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segunda-feira, 25 de novembro de 2013

A falácia da desmilitarização da polícia.

Opinião

10:13:09

No País em que latrocidas e estupradores são chamados de “reeducandos”, o governo federal quer que o policial que mata um sequestrador para salvar o refém seja chamado de “homicida”

Criar um “SUS” da segurança pública, unificar as polícias e despir a PM de sua farda — eis as propostas que prometem revolucionar a segurança pública no País. Praticamente unânimes entre os acadêmicos especializados na área, essas ideias conquistam cada vez mais adeptos em Brasília. É o que se percebe nas discussões da Comissão Especial de Segurança Pública do Senado, instalada em 2 de outubro deste ano com o objetivo de debater e propor soluções para o financiamento da segurança pública no Brasil. Criada por iniciativa do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), a comissão é presidida pelo senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) e tem como relator o senador Pedro Taques (PDT-MT). ...

“O sistema de segurança pública no Brasil está absolutamente falido” — com essa declaração, proferida numa audiência pública realizada no dia 13 de novembro último, o senador Pedro Taques resumiu um sentimento das ruas que hoje encontra guarida até nos quartéis. Cada vez mais estão surgindo depoimentos de policiais militares colocando em descrédito a própria corporação a que pertencem. É o caso do livro “O Guardião da Cidade” (Editora Escrituras, 2013, 256 páginas), do tenente-coronel Adilson Paes de Souza, fruto de sua dissertação de mestrado “A Educação em Direitos Humanos na Polícia Militar”, defendida na Faculdade de Direito da USP em 2012, sob a orientação do cientista político Celso Lafer.

Nesse trabalho acadêmico, festejado por toda a imprensa, o tenente-coronel da PM paulista defende a ampliação da carga horária do estudo de direitos humanos na formação dos oficiais da Polícia Militar, como forma de combater a tortura. Em meu artigo da semana passada, procurei demonstrar que se trata de uma falácia. O Curso de Formação de Oficiais é praticamente um curso completo de Direito e, como se sabe, é impossível estudar qualquer disciplina do Direito sem tratar dos direitos humanos, uma vez que a Constituição de 88, base legal de todas as disciplinas jurídicas, é alicerçada, de ponta a ponta, nos direitos da pessoa humana.

Sobrevivendo na Gestapo brasileira

Em vários momentos do livro, de modo quase indisfarçável, Paes de Souza compara a Polícia Militar brasileira com a Gestapo de Adolf Hitler e descreve o produto das ações da PM como um novo campo de concentração nazista. Citando um artigo da psicóloga e psicanalista Maria Auxiliadora de Almeida Cunha Arantes, sintomaticamente intitulado “Violência, Massa­cre, Execuções Sumárias e Tortura”, o tenente-coronel cita como exemplo desses casos, os 111 mortos do Carandiru, em 1992, os 493 mortos quando dos ataques do PCC em 2006 e a Operação Castelinho em 2002, “que constituiu uma emboscada”, com 12 mortos — todos bandidos do PCC, acrescente-se, já que o coronel não o faz em sua tese.

Para a psicóloga Maria Auxi­liadora Arantes, citada no livro “O Guardião da Cidade”, tais acontecimentos “são crimes filhotes de um Estado que deixou intacto um aparelho de matar e que não puniu os que o montaram”. O tenente-coronel Adilson Paes de Souza corrobora literalmente suas palavras, tanto que acrescenta a elas a seguinte frase: “De fato, Auschwitz faz-se presente”. Reparem: Paes de Souza está comparando o trabalho da Polícia Militar — instituição em que atuou durante 28 anos, chegando a tenente-coronel — com a violência das forças nazistas nos campos de concentração de Hitler.

O cientista político Celso Lafer, responsável pela dissertação de mestrado de Adilson Paes de Souza na USP, deveria ter-lhe feito uma pergunta singela antes de aceitar a orientação de seu trabalho: “Onde o senhor estava, na condição de tenente-coronel da Polícia Militar, quando seus subordinados de farda se tornaram exemplos atuais da Gestapo de Hitler, torturando e executando pessoas?” Antes de pontificar sobre os problemas da Polícia Militar, apresentando soluções mirabolantes do conforto de uma cátedra universitária, o tenente-coronel Paes de Souza deveria ter respondido para si mesmo essa pergunta.

Na condição de tenente-coronel da Gestapo brasileira (a se crer nos seus próprios conceitos), ou Paes de Souza foi cúmplice do holocausto que denuncia ou foi omisso diante dessa carnificina que imputa à PM. Em qualquer dos casos, deveria pôr a mão na própria consciência antes de se arvorar a defender tese, escrever livro e contribuir, ainda que involuntariamente, para a difamação sistemática de que a PM é vítima na imprensa e nas universidades.

Não é possível sobreviver durante 28 anos num aterro sanitário moral e dele sair com a alma cheirando a talco, como canta Gilberto Gil. Em seu livro, citando Albert Hirschman, Paes de Souza fala que os membros de uma instituição podem abandoná-la ou criticá-la quando se sentem descontentes. O autor não diz, mas, no caso da Polícia Militar, a via mais frequente é a omissão: o policial se esconde numa carreira burocrática, pontificando sobre direitos humanos, longe do tiroteio das ruas. Paes de Souza deveria explicar como sobreviveu ao horror que denuncia. Foi por essa terceira via? Sem essa explicação, suas reflexões e denúncias sobre a PM perdem muito da autoridade que poderiam ter.

Depoimentos de PM homicidas


Para exemplificar as críticas que faz à polícia, Adilson Paes de Souza colheu o depoimento de dois policiais militares condenados por homicídio e se valeu também de dois depoimentos colhidos pelo jornalista Bruno Paes Manso, do jornal “O Estado de S. Paulo”. Em junho de 2012, Manso defendeu no Departamento de Ciências Políticas da USP a tese de doutorado “Crescimento e Queda dos Homicídios em São Paulo entre 1960 e 2010”, em que faz uma “análise dos mecanismos da escolha homicida e das carreiras no crime”. O trabalho de Manso que resultou na tese já havia lhe rendido o livro “O Homem X: Uma Reportagem sobre a Alma do Assassino em São Paulo” (Editora Record, 2005), no qual o tenente-coronel buscou os depoimentos.

Os policiais ouvidos por Paes de Souza ganharam os apelidos de “Steve” e “Mike”, geralmente dados aos policiais que trabalham nas ruas. O policial Steve foi condenado a mais de 20 anos de reclusão por um homicídio a tiros e facadas. “No auge da prática do ato, senti que estava cheio de ódio e acabei descarregando tudo sobre o corpo da vítima. Tinha um sentimento de ódio generalizado de tudo”, afirma o policial. De origem nordestina, o policial contou que seu pai era PM aposentado e costumava conversar com toda a família na hora do jantar sobre o sentimento de honra que envolvia a profissão. Inspirando-se no pai, Steve, ao completar 18 anos, ingressou na polícia, por meio de concurso público.

“Fui designado para trabalhar numa unidade da Polícia Militar na periferia da cidade de São Paulo. Comecei a ver uma realidade que não conhecia: favelas, meninas estupradas, pessoas pobres vítimas de roubo, o que causou revolta”, conta Steve. Movido por essa revolta, diz que começou a trabalhar além do horário normal, prendendo o máximo possível de bandidos, na esperança de acabar com a criminalidade na região. O PM conta que, numa ocasião, prendeu em flagrante dois ladrões que tinham roubado um supermercado, mas na noite do mesmo dia viu os dois na rua. Quando os abordou, soube que fizeram um acordo com o delegado, inclusive deixando na delegacia uma parte da propina para o policial.

“Nesse momento, percebi que a corrupção existente nos distritos policiais da área onde trabalhava gerava a impunidade dos delinquentes”, afirma Steve, que passou a frequentar velórios de policiais mortos em serviço, alimentando ainda mais sua revolta com a impunidade dos bandidos. Foi aí que decidiu fazer justiça com a própria farda: “Eu era juiz, promotor e advogado. Levava a vítima para um matagal, concedia-lhe um minuto para oração e a sentenciava a morte”. Essa vida de justiceiro fardado destruiu sua família. Sua mulher chegou a tentar o suicídio. E, na cadeia, sofreu maus-tratos e não teve a solidariedade dos colegas: os policiais que o visitavam estavam mais preocupados em sondá-lo para saber se não seriam delatados, em virtude de outras ocorrências.

Um dos entrevistados pelo repórter Bruno Paes Manso, citado na dissertação do tenente-coronel Paes de Souza, também relata que se via em guerra contra os criminosos e, movido pelo ideal de resolver o problema da criminalidade, trabalhava praticamente o dobro: as oito horas regulamentares que o Estado lhe pagava e mais oito em que combatia o crime de graça, por sua própria conta e risco. Esse policial contou ter deparado com vários casos graves, que só via em filmes. Certa vez, atendeu a uma ocorrência em que uma criança de 4 anos foi estuprada e ele, junto com outros policiais militares, evitou o linchamento do estuprador. “Nesse momento, achou um contrassenso ter que proteger quem havia praticado uma monstruosidade contra uma menina. Sentiu revolta”, relata Paes de Souza.

Mais confrontos, mais mortes

Esse é praticamente o padrão dos depoimentos de policiais militares condenados por homicídio: 1) imersão idealista do policial no combate ao crime; 2) revolta com a impunidade dos criminosos; 3) justiça com a própria farda; 4) prisão, arrependimento e transferência da culpa para a corporação militar. O livro “Sangue Azul” (Editora Geração Editorial, 2009), baseado no depoimento de um soldado da PM do Rio de Janeiro ao documentarista Leonardo Gudel, também segue esse padrão. E parece que o recém-lançado “Como Nascem os Monstros” (Editora Topbooks, 2013, 606 páginas), romance do policial carioca Rodrigo Nogueira, condenado e preso por homicídio, também não foge à regra.

Um sargento preso por homicídio e ouvido por Bruno Paes Manso explica que o “assassinato é uma importante ferramenta no cotidiano perigoso do policial militar que trabalha na rua”, e acrescenta que “se os policiais fossem proibidos de matar seria melhor que parassem de trabalhar”. Esse mesmo policial diz ainda: “Sem contar que a bandidagem está cada vez ficando mais ousada, mais armada e respeita cada vez menos a polícia. Isso é explicado dessa forma, isso não foi a polícia que motivou. Hoje tem muito mais reação, o pessoal enfrenta, por isso tem mais morte”. O tenente-coronel Paes de Souza, do alto de sua tese da USP, classifica essa fala do sargento como simplista, por afirmar que mais criminalidade significa mais confronto e, consequentemente, mais mortes.

Ora, simplista é o modo como o tenente-coronel, desprezando seus 28 anos de experiência como policial, utiliza esses depoimentos para corroborar teses injuriosas a respeito da Polícia Militar, que a acusam de ser uma máquina assassina, nazista, semelhante a Auschwitz. O tenente-coronel e os demais acadêmicos que escrevem teses sobre segurança pública acreditam que basta alugar o ouvido de um soldado com perorações sobre direitos humanos para que, no outro dia, ele saia à rua com flores na boca do fuzil, ajudando velhinhas no semáforo e pegando crianças no colo, até que surja um marginal armado e esse policial, consciente de seus deveres, saque da farda um exemplar da Constituição e atire no rosto do bandido seus direitos humanos, para que o criminoso estenda os pulsos com cidadania e seja algemado com dignidade.

Completa inversão de valores


Uma análise verdadeiramente profunda dos depoimentos dos homicidas da PM revela a complexa natureza do trabalho policial, que, em qualquer tempo e lugar, é inevitavelmente insalubre para a alma. O policial é como o médico: sem uma dose sobre-humana de frieza, ele não será capaz de proteger vida nenhuma, pois o medo do sangue, da mutilação, do cadáver, irá acovardá-lo diante do dever a ser cumprido. Por isso, ser policial não é para qualquer um. Os policiais homicidas tentam enganar a própria consciência quando dizem que a corporação os transformou em violentos. O potencial de violência já estava presente neles — ou não teriam sonhado em ser policiais. Polícia não é assistência — é contenção. Por isso, tem de ser viril.

A testosterona que faz o bandido violento é a mesma que faz o policial corajoso. Por isso, ao contrário do que acreditam os acadêmicos, o policial tem que tratar o bandido como inimigo, sim. O soldo sozinho — por maior que seja — não é capaz de separar o policial do criminoso, pois a natureza mais profunda de ambos se alimenta da mesma virilidade masculina, responsável por mais de 90% dos crimes que são praticados em qualquer cultura humana em todos os tempos. Por isso, o policial corajoso precisa ser tratado como verdadeiro herói pela sociedade. Mas não basta. Como o ser humano é um ser relativo e não consegue julgar em absoluto, mas somente por meio de comparação, é preciso enaltecer o policial — e, ao mesmo tempo, punir verdadeiramente o criminoso, para marcar a diferença entre ambos.

Todavia, hoje ocorre justamente o contrário. O policial se revolta ao proteger de linchamento o estuprador de uma criança porque sabe que não será feita justiça. Mesmo esse tipo de criminoso tem direito a todas as regalias da legislação penal, travestidas de direitos humanos. A população brasileira não tem consciência disso, mas até os criminosos que matam ou estupram mulheres acabam tendo benefícios absurdos, como visita íntima na cadeia, o que as feministas defensoras dos direitos humanos traduzem como “direitos sexuais”. Ora, direito sexual é como direito de expressão: toda pessoa tem o direito de falar, mas não tem o direito de obrigar o outro a ouvi-la.

O preso não pode ser impedido de sonhar com uma mulher ou até de satisfazer solitariamente sua libido. Seria uma tortura psicológica privá-lo desse instinto básico. Mas isso não significa que ele tem o direito de manter relações sexuais dentro da cadeia, mesmo que seja com sua esposa. E a razão é simples: seu desejo sexual não pode ser posto acima da segurança da sociedade. É óbvio que, durante a visita íntima, não há meio de controlar o preso. Ele pode usar a visita — e sempre usa — para transmitir recados aos comparsas fora da cadeia, daí o comando que o cárcere continua tendo sobre o crime organizado. Praticamente todas as centrais telefônicas do PCC são administradas por mulheres de presidiários. E mulher de preso inevitavelmente o obedece, sob pena de ser morta.

O mesmo se dá com a alimentação do preso. Não deixar um latrocida passar fome na cadeia é garantir-lhe um direito humano básico, mas permitir que ele escolha o cardápio, por meio de rebeliões, como ocorre com muita frequência nos presídios brasileiros, não passa de um abuso com o dinheiro de suas vítimas. O preso tem direito a remissão de pena não só por dias trabalhados, mas também por horas de estudo e até leitura de romances. Ou seja, o que os acadêmicos chamam de “direitos humanos” são, na verdade, direitos civis, que deveriam ser privativos do cidadão que respeita as leis e não do bandido que fere o contrato social e, por isso, tem de ser excluído da esfera da cidadania enquanto cumpre sua pena.

Hoje, a inversão de valores é tanta que, oficialmente, por meio das políticas públicas do governo petista, o policial militar se tornou o verdadeiro inimigo público, enquanto se concede ao criminoso o monopólio dos direitos humanos. A Resolução nº 8, de 21 de dezembro de 2012, da Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência da República, sob o comando da ministra Maria do Rosário, estabelece em seu artigo 1º que, quando um bandido morre em confronto com a polícia, na descrição de sua morte nos registros oficiais não deve mais ser usada a expressão “resistência seguida de morte” e, sim, “homicídio decorrente de intervenção policial”.

A alegação é que os policiais utilizam o chamado “auto de resistência” para esconder execuções. Ora, nos casos em que isso ocorre, não vai ser mudando as palavras que o crime deixará de ser praticado. Mais do que a nomenclatura, o que importa em qualquer crime é a investigação. E essa não deixará de ser feita caso um auto de resistência levante suspeitas. Prova disso é que dezenas de policiais militares são expulsos da corporação no Brasil. A Polícia Militar não é necessariamente pior do que a Polícia Federal, a Polícia Civil, o Judiciário, o Ministério Público, a OAB. Se os maus elementos de cada uma dessas corporações fossem enforcados nas tripas dos maus elementos das outras, garanto que não sobrariam condenados nem tripas. Principalmente quando se leva em conta o contexto em que cada uma delas atua — e, nesse caso, o contexto da Polícia Militar é, sem dúvida, o pior. Nenhuma instituição tem o monopólio do bem ou do mal. E ainda que a Polícia Militar fosse mesmo a pior de todas essas instituições, eu pergunto: convém desmilitarizar a polícia num País em que o bandido preso transforma até a cadeia em quartel do crime?
Fonte: José Maria e Silva - Jornal Opção - 25/11/2013

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Cientistas descobriram porque algumas pessoas não param de comer

Todo mundo tem um amigo que parece que só para de comer para dormir. Contudo, pesquisadores descobriram que a responsável por tanto apetite pode ser a falta de proteína.
De acordo com uma nova pesquisa da Universidade de Charles Perkins Centre de Sydney (Austrália), o apetite instintivo dos seres humanos para a proteína é tão poderoso que somos impelidos a continuar a comer até chegarmos a quantidade certa destes nutrientes, mesmo que isso signifique consumir muito mais energia do que precisamos.
Publicado online no portal Obesity Reviews, a pesquisa mostra que o impulso primordial por uma dieta rica em proteínas pode ser um fator-chave na epidemia de obesidade global, com o consumo total de energia dos indivíduos aumentando à medida que a porcentagem de proteína em suas dietas diminui.
Independentemente do peso, idade ou período de tempo de uma dieta, a pesquisa constatou pela primeira vez que a redução do percentual de proteína irá resultar em aumento da ingestão total de energia, contribuindo para o excesso de peso e obesidade. A pesquisa compila os resultados de 38 testes experimentais, levando em conta um amplo espectro de faixas etárias, índices de massa corporal (IMC) e durações da dieta.
“Descobrimos que, independentemente da sua idade ou IMC, seu apetite por proteína é tão forte que você vai continuar comendo até obter proteína suficiente, o que pode significar que você comerá muito mais do que deveria”, explica o Dr. Alison Gosby, principal autor da pesquisa e pós-doutorado na Universidade do Centro Charles Perkins de Sydney.
À medida que as dietas mudam para uma maior proporção de alimentos que têm uma maior quantidade de carboidratos ou gordura, a proteína disponível é reduzida e o consumo de energia aumenta necessariamente. “Por exemplo, quando você consume coisas como refrigerantes, que têm uma proporção de proteína bastante baixa, mas são ricos em calorias, o consumo de energia vai aumentar, porque você vai precisar continuar comendo para obter a proteína que você precisa. Se você adicionar um refrigerante no seu almoço, você adiciona um monte de calorias, mas ainda vai ter que comer a mesma quantidade de comida”.
“A força do nosso impulso nutricional para a proteína é assustador dentro do nosso ambiente nutricional, no qual existe um grande número de alimentos com baixo teor de proteína consumidos regularmente”, explica o Dr. Gosby.
Enquanto o Dr. Gosby não recomenda o aumento da ingestão de proteína – a maioria das pessoas consome a quantidade certa de proteína, mas comem demais até obtê-la -, a maior compreensão de apetite fornecida pela pesquisa pode ter impactos profundos sobre a concepção de dietas saudáveis e eficazes para a perda de peso, sobre as políticas de rotulagem de alimentos, os sistemas de produção de alimentos e marcos regulatórios.
“Nós mostramos que, quando as pessoas estão tentando perder peso, elas precisam olhar para a composição de macronutrientes, não apenas calorias. Se você cortar calorias, mas não considerar a ingestão de proteína, você vai estar com fome e sua dieta não vai ser bem sucedida”.
O Dr. Gosby ainda afirma que as descobertas podem fornecer uma nova ferramenta na luta contra o excesso de peso e obesidade, que afeta atualmente milhões de pessoas no mundo todo. “Nós não defendemos uma dieta rica em proteína, que geralmente é insustentável, mas incentivamos as pessoas a seguirem uma dieta equilibrada e ter uma alimentação saudável. Preparar suas próprias refeições, em vez de depender de alimentos processados de alta densidade energética e baixo teor de proteína, poderia fazer uma enorme diferença para a quantidade de alimento que você precisa consumir”, finaliza o especialista. [Science Alert]Fonte:http://hypescience.com/cientistas-descobriram-porque-algumas-pessoas-nao-param-de-comer/

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

POLÍCIA ÚNICA E DESMILITARIZADA

O cientista político Guaraci Mingardi, especialista em segurança pública e consultor sobre inteligência e análise criminal, crime organizado e corrupção, defende uma só polícia por estado, de formação civil, mas não dentro do modelo da atual Polícia Civil, que para ele “é muito burocratizada e com sérios problemas de corrupção”. “O ideal seria a instituição de outra polícia, formada pela junção das duas atuais, segundo um modelo bem menos militarizado que o da PM, mas também distante da ênfase burocrática e do excesso de juridiquês da atual Polícia Civil”.
Ex-secretário de Segurança de Guarulhos, Mingardi foi assessor da Procuradoria de Justiça do MP de São Paulo e subsecretário nacional de Segurança Pública. Ele considera o ingresso único e a carreira como requisitos para equacionar a divisão de atribuições (policiamento e investigação) em uma polícia única, de Estado. “Todos têm de começar nos plantões e na rua, prevenindo, depois é que a carreira pode se desenvolver para alguma especialização. Temos que acabar o ingresso de delegados e oficiais separados dos que entram nas carreiras inferiores”, aponta.
Para o professor da pós-graduação em Ciências Criminais e em Ciências Sociais da PUCRS, Rodrigo Ghiringhelli de Azevedo, a reformulação da segurança pública deve considerar a história das instituições envolvidas. “Historicamente no Brasil o Estado se utiliza da polícia não para prestar serviços e garantir direitos ao cidadão, mas para produzir repressão ou conter as chamadas classes perigosas, os excluídos. Esse ethos policial vem da origem das relações entre Estado e sociedade no Brasil e é reforçado nos períodos autoritários, como o Estado Novo e a ditadura de 64. Não é possível mudar uma cultura institucional da noite para o dia”, observa. Coordenador do Grupo de Pesquisa em Políticas Públicas de Segurança e Administração da Justiça Penal (GPESC) e integrante do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Azevedo defende a formação superior não somente em Direito, mas em outras áreas do conhecimento como Sociologia, Psicologia e Administração como pré-requisito às funções de polícia, com melhoria na remuneração e carreira única. “Se o papel da polícia é manter uma estrutura social desigual, ela reproduz essa desigualdade no seu interior, com a concentração de poder nas mãos dos delegados e oficiais, e desvalorização e submissão das categorias subalternas, que não têm possibilidade de ascensão profissional”, aponta.
O professor Roberto Kant de Lima, do Departamento de Segurança Pública da Universidade Federal Fluminense (UFF), considera insuficiente a desmilitarização. Idealizador do primeiro curso de bacharelado em Segurança Pública do país, Lima observa que a forma de atuação repressiva é comum às duas polícias, tanto militar quanto civil. “Ambas atuam de forma a se tornarem parte do conflito, para extingui-lo e o trabalho de administração de conflitos é deixado de lado”, alerta, enfatizando a necessidade de formação e não apenas treinamento de policiais. “Precisamos de uma transformação na missão, na ideologia da polícia”.

“O ATUAL MODELO DE POLÍCIA É UM DESASTRE” RICARDO BALESTRERI

Presidente do Observatório do Uso Legítimo da Força e Tecnologias Afins e especialista em Direitos Humanos, o ex-secretário nacional de Segurança Pública Ricardo Balestreri defende nesta entrevista o modelo de multiplicidade de polícias especializadas e de ciclo completo de atuação, responsáveis por toda a atividade de prevenção, ostensividade, investigação, inteligência e instrução processual. Para ele, o modelo de polícia adotado pelo Brasil tem distorções que a tornam uma das piores polícias do mundo.
Os questionamentos sobre a estrutura e a conduta das forças policiais não são novos, mas se intensificaram com os episódios de violência policial que têm marcado as manifestações de rua pelo país. Por que é necessário repensar esse modelo de policiamento?
Ricardo Brisolla Balestreri – Há uma parte da polícia que sempre se portou e se porta mal, mas há também outra, que sempre se portou e se porta bem, que sempre garantiu e garante nossa segurança, nossa integridade, nossos direitos. A parte que se porta mal, o faz por duas razões básicas: a primeira é a psicopatia de indivíduos que se infiltram em uma profissão de grande poder real, com o fito de explorar através da corrupção, de maltratar, de torturar, de matar. Para esses não há cura e as instituições policiais precisam estar muito alertas para não permitir o ingresso e a permanência; a segunda é a ignorância, a falta da construção de conteúdos morais e de capacitação técnica dos operadores. Nesse caso, a solução é uma educação de qualidade, que passe pela parceria com o mundo acadêmico, mas também pela reflexão motivacional interna, andragógica, filosófica, sociológica, que se deve fazer a partir das escolas de polícia. O modelo de polícia do Brasil é um desastre e é claro que isso incrementa o poder da parte doente e o desencanto e até certa impotência da parte sadia, mas mesmo dentro de tal modelo é inadmissível a má conduta policial.
Qual modelo de polícia o senhor defende?
Balestreri – Defendo o modelo que viceja em praticamente todo o mundo democrático e civilizado: o de uma multiplicidade de polícias especializadas, de ciclo completo (isto é, responsáveis “do alfa ao Omega” pela atividade policial que lhes compete, incluindo prevenção, ostensividade, investigação, inteligência e instrução processual). Polícias que possam responder por completo às adequadas demandas do cidadão e que possam ser responsabilizadas in totum pelo desenvolvimento competente de suas atribuições. Ou seja, o contrário do que temos no Brasil: duas meias polícias estaduais que se atrapalham reciprocamente, criadas para depender burocraticamente uma da outra e para anular uma à outra (parece até que pela via inspiradora da máxima romana “dividir para governar”, o que garantiria, sempre, instituições de serviços mínimos de manutenção da “ordem”, mas nunca fortes e suficientes para atacar com autonomia o crime e a corrupção que podem chegar e chegam ao mais alto da pirâmide social). Nesse sentido, acho uma pobreza e uma banalidade a proposta que vai hegemonizando o senso comum até da intelectualidade, de uma “polícia única”. Polícia única é um perigo. Pode rapidamente se transformar em polícia de controle político. As ditaduras, em geral, é que gostam dessa ideia de polícia única. Várias polícias são importantes para o “intercontrole”, o controle recíproco, e o evitamento de um inchaço abusivo de poder. De maneira geral, os países do velho mundo contam com modelos policiais que poderiam nos inspirar, mas mesmo nos EUA e Canadá, por exemplo, há excelentes experiências que precisamos tomar em conta. O que não podemos é continuar insistindo na asneira que estruturamos aqui, tendo como resultados os ridículos índices, que temos, de responsabilização criminal. Devemos isso aos cidadãos e também aos bons policiais, que veem seu esforço e sacrifício sendo jogados fora todos os dias. Quando fui Secretário Nacional de Segurança pública “peitei” a discussão das reformas e com isso ingressei num verdadeiro inferno de pressões e ameaças corporativistas, de gente interessada a manter tudo como está, a fim de garantir velhos ganhos e privilégios. Por muito pouco, não fui “apeado” do cargo pelo mais infame dos lobismos, que há anos vêm cercando o executivo federal, os governos estaduais e o Congresso Nacional.
No encontro do Conselho de Direitos Humanos da ONU em 2012, a Dinamarca remendou ao Brasil a extinção da Polícia Militar, mesma posição da Anistia Internacional. O senhor concorda?
Balestreri – Parece-me que uma recomendação tão técnica, vinda de países e de instituições admiráveis, mas que desconhecem a profunda complexidade do Brasil e de seu sistema de segurança, é no mínimo uma imprudência. A ONU, a Dinamarca, a Anistia Internacional (que já dirigi no Brasil e que admiro profundamente), devem recomendar o respeito aos direitos humanos, a reforma do modelo policial arcaico, a fim de trazer maior eficiência e eficácia no atendimento da cidadania, e por aí devem se limitar. Sugerir fechar instituições, desconsiderando suas histórias e importantes ações (ao lado dos erros que também cometem), entrar em detalhes de forma, me parece uma atitude que revela o ranço do colonialismo cultural e do eurocêntrico que, sem querer, herdaram da velha ordem mundial. Os brasileiros é que precisam decidir o que querem manter, o que querem fechar, o que querem aperfeiçoar, o que querem criar. Não precisamos mais desse tipo de intervencionismo e tutoramento. Além do mais, tais posições revelam ignorância técnica, preconceito e desconhecimento de gestão complexa. Quem um dia comandou o sistema, como eu, facilmente avalia o absurdo de propostas sectárias como essa e sabe o que aconteceria ao Brasil se acordasse sem as suas polícias militares, os grandes sustentáculos “de escala” da nossa já combalida segurança pública. Emocionalismo e demagogia, mesmo quando não mal intencionados, só ajudam a afundar ainda mais o sistema. Eu tenho sido, há anos, um crítico público e ferrenho do que vem ocorrendo no Brasil, nessa área, mas creio que precisamos criticar com seriedade e apontar caminhos viáveis que não sejam os da mera desconstrução. As polícias militares possuem inúmeras qualidades e – a par dos erros – também acertam muito e efetivamente protegem os cidadãos mais simples. Contudo, urge que se libertem totalmente da “ideologia de segurança nacional” (que, como “currículo oculto”, ainda possui grande influência), da vinculação com as Forças Armadas (instituições respeitabilíssimas na democracia mas cuja lógica de “defesa nacional” só de forma muito oblíqua tem algo a ver com a lógica da “segurança pública”), dos regulamentos disciplinares anacrônicos afeiçoados à ditadura, das carreiras diferenciadas de praças e oficiais, que criam estamentos internos desprovidos de comunicação fluida e profissional. A elas, as PMs, precisam também ser facultados os mesmos direitos que são facultados ao conjunto da cidadania trabalhadora (como por exemplo o amplo direito à sindicalização, coisa burramente recusada pelos governos da ainda contaminada democracia brasileira, como se qualquer questão social – mesmo a questão social da polícia – pudesse ser historicamente criminalizada e contida à base de negações e truculências). Para tudo isso (que alguns chamariam de “conteúdo da desmilitarização”) se realizar, não é necessário que se percam a “estética militar”, nem os princípios da hierarquia e da disciplina (desde que legais, morais e impessoais). Creio mesmo que o povo deseja que sua polícia mais ostensiva seja facilmente e publicamente identificada pela farda e pelos ritos hierárquicos, sempre que isso não signifique a desumanização dos operadores. Mas mesmo tal coisa deve ser resolvida pelo povo brasileiro e por seus representantes (que, aliás, precisam melhorar muito).
O Brasil tem o maior número de mortes violentas do mundo, segundo a ONU, com 50 mil casos por ano e um índice de solução de homicídios violentos de 8%. Por que a polícia brasileira é tão ineficiente?
Balestreri – Por tudo isso que dissemos acima, mais os pífios orçamentos federais e estaduais para segurança pública, além dos degradantes salários e condições de vida dos operadores do sistema. É muito difícil construir bons resultados em meio ao descaso da gestão pública. Nesse sentido, os bons policiais fazem um trabalho heroico, em meio ao mais completo abandono. Lembremos, ainda, para reforçar esse elenco, do infeliz sistema de polícias divididas e interdependentes e do inquérito policial como uma herança inútil (porque uma prévia de tudo o que deverá ser refeito na justiça), cara, extemporânea e violadora dos direitos humanos (uma vez que não garante o amplo direito ao contraditório), que cartorializa (ao lado de um irracional sistema de registro de ocorrências) a polícia judiciária brasileira. Os delegados no Brasil são espécies de juízes de instrução sem poder real que trabalham em algo como um sistema de ensaio e pantomima. Por isso, defendi que os delegados deveriam passar ao poder judiciário e tornarem-se juízes de instrução de fato e de direito (talvez aproveitando-se alguma inspiração do modelo italiano), onde então seus conhecimento jurídicos passariam a ter real valor. Poderiam, dessa forma, também levar um sopro de competência a um poder judiciário moroso, desacreditado, insuficiente e inapetente para a vida concreta. As polícias deveriam ficar reservadas exclusivamente à ostensividade, mediação social e prevenção, inteligência, registro simplificado e rigorosa investigação, e ter formação acadêmica própria à essas atividades. É claro que para tudo isso acontecer, precisaríamos passar a borracha no danoso Artigo 144 da Constituição Federal e reescrever todo o texto sobre segurança pública. Há, pela frente, um enfrentamento histórico, uma vez que os bandos corporativistas que circulam no Congresso Nacional não vão abdicar facilmente de seus privilégios e oportunidades “em prol da cidadania”.
F

terça-feira, 5 de novembro de 2013

As elites e a eficiência da polícia


Sugerido por Gunter Zibell - SP
Da BBC 
Rodrigo Amaral - 26 de agosto, 2002
A face mais visível do combate à violência é a das forças de segurança do Estado, em especial a polícia, da qual se esperam soluções imediatas para o problema.
Mas em diversos países da América Latina – e o Brasil não é exceção à regra – a polícia não é conhecida nem pela sua eficiência nem pelo respeito aos direitos dos cidadão.
O americano Paul Chevigny, um especialista em forças de segurança na América Latina da Universidade de Nova York, adverte porém que, se a polícia não responde aos anseios dos cidadãos, isso em grande medida se deve ao desinteresse de setores influentes de uma sociedade.
''Um tempo atrás, um delegado brasileiro disse que as classes privilegiadas não querem uma polícia eficiente, e sim uma que aja com dureza contra os mais pobres'', afirma Chevigny. "Eu acho que há muita verdade nesta afirmação."
Cultura
Chevigny segue o raciocínio de outros analistas que estudam o desempenho das polícias latino-americanas e vêem uma corporação nem sempre preocupada em proteger todos os cidadãos de uma forma eqüânime.
Ele vê problemas tanto na cultura da polícia quanto em setores mais amplos da sociedade que acabam se refletindo no comportamento dos homens da lei.
"Enquanto houver tanta corrupção nos países latino-americanos, os problemas da polícia não têm como ser resolvidos", diz Chevigny. 
"A incapacidade da polícia de combater o crime de uma forma efetiva em grande parde se deve a um sistema em que políticos querem que crimes de grande expressão não sejam investigados."
Por esse motivo, segundo Chevigny, antes de cobrar uma postura mais correta das forças de segurança, o que a sociedade deve fazer primeiro é olhar para si mesma.
''Os policiais brasileiros não são estúpidos, eles podem ser treinados para fazer seu trabalho muito bem. Mas o sistema inteiro encoraja a polícia a agir de uma forma violenta." 
Primeiro passo
Mas Chevigny, autor de estudos sobre as polícias do Brasil, da Argentina e da Jamaica, reconhece que não é possível esperar a solução de todos os problemas que afligem um país antes de reformar a polícia para torná-la mais eficiente.
Ele diz que é possível tomar algumas medidas imediatas para melhorar a situação. No caso brasileiro, Chevigny recomenda, como primeiro passo, o fim da organização militar das diversas forças policiais.
"A polícia no Brasil fuciona como se fosse um exército", diz Chevigny.
"Esse é o jeito errado de organizar a polícia porque não existe um inimigo. O povo não é o inimigo."
Na opinião de Chevigny, esse tipo de organização faz com que os policiais sejam premiados por bravura até quando cometem violações aos direitos humanos – chegando a extremos como premiar os agentes que matam mais pessoas quando estão trabalhando.
Já o sociólogo venezuelano Roberto Briceño-León afirma que, para se tornarem mais eficientes e confiáveis, os policiais precisam receber treinamento e ser tratados com mais respeito, o que inclui o pagamento de melhores salários.
Caso contrário, a população vai perdendo a confiança nas forças de segurança e começa a chamar para si mesma as responsabilidades da polícia.
“A classe média olha para a polícia e, se não fica satisfeita, pensa em se armar, em privatizar a segurança”, afirma Briceño-León.

Fonte: http://adeilton9599.blogspot.com.br

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Homem é preso por transar com cabra


Após admitir que manteve relações sexuais com uma cabra, o britânico Robert Steven Newman foi condenado a passar seis semanas na prisão.

A condenação teve como base o fato de ser proibido qualquer ato sexual envolvendo animais no Reino Unido. A decisão foi tomada por um tribunal de North West Wiltshire.

De acordo com a investigação conduzida pelas autoridades locais, Newman manteve relações sexuais com a cabra por mais de dez dias, entra 5 e 16 de abril deste ano. Descoberto, ele confessou o crime. 

Fonte: Blog Eita!

General Adriano Pereira: esclarece o que é ser soldado do exército e soldado da PM

O general ADRIANO PEREIRA JR, hoje em entrevista no Programa Canal Livre da Band, 30 de julho de 2012, demonstrou entender mais da Polícia Militar do que os próprios PMs. Ele explicou a diferença entre um soldado da PM que é de carreira e de um soldado do Exército.
Não existe carreira de soldado do Exército, este é treinado para a guerra que é um serviço excepcional. E o soldado da PM tem uma vida inteira para desempenhar essa função, assim ele não pode ser pautado pelo REGULAMENTO DO EXÉRCITO, que é feito para períodos de exceção, ou seja, GUERRA!
O próprio General em sua entrevista deixou claro que os códigos aplicados no EXÉRCITO não devem ser aplicados para os SOLDADOS DA POLÍCIA MILITAR, as funções são de natureza diferenciadas.
Usar o regulamento do Exército para a Polícia Militar é infringir direitos trabalhistas duramente conquistados ao longo de décadas, precisamos rever isso com o máxima urgência. Coronéis da PM, o próprio General do Exército deu a deixa…

sábado, 12 de outubro de 2013

Dilma quer um relatório em 60 dias para Desmilitarização e Unificação das Policias.

Unificação policial
11/10/201307:31


A reunião da presidente Dilma Rousseff com o governador de Brasília, Agnelo Queiroz no Palácio do Planalto, trouxe para a discussão um tema polemico que pode causar uma verdadeira guerra fardada na capital federal. A presidente aguarda o senador Pedro Taques que está na relatoria da comissão especial dedicada a estudar saídas para o aumento da criminalidade e da violência, entregar o seu relatório em 90 dias.

O projeto de Agnelo é a unificação das polícias civis e militares, criando um único comando. A presidente Dilma exigiu do governador um relatório minucioso num prazo de 60 dias, Agnelo viajou para Europa e ficou de no seu retorno se empenhar para atender as ordens da presidente.


Enquanto isso a assessoria técnica do governador tenta correr com o projeto para apresentar o projeto antes mesmo do senador Pedro Taques concluir os trabalhos da comissão.

Fonte: Blog do Mino

domingo, 29 de setembro de 2013

Desmilitarizar e unificar a polícia


A  Polícia Militar brasileira é um modelo anacrônico de segurança pública que favorece abordagens policiais violentas, com desrespeito aos direitos fundamentais do cidadão 
Por Túlio Vianna
Uma das heranças mais malditas que a ditadura militar nos deixou é a dificuldade que os brasileiros têm de distinguir entre as funções das nossas Forças de Segurança (polícias) e as das nossas Forças Armadas (exército, marinha, aeronáutica). A diferença é muito simples: as Forças de Segurança garantem a segurança interna do Estado, enquanto as Forças Armadas garantem a segurança externa. Polícias reprimem criminosos e forças armadas combatem exércitos estrangeiros nos casos de guerra.
Diante das desmensuradas diferenças de funções existentes entre as Forças de Segurança e as Forças Armadas, é natural que seus membros recebam treinamento completamente diferente. Os integrantes das Forças Armadas são treinados para enfrentar um inimigo externo em casos de guerra. Nessas circunstâncias, tudo que se espera dos militares é que matem os inimigos e protejam o território nacional. Na guerra, os prisioneiros são uma exceção e a morte é a regra.
As polícias, por outro lado, só deveriam matar nos casos extremos de legítima defesa própria ou de terceiro. Seu treinamento não é para combater um inimigo, mas para neutralizar ações criminosas praticadas por cidadãos brasileiros (ou por estrangeiros que estejam por aqui), que deverão ser julgados por um poder próprio da República: o Judiciário. Em suma: enquanto os exércitos são treinados para matar o inimigo, polícias são treinadas para prender cidadãos. Diferença nada sutil, mas que precisa sempre ser lembrada, pois muitas vezes é esquecida ou simplesmente ignorada, como na intervenção no Complexo do Alemão na cidade do Rio de Janeiro ou em tantas outras operações na qual o exército tem sido convocado para combater civis brasileiros.
O militarismo se justifica pelas circunstâncias extremas de uma guerra, quando a disciplina e a hierarquia militares são essenciais para manter a coesão da tropa. O foco do treinamento militar é centrado na obediência e na submissão, pois só com estas se convence um ser humano a enfrentar um exército inimigo, mesmo em circunstâncias adversas, sem abandonar o campo de batalha. Os recrutas são submetidos a constrangimentos e humilhações que acabam por destituí-los de seus próprios direitos fundamentais. E se o treinamento militar é capaz de convencer um soldado a se deixar tratar como um objeto na mão de seu comandante, é natural também que esse soldado trate seus inimigos como objetos cujas vidas podem ser sacrificadas impunemente em nome da sua bandeira.
A sociedade reclama do tratamento brutal da polícia, mas insiste em dar treinamento militar aos policiais, reforçando neles, a todo momento, os valores de disciplina e hierarquia, quando deveria ensiná-los a importância do respeito ao Direito e à cidadania. Se um policial militar foi condicionado a respeitar seus superiores sem contestá-los, como exigir dele que não prenda por “desacato à autoridade” um civil que “ousou” exigir seus direitos durante uma abordagem policial? Se queremos uma polícia que trate suspeitos e criminosos como cidadãos, é preciso que o policial também seja treinado e tratado como civil (que, ao pé da letra, significa justamente ser cidadão).
O treinamento militarizado da polícia brasileira se reflete em seu número de homicídios. A Polícia Militar de São Paulo mata quase nove vezes mais do que todas as polícias dos EUA, que são formadas exclusivamente por civis. Segundo levantamento do jornal Folha de S. Paulo divulgado em julho deste ano, “de 2006 a 2010, 2.262 pessoas foram mortas após supostos confrontos com PMs paulistas. Nos EUA, no mesmo período, conforme dados do FBI, foram 1.963 ‘homicídios justificados’, o equivalente às resistências seguidas de morte registradas no estado de São Paulo”.Neste estado, são 5,51 mortos pela polícia a cada 100 mil habitantes, enquanto o índice dos EUA é de 0,63 . Uma diferença bastante significativa, mas que, obviamente, não pode ser explicada exclusivamente pela militarização da nossa polícia. Não obstante outros fatores que precisam ser levados em conta, é certo, porém, que o treinamento e a filosofia militar da PM brasileira são responsáveis por boa parte desses homicídios.
Nossa Polícia Militar é uma distorção dos principais modelos de polícia do mundo. Muitos países europeus possuem gendarmarias, que são forças militares com funções de polícia no âmbito da população civil, como a Gendarmerie Nationale na França, os Carabinieri na Itália, a Guardia Civil na Espanha e a Guarda Nacional Republicana em Portugal. As gendarmarias, porém, são bem diferentes da nossa Polícia Militar, a começar pelo fato de serem nacionais, e não estaduais. Em geral, as atribuições de policiamento das gendarmarias europeias se restringem a áreas rurais, cabendo às polícias civis o policiamento, tanto ostensivo como investigativo, das áreas urbanas, o que restringe bastante o âmbito de atuação dos militares. As gendarmarias europeias também são polícias de ciclo completo, isto é, realizam não só o policiamento ostensivo, mas também são responsáveis pela investigação policial.
No Brasil, a Constituição da República estabeleceu no seu artigo 144 uma excêntrica divisão de tarefas, na qual cabe à Polícia Militar realizar o policiamento ostensivo, enquanto resta à Polícia Civil a investigação policial. Esta existência de duas polícias, por óbvio, não só aumenta em muito os custos para os cofres públicos que precisam manter uma dupla infraestrutura policial, mas também cria uma rivalidade desnecessária entre os colegas policiais que seguem duas carreiras completamente distintas. O jovem que deseja se tornar policial hoje precisa optar de antemão entre seguir a carreira de policial ostensivo (militar) ou investigativo (civil), criando um abismo entre cargos que seriam visivelmente de uma mesma carreira.
Nos EUA, na Inglaterra e em outros países que adotam o sistema anglo-saxão, as polícias são compostas exclusivamente por civis e são de ciclo completo, isto é, o policial ingressa na carreira para realizar funções de policiamento ostensivo e, com o passar do tempo, pode optar pela progressão para os setores de investigação na mesma polícia. Para que se tenha uma ideia de como esse sistema funciona, um policial no Departamento de Polícia de Nova York (NYPD) ingressa na carreira como agente policial (police officer) para exercer atividades de polícia ostensiva (uniformizado), tais como responder chamadas, patrulhar, perseguir criminosos etc. Depois de alguns anos, esse agente policial pode postular sua progressão na carreira para o cargo de detetive (detective) no qual passará a exercer funções investigativas e não mais usará uniformes. A carreira segue com os cargos de sargento (sergeant), que chefia outros policiais; de tenente (lieutenant), que coordena os sargentos; e de capitão (captain), que comanda o que chamaríamos de delegacia.
Apesar do que a semelhança dos nomes poderia sugerir, não se trata de patentes, mas de cargos, pois todos são funcionários públicos civis. Cada policial está subordinado apenas a seus superiores hierárquicos em linha direta, assim como um escrivão judicial brasileiro está subordinado ao juiz com o qual trabalha. Um agente policial estadunidense não está subordinado de qualquer forma às ordens de um capitão de uma unidade policial que não é a sua, assim como o escrivão judicial brasileiro não deve qualquer obediência a juízes de outras varas. Para se ter uma ideia da importância dessa diferença, basta imaginar a situação difícil em que fica um policial militar brasileiro ao parar, em uma blitz, um capitão a quem, para início de conversa, tem o dever de prestar continência. A hierarquia militar acaba funcionando, em casos como esse, como uma blindagem para os oficiais, em um nítido prejuízo para o princípio republicano da igualdade de tratamento nos serviços públicos.
As vantagens de uma polícia exclusivamente civil são muitas e, se somadas, a unificação das polícias ostensiva e investigativa em uma única corporação de ciclo completo só traz benefícios para os policiais, em termos de uma carreira mais atrativa, e aos cidadãos, com um policiamento único e mais funcional.
No Brasil, tramita no Senado da República a Proposta de Emenda à Constituição nº 102/2011, de autoria do senador Blairo Maggi (PR/MT), que, se aprovada, permitirá aos estados unificarem suas polícias em uma única corporação civil de âmbito estadual, representando um avanço imensurável na política de segurança pública brasileira, além de uma melhor aplicação do dinheiro público, que não mais terá que sustentar duas infraestruturas policiais distintas e, algumas vezes, até mesmo concorrentes.
A unificação das polícias também possibilitaria uma carreira policial bem mais racional do que a que temos hoje. O policiamento ostensivo é bastante desgastante e é comum que, à medida que o policial militar envelhece, ele acabe sendo designado para atividades que exijam menor vigor físico. Como atualmente existem duas polícias e, portanto, duas carreiras policiais distintas, os policiais militares acabam sendo designados para tarefas internas, típicas de auxiliar administrativo, mas permanecem recebendo a mesma remuneração de seus colegas que arriscam suas vidas nas ruas. Com a unificação, ocorreria o que acontece na maioria das polícias do mundo: ele seria promovido para o cargo de detetive e sua experiência como policial ostensivo seria muito bem aproveitada na fase de investigação. Para suprir os cargos administrativos meramente burocráticos, bastaria fazer concursos para auxiliares administrativos que requerem vocação, habilidades e treinamento bem mais simples daqueles exigidos de um policial.
Por outro lado, os policiais civis que realizam o trabalho de investigação atualmente são recrutados por meio de concursos públicos e começam a exercer suas atividades investigativas sem nunca terem tido experiência policial nas ruas. Com a unificação da polícia, o ingresso se daria sempre para o cargo de policiamento ostensivo, no qual o policial ganharia experiência e só então poderia ascender na carreira para os cargos de investigação. Um modelo que privilegia a experiência prática, e não o conhecimento técnico normalmente exigido em provas de concursos.
Finalmente, a unificação das polícias acabaria também com os julgamentos de policiais pela Justiça Militar. Pelo atual sistema, os crimes praticados por policiais militares em serviço (exceto crimes dolosos contra a vida de civis) são julgados não pelo juiz criminal comum, mas pela Justiça Militar, em uma clara violação do princípio republicano da isonomia. É como se as universidades federais tivessem uma Justiça Universitária para julgar os crimes praticados por professores durante as aulas; ou as indústrias tivessem uma Justiça Industrial para julgar os crimes praticados por metalúrgicos em serviço. Uma espécie de universo paralelo jurídico que só se explica pela força política dos militares quando da promulgação da Constituição de 1988.
Desmilitarizar e unificar as polícias estaduais brasileiras é uma necessidade urgente para que haja avanços reais na nossa política de segurança pública. Vê-se muito destaque na mídia para projetos legislativos que demagogicamente propõem o aumento de penas e outras alterações nos nossos códigos Penal e de Processo Penal como panaceia para o problema da criminalidade. Muito pouco se vê, porém, quanto a propostas que visem a repensar a polícia brasileira.
De nada adianta mudar a lei penal e processual penal se não se alterar a cultura militarista dos seus principais aplicadores. Treinem a polícia como militares e eles tratarão todo e qualquer suspeito como um militar inimigo. Treinem a polícia como cidadãos e eles reconhecerão o suspeito não como “o outro”, mas como alguém com os seus mesmos direitos e deveres. Nossa polícia só será verdadeiramente cidadã quando reconhecer e tratar seus próprios policiais como civis dotados dos mesmos direitos e deveres do povo para o qual trabalha. F

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Benefícios da Água Oxigenada (10 volumes)




Você sabe os benefícios que a Água Oxigenada traz? 90% das pessoas não sabem, porque não é divulgado, por ser um produto de fácil acesso e que não dá lucro por ser muito barata!

Lista de benefícios:
1- Mata os germes bocais;
2- Clareia os dentes (uma parte de água oxigenada vol. 10 para duas de água filtrada, faça bochecho, depois cuspa);
3- Tira os germes das escovas de dente que causam gengivite e outros (mantenha a escova numa solução de água oxigenada);
4- Desinfeta as superfícies melhor que qualquer outro produto (excelente para banheiros e cozinhas);
5- Passada nos pés, à noite, evita problemas de frieiras e outros fungos que causam os principais problemas nos pés, inclusive mau cheiro (chulézinho);
6- Um pouco de água oxigenada na água do banho ajuda a manter a pele saudável, podendo ser usada em casos de micoses e fungos;
7- Desinfeta. Roupas que precisem desinfecção (lençóis, fraldas, etc), ou aquelas em contato com secreções corporais e sangue, podem ser totalmente desinfetadas se ficarem de molho numa solução contendo água oxigenada antes da lavagem normal;
8- Evita infecções. Passada em ferimentos (várias vezes ao dia) evita infecções e ajuda na cicatrização. Até casos de gangrena regrediram com o seu uso;
9- Mata germes e outros micro-organismos nocivos;
10- Alivia o nariz que estiver com constipações, gripe ou sinusite (misture meio-a-meio com água pura e pingue no nariz, espere alguns minutos e assoar o nariz);
11- Ajuda manter a pele saudável (use no banho, pode ser usada em caso de Micoses);
12- Desinfeta roupas que tiveram contato com sangue ou secreções corporais (Deixe de molho numa solução de água oxigenada antes da lavagem normal);
13- Mata bactérias na cozinha, inclusive salmonela (após o uso dos utensílios, desinfete com água oxigenada);
14- Remove tártaro dos dentes (molhe a escova com a água oxigenada e escove normalmente, o tártaro sai aos poucos);

Dica enviada por Michele Silva