não por uma Justiça Militar”, argumenta o professor da UFMG. “Grande parte dos policiais militares que são praças também defendem essa ideia da desmilitarização já que eles são impedidos de acessar garantias trabalhistas, além de terem direitos humanos desrespeitados”, afirma Vianna.
Para o coronel reformado da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) e ex-secretário de segurança do DF, Jair Tedeschi, entre os militares, a posição é outra: a ideia de desmilitarização policial é uma “falácia”, defende. “O que querem é quebrar a disciplina e a hierarquia que existe em qualquer organização. Não é porque a polícia é militar que age puramente como militar. A função dela é civil. As suas bases de disciplina e hierarquia que são militares". O coronel avalia ainda que "o policial militar de hoje sabe distinguir quem tem direitos e deveres. Na rua, é obrigado a tomar decisões”, observa.
A formação atual do policial, segundo o coronel Tedeschi, abrange o conceito de humanização. “Hoje a polícia é completamente diferente, isso foi na década de 1960. As academias ensinam segurança pública. Desde 1988 a polícia vem mudando a sua maneira de agir. Ela está na rua, não nos quarteis. Ela interage com a sociedade, não cumpre a lei porque tem que simplesmente cumprí-la, mas age da forma mais democrática possível”, avalia o coronel Tedeschi. Para o coronel, "desvios de comportamento ocorrem em condições isoladas em vários grupos. Na situação atual não vemos isso só na Polícia Militar, mas também na Polícia Civil e em outros segmentos não militares", aponta.
Atualmente, dois projetos de Emenda à Constituição (PEC) circulam no Congresso Nacional em defesa da desmilitarização da polícia. A PEC 102, de 2011, de autoria do senador Blairo Maggi (PR/MT), autoriza os estados a desmilitarizarem a PM e unificarem suas polícias.” Ela não faz especificamente a unificação e a desmilitarização, mas autoriza que cada estado federado possa fazê-lo caso julgue necessário”, explica Vianna. A PEC está em tramitação no Senado. 
Já a PEC 432, de 2009, em tramitação na Câmara dos Deputados, visa a unificação das polícias Civil e Militar dos Estados e do Distrito Federal, além da desmilitarização do Corpo de Bombeiros, bem como dá outras funções para as guardas municipais. A proposta é de autoria do deputado federal Celso Russomanno (PP-SP).Fonte: http://www.ebc.com.br/cidadania/2013/07/entenda-o-que-e-a-desmilitarizacao-da-policia

  • Direitos autorais: Creative Commons - CC BY 3.0

domingo, 21 de julho de 2013

CONHEÇA A FRUTA NONI

Parecida com a fruta do conde e a graviola, ela é rica em vitamina C e auxilia no tratamento do combate a asma. Conheça mais da fruta


Texto: Marcela Carlini/ Foto: Shutterstock/ Adaptação: Letícia Maciel
É preciso ter atenção ao consumo da noni, seu uso prolongado pode causar toxidade hepática.
Foto: Shutterstock.

Pode ser consumida na sua forma natural

A melhor maneira para o consumo é a fruta fresca, pois seus nutrientes permanecerão intactos. Em casos de frutas já embaladas ou de produtos derivados, fique atento ao processo pelo qual ela foi submetida. Opte por aquelas que passaram por um processo chamado liofilização, que evita os elementos destrutivos como calor, luz, ar e umidade durante o processamento do alimento.

É rica em vitamina C

O ácido ascórbico presente na noni é fonte de vitamina C, ótima para o tratamento de inflamações da pele. Além disso, estimula a produção de colágeno, retardando o envelhecimento precoce. Ela também protege contra bactérias e doenças infecciosas, principalmente gripes e resfriados.


Suas folhas e frutos tratam a febre

A noni tem propriedades nutricionais jamais vistas em outra fruta. É uma boa fonte de proteínas e fibras dietéticas e rica em vitaminas C, A, ferro e potássio. Além de conter muitos alcaloides, que ajudam o corpo a regenerar células danificadas e a aumentar as defesas do organismo de forma natural, possui também uma substância chamada escopoletina, cuja principal propriedade é auxiliar no controle da pressão arterial. Por fim, é conhecida por ajudar no controle da circulação e da temperatura corporal, sendo usada para tratar a febre em países como China, Japão e Taiti.


É auxiliar no tratamento da asma

A fruta possui alto teor de acubina e asperulósido, considerados antibióticos naturais. Além disso, é rica em betacaroteno, que tem ação antioxidante e, segundo estudos, está associada à redução das taxas de problemas respiratórios como a asma.

Há restrição em seu consumo

Suas propriedades auxiliam no tratamento de muitas doenças, como certos tipos de cânceres, hipertensão, problemas respiratórios e de estômago. Porém há controvérsias, pois alguns artigos científicos comprovam que seu uso prolongado causa uma toxicidade hepática. Também restringem a noni em casos de pacientes que fazem quimioterapia ou radioterapia. Logo, sua ingestão e quantidade a ser consumida devem ser indicadas pelo médico ou nutricionista.

sábado, 6 de julho de 2013

Transporte público ruim afeta saúde, educação e cultura da população, dizem especialistas




                      Foto: Guga Matos/JC Imagem
   Da Agência Brasil
Os efeitos negativos de um transporte público caro e de má qualidade não estão restritos à questão da mobilidade urbana. Prejudicam também outras áreas vitais para a vida do cidadão, como saúde, educação, finanças e cultura. Especialistas e integrantes do Movimento Passe Livre (MPL) consultados pela Agência Brasil avaliam que a mobilidade urbana está diretamente relacionada à qualidade de vida, além de ser um dos maiores causadores de estresse da vida das pessoas.
“É um trauma para todo mundo. Principalmente para quem fica em pé, duas horas, crucificado, com alguém tentando pegar bolsa, apalpar. Não é à toa que as pessoas estão preferindo usar motocicletas, mesmo que isso represente risco a própria integridade física por causa dos acidentes, e não é à toa que essas manifestações conseguiram tantas adesões”, disse à Agência Brasil o doutor em políticas de transporte pela Universidade Dortmund, na Alemanha e professor do Departamento de Engenharia Civil e Ambiental da Universidade de Brasília (UnB), Joaquim Aragão.
As manifestações citadas pelo especialista foram iniciadas pelo MPL em São Paulo. O movimento tem, como um de seus interlocutores, o professor de história Lucas Monteiro. “Defendemos Tarifa Zero porque, além de ser a única forma de as pessoas terem acesso à cidade, o transporte público beneficia áreas vitais como saúde e educação. Por isso já imaginávamos que nossa luta se espalharia pelo país, mas não que iria alcançar a dimensão que alcançou”, disse à Agência Brasil.
De acordo com o representante do MPL, o incentivo ao uso de transportes individuais causa também problemas como aumento da poluição e do número de atropelamentos, o que resulta em mais gastos e problemas para a saúde pública. Dados do Ministério da Saúde mostram que, em 2010, 42.844 pessoas morreram nas estradas e ruas do país. Desse total, 10.820 acidentes envolveram motos. No mesmo ano, o gasto total do Sistema Único de Saúde (SUS) com acidentes de trânsito foi R$ 187 milhões. Só com internação de motociclistas foram gastos R$ 85,5 milhões.
Além disso, acrescenta Monteiro, diversos tratamentos de saúde deixam de ser feitos porque os pacientes não têm condições de pagar pelo deslocamento. E o problema relacionado à falta de condições para custear os transportes também afeta o direto e a qualidade da educação.
“Frequentei muitas às escolas públicas. É comum alunos faltarem aulas por não terem dinheiro para ir à escola. Além do mais, direito à educação não está restrito a apenas ir à escola ou ao banco escolar. Os estudantes precisam ter acesso à cultura, a visitar museus. E, sem circular, não há como ter acesso a isso. A grande maioria não vai ao centro da cidade, museus, centros culturais para complementar sua formação”, disse Monteiro.
Segundo Aragão, dificuldades para mobilidade urbana afetam diretamente o rendimento escolar de jovens e crianças, que ficam cansados e com o sono sacrificado. “É um fator a mais a prejudicar o rendimento, além da qualidade de instalações do ensino público. Da mesma forma, afeta também a evasão escolar, a formação de profissionais e a produtividade do país”, disse o especialista.
“A mobilidade bloqueia inclusive a vida social do cidadão de baixa renda, que fica sem acesso a entretenimento, cultura e lazer. Esses são privilégios das pessoas motorizadas. Uma família de quatro pessoas que queira se deslocarem da periferia até um parque no centro da cidade gastará R$24, caso a passagem unitária custe R$3. Para quem recebe salário mínimo, isso é impossível”, disse.
Arquiteto, urbanista e especialista em transporte público, Jaime Lerner diz que por trás das manifestações iniciadas pelo MPL está o descrédito nas políticas públicas e a falta de respostas à sociedade, sobre os diversos serviços públicos prestados a ela. “E tudo fica mais fácil em todas as áreas quando se tem um bom transporte público”, disse o ex-prefeito de Curitiba (PR).
Muitas das mobilidades foram anunciadas sem sequer estudar a própria cidade, avalia Lerner. Segundo ele, é importante entender a cidade como um sistema de estrutura de vida, trabalho, movimento e mobilidade juntos. No fundo, acrescenta, faltam decisões políticas, e, em geral, essas decisões são voltadas para soluções mais caras.
“O Brasil é rápido em fazer coisa errada e demorado em fazer a coisa certa”, disse. “Sustentabilidade é equação entre o que você poupa e o que você desperdiça. Portanto, se tiver de se deslocar por distâncias cada vez maiores, é óbvio que a coisa não vai funcionar”.

quarta-feira, 3 de julho de 2013

“A militarização não é boa para o policial e é péssima para o cidadão”

O professor de Direito Penal da UFMG Túlio Vianna, afirmou que este é o momento ideal para colocar em pauta a desmilitarização das polícias; atividade foi realizada em SP
02/07/2013
Felipe Rousselet,
Foto: Paulo Iannone
Nesta segunda-feira, 1, foi realizada no vão do Masp, em São Paulo, uma aula pública sobre a desmilitarização das polícias. Organizada pelo Acampa Sampa, a atividade contou com a palestra do professor doutor Túlio Vianna, que leciona a disciplina de Direito Penal na UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) edefende a desmilitarização das políciascomo uma forma de reduzir a violência policial. Cerca de 100 pessoas participaram da aula pública.
“Quando a gente fala em desmilitarização da polícia, muita gente não entende o que estamos querendo dizer. Acha que a gente quer que a polícia ande desarmada. Outros pensam que o problema é a farda. Não tem nada disso. O problema do militarismo é que a sua lógica é de treinar soldados para a guerra. A lógica de um militar é ter um inimigo a ser combatido e para isso faz o que for necessário para aniquilar este inimigo”, ponderou. “A polícia não pode ser concebida para aniquilar o inimigo. O cidadão que está andando na rua, que está se manifestando, ou mesmo o cidadão que eventualmente está cometendo um crime, não é um inimigo. É um cidadão que tem direitos e esses direitos tem de ser respeitados”, defendeu Vianna.
O professor de Direito Penal afirmou que a violência começa no treinamento do policial, o que depois é refletido na sua atuação ostensiva nas ruas dos grandes centros urbanos brasileiros.
“O treinamento da PM é absolutamente violento. Ele é feito para ser violento. O sujeito passa em um concurso e é submetido a rituais próprios do militarismo que retiram a sua individualidade, muitas vezes por meio de humilhação. O que acontece, ele aprende desde cedo que tem um valor a ser respeitado, a hierarquia, a obediência. Quando a sociedade opta por uma polícia militar, o que essa sociedade quer é uma polícia que cumpra ordens sem refletir. É claro que quando se dá um treinamento onde o próprio policial é violentado, como vou exigir que esse indivíduo não violente os direitos de um suspeito?”, questionou.
“A lógica dele é muito racional. Se existe uma hierarquia, você tem um coronel, um capitão, um tenente e chega lá no soldado. E quem está abaixo do soldado? Os únicos que estão abaixo do soldado somos nós, os civis. E abaixo dos civis somente mesmo os ‘bandidos’, ‘marginais, ‘vagabundos’ e ‘subversivos’, ‘vândalos’ e ‘manifestantes’. Ou seja, todo mundo, que na visão maniqueísta dele, vê como inimigo”, explicou Vianna. “O policial aprende que o valor máximo não é o respeito aos direitos, à lei, e sim a hierarquia, a obediência. ‘Manda quem pode, obedece quem tem juízo’, é isso que ele aprende sempre”, completou.
Na foto, o professor de direito penal Túlio Vianna ministra aula pública sobre a desmilitarização das polícias no vão do Masp, em São Paulo. Foto: Felipe Rousselet 
Vianna falou de como outros países formatam a suas estruturas policiais e declarou que o modelo brasileiro de polícia ostensiva e militarizada é único no mundo. “Na forma que nós temos hoje, com uma polícia separada entre uma polícia militar, no policiamento ostensivo, e uma polícia civil, que é de investigação, só no Brasil. Nos Estados Unidos e Inglaterra as polícias são 100% civis. Em alguns países da Europa existem polícias militares, mas não na forma que é concebida no Brasil. Por exemplo, na França, Portugal e Itália, a polícia militar é reservada para áreas rurais, áreas de fronteira afastadas dos grandes centros urbanas. E elas têm a função principal de proteger fronteiras, de proteger estas áreas de ameaças externas”, explicou.
Outra crítica de Vianna à militarização da PM é o código penal próprio aplicado para policiais que cometem delitos. “É muito cômodo você ter uma justiça que te julga pelo seus próprios pares. Quando a gente pensa em acabar com o militarismo não é acabar com o uniforme. É acabar com o treinamento militar, com o código penal militar, é acabar com a estrutura e a lógica militar. Nós temos que pensar em uma polícia cidadã. E para ser uma polícia cidadã, temos que pensar, em primeiro lugar, em respeitar o direito do policial ser cidadão”, defendeu o professor de direito penal.
Vianna também afirmou que o argumento de que o militarismo impede a corrupção por parte da polícia é errôneo. “O que é garantia contra a corrupção é uma corregedoria forte. Principalmente uma corregedoria com controle externo. Corregedoria com controle interno não garante nada”, defendeu.  Segundo o professor, a militarização da polícia não traz nenhum benefício. “Ela não é boa para o policial militar e é péssima para o cidadão. Ela é péssima porque não é garantia de absolutamente nada. Não garante um polícia melhor e menos corrupta. Só é garantia de uma polícia violenta porque o treinamento é violento”.
Para Vianna, a repressão brutal contra as manifestações em todo o Brasil criou um momento propício para discutir a desmilitarização da PM. Segundo o professor, a violência que a polícia sempre impôs aos pobres afetou também a classe média. “Agora é o grande momento de colocar em pauta a desmilitarização. A PM sempre foi violenta, foi violenta contra os pobres e ninguém nunca se preocupou. Se você tem uma nota falando que 20 morreram na favela, o ‘cidadão de bem’ que está em casa pensa ’50 traficantes a menos, a PM está fazendo seu trabalho’. Agora se aparece uma jornalista de um grande jornal, com o olho todo detonado, uma violência extremamente grave e que evidentemente não está legitimada, isso choca muito mais que 20 morrendo na favela. O cara que está em casa pensa ‘podia ser eu, minha filha, meu irmão’. E ai é a hora de colocar em pauta a desmilitarização da polícia”.
Por fim, o professor da UFMG afirmou que o primeiro passo em direção da desmilitarização da PM é a pressão da sociedade para que o Congresso aprove a PEC 102, que autoriza os Estados a desmilitarizarem a PM e unificarem suas polícias.  “No caso da Polícia Militar, como ela é prevista na Constituição, é necessária uma proposta de emenda constitucional conhecida como PEC para que a polícia seja unificada e civilizada. Já existe uma proposta de emenda constitucional, a PEC 102, que não faz especificamente a unificação e a desmilitarização, mas autoriza que cada estado federado possa fazê-lo caso julgue necessário”, explicou.
Após a palestra, os participantes da atividade se reuniram em pequenos grupos para discutir a desmilitarização e propor ideias para fortalecer esta pauta. Entre as sugestões do público, foi unânime a ideia de que atividades como a ocorrida no vão do Masp devem acontecer também nas periferias, onde a polícia mostra sua face mais violenta.Também surgiram iniciativas que visam dar visibilidade à pauta da desmilitarização, como grupos em redes sociais e sites que aglutinem denúncias de abusos cometidos pela PM e conteúdo favorável à desmilitarização das policias.

Comentários

QUANTA BESTEIRA !

Sou policial militar e confesso que estou abismado de ler isso... Pra que Policiais Militares terem treinamento de guerra né ? É muito tranquilo você entrar numa favela e tomar tiro de fuzil ! Vamos entrar lá com flores na mão e chocolates que os traficantes vão nos receber muito bem... Vamos desmilitarizar a Policia Militar e deixar como a Polícia Civil, que tem um alto índice de corrupção... Vamos tirar o código penal militar e deixar um PM que é um bom homem, pai de família, que em exercício de sua função, acabou matando uma pessoa em uma ocorrencia com o intuito de tentar fazer o bem e por uma infelicidade da vida, acabou acertando um inocente, ou um babaca como esse professo julgá-lo por ter matado um BANDIDO que está armado com uma faca e largar o PM em uma cadeia pública com traficantes, assaltantes e diversos outros tipos de ladrões... Sugiro que você estude antes e veja que por exemplo, nos EUA que é um exemplo que todos citam que não é uma Policia MILITAR, mas lá existem postos de Soldado a Coronel, como aqui no Brasil, pois sem uma cadeia hierárquica nada funciona. Sem uma unidade de comando, vira bagunça, é como qualquer outra empresa, onde existe o operário e o presidente... Sugiro a você professor, que estude um pouco mais sobre como é uma corregedoria militar antes de largar estas asneiraspois como um professor de direito, tem o DEVER de saber que o Militar é julgado nas duas esferas, tanto na civil como na militar, caso cometa um crime do CP. Me adimiro um professor de direito não saber disso... Estou aberto a discussões, curso engenharia e não direito, mas consigo rebater qualquer argumento que me enviarem sobre a desmilitarização ! ... Pela cultura brasileira, com as gigantescas favelas que existem, muitas vezes mais armadas e equipadas que o Exercito e a Polícia, o único país do mundo que precise de uma Polícia Militar é o Brasil....Considere as (...) como final de um parágrafo, pois é horrível o modelo de formatação deste site 

#DESMILITARIZAJA

Sociedade Civil. os policiais querem , os intelectuais querem, a sociedade quer, por favor se mobilizem!!!!!!Recolham assinaturas, Ocupem espaços públicos, pressionem os parlamentares. Repito a esmagadora maioria dos Policiais entende que seu serviço não tem nada a ver com a Doutrina Militar!Eles vão se manifestar mas precisa do apoio de vcs!!!!

DESMILITARIZAÇÃO JÁ!

Sou POLICIAL MILITAR DO DISTRITO FEDERAL, Soldado, apoio a desmilitarização da Polícia Militar, esse sistema organizacional é obsoleto, e como disse bem o professor, prega acima de tudo a obediência hieráquica aos comandantes. É um sistema perfeito para a GUERRA, onde leis e demais direitos civis são interrompidos pela situação emergência. A Polícia MILITAR tem que ser DESMILITARIZADA.

“A MILITARIZAÇÃO NÃO É BOA PARA O POLICIAL E É PÉSSIMA PARA O CI

É um tema dificil esse né....veja bem...antigamente a força pública de São Paulo era mais bem armada,equipada e treinada que o exército brasileiro e ainda um comando autonomo.O Exército vendo isso tratou de "subjugar" não só a força pública de São Paulo (senão ficaria estranho né?) mas a de todo Brasil.O resultado é esse que vocês estão criticando.Só que tem uma coisa...não adianta querer unificar as polícias civis e militares.....não dá...aqui em São Paulo mesmo...olha como a polícia civil é ruim,corrupta e tem uma péssima corregedoria (não estou generalizando,por favor).A PM de SP comete seus erros,mas pelo menos da resposta a sociedade quando estão errados e também não podemos negar queela é sim a melhor polícia militar de todo o Brasil.E mais uma coisa....pode desmilitarizar as PMS de todo Brasil....vai demorar muitos e muitos anos pra elas deixarem de ser aquilo que são hoje...o ensino vai continuar sendo o mesmo e tudo mais.

“A MILITARIZAÇÃO NÃO É BOA PARA O POLICIAL E É PÉSSIMA PARA O CI

É um tema dificil esse né....veja bem...antigamente a força pública de São Paulo era mais bem armada,equipada e treinada que o exército brasileiro e ainda um comando autonomo.O Exército vendo isso tratou de "subjugar" não só a força pública de São Paulo (senão ficaria estranho né?) mas a de todo Brasil.O resultado é esse que vocês estão criticando.Só que tem uma coisa...não adianta querer unificar as polícias civis e militares.....não dá...aqui em São Paulo mesmo...olha como a polícia civil é ruim,corrupta e tem uma péssima corregedoria (não estou generalizando,por favor).A PM de SP comete seus erros,mas pelo menos da resposta a sociedade quando estão errados e também não podemos negar queela é sim a melhor polícia militar de todo o Brasil.E mais uma coisa....pode desmilitarizar as PMS de todo Brasil....vai demorar muitos e muitos anos pra elas deixarem de ser aquilo que são hoje...o ensino vai continuar sendo o mesmo e tudo mais.

Aula pública vai defender desmilitarização da Polícia Militar

Ação da PM nos protestos pelo país estimulou o evento, que será conduzido por Túlio Vianna
1º/07/2013

Igor Carvalho,
da Fórum

Nesta segunda-feira (01), às 19h, no vão livre do Masp, na capital paulista, acontecerá uma aula pública sobre a desmilitarização da Polícia Militar. Os ensinamentos serão conduzidos por Túlio Vianna, professor de Direito Penal da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e colunista da revista Fórum.
“Venha aprender e debater sobre o contexto de manutenção da polícia militar como mantenedora da 'paz pública e ordem social' e as alternativas para a criação de uma polícia desmilitarizada, mais democrática e menos violenta”, diz o convite do evento.
No site Avaaz, uma petição pública pela desmilitarização das polícias do Brasil tem mais de 10 mil assinaturas. As PMs tiveram atuação contestada durante as recentes manifestações pelo país. Nos conflitos fundiários, no Mato Grosso do Sul, no último dia 30 de maio, um índio da etnia Terena foi assassinado por um policial, durante uma reintegração de posse.
Movimentos sociais também reclamam da atuação da Polícia Militar nas periferias, em ações de despejo ou de rotina, com abordagens consideradas violentas. Em maio de 2012, o Conselho de Direitos Humanos da ONU chegou a recomendar o fim da PM, para combater as “atividades dos esquadrões da morte”.