Após o PAUTA DO DIA divulgar em primeira mão e com exclusividade a reação de três delegados
da Polícia Federal ao testemunharem um assalto a uma casa lotérica (Relembre AQUI), o Ministério
Público Federal divulgou que vai instaurar um inquérito para apurar se houve
prevaricação por parte dos delegados Praxíteles Fragoso Praxedes, Rafael Potsch
Andreata e Rodolfo Martins Faleiros Diniz.
Delegado da PF Praxíteles Praxedes
Lotados na na Superintendência Regional da Polícia Federal, eles foram
reconhecidos nas imagens que o proprietário da loteria – assaltado pelo mesmo bandido
cinco vezes em oito meses – divulgou na esperança de que alguém identificasse o
criminoso.
A procuradora da República Cíntia Melo Damasceno, do Grupo de Controle
Externo da Atividade Policial, vai analisar as imagens.
Veja o vídeo AQUI
Nas imagens, os delegados Praxedes – que ficou conhecido durante as
investigações sobre o “mensalão”, em 2005, e atualmente é chefe da Delegacia de
Controle de Armas e Produtos Químicos – e Andreata – que é diretor regional da
Associação dos Delegados de Polícia Federal (ADPF-Rio) e na trabalha Delegacia
de Repressão a Crimes Financeiros – conversavam quando foram alertados sobre a
presença do bandido pelo também delegado Faleiros – substituto eventual do
corregedor regional da instituição.
Em nota, a Polícia Federal informou que os delegados relataram não terem
agido no momento para não expor a risco a vida dos funcionários e clientes e
que eles disseram que aguardaram o ladrão sair e o seguiram “esperando o melhor
momento de intervir, sempre atentando para a segurança dos transeuntes”. No
entanto, o assaltante conseguiu fugir.
A PF ressaltou ainda que os três estão à disposição da 4ª DP (Central do
Brasil), responsável pelo caso, para prestar depoimento. Ainda segundo a
instituição, apenas o delegado Praxedes estava desarmado.
“É uma vergonha. O policial tem o dever e a obrigação de agir. Se eles
fossem agentes, teriam feito algo. Espero que a sociedade entenda que esse não
é o modelo”, garantiu Luis Antônio Boudens, vice-presidente da Federação
Nacional de Policiais Federais (Fenapef).
A corregedoria da Polícia Federal informou que também vai investigar o
caso.
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