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terça-feira, 30 de abril de 2013


16 segredos que tentam esconder de nós

Desde o dinheiro que você ganha até a água que você bebe. Por trás de muitas coisas existem vários segredos – segredos que empresas e governos não queriam que você soubesse. Conheça 16 desses segredos.

Você recebe somente 7 meses de salário por ano

Impostômetro

Em tese, deveríamos ganhar 12 meses de salário todos os anos, mas na realidade, as coisas não funcionam bem assim. Cinco desses doze salários vão inteiramente para o governo brasileiro. Um cidadão que ganha R$ 3.000,00 por mês destina mais de 40% de seu salário em impostos e outras taxas.
Esse cálculo foi realizado pelo IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário). Engane-se quem pensa que o Brasil é o país com maior carga tributária do mundo. O líder desse ranking é a Suécia. Contudo, lá há um retorno de todo esse dinheiro, como qualidade na educação, segurança e saúde – algo que não vemos tanto por aqui.

Pão torrado pode ser perigoso para a saúde

Pão torrado
Por mais inofensivo que possa parecer, pão torrado pode oferecer um alto risco para a nossa saúde. Segundo alguns estudos, quando alimentos ricos em amido (como pão e batata) são submetidos a temperaturas superiores a 120º, eles produzem uma substância denominada acrilamida, que pode causar câncer.
Pesquisas foram realizadas em ratos, mas ainda não existem uma certeza que a substância tem o mesmo efeito em seres humanos.

Coca-Cola e Pepsi possuem “polêmico” ingredienteCoca cola

Alguns refrigerantes, como Coca-Cola e Pepsi possuem uma substância denominado metil imidazol (4-MI), que está relacionada à incidência de câncer. De acordo com alguns estudos, uma lata de Coca-Cola no Brasil possui 267 mg da substância, 66 vezes mais do que a Coca-Cola californiana – e 9 vezes acima do limite estabelecido pelo governo dos EUA. O Brasil é o líder no uso da substância.
Embora a empresa negue qualquer risco à saúde, ela decidiu cumprir a lei e mudar sua fórmula na Califórnia, diminuindo o uso da substância. No Brasil, a fórmula não será alterada.

Insetos fazem parte de sua refeição

Prato de comida
É quase impossível que ao longo de várias etapas de produção de um alimento industrializado ele não acabe sendo contaminado com pedaços de insetos. Por isso, recentemente a Anvisa publicou um documento no qual sugere que para cada 100g de alimento, exista no máximo 10 fragmentos de insetos.

Chocolate está ameaçado de extinção

Barra de chocolate
Segundo algumas estimativas nada animadoras, o chocolate daqui a 20 anos será tão raro quanto o cacau. Essa conclusão está baseada em estudos realizados no solo da África, principal produtora de cacau no mundo. O cacaueiro costuma crescer em florestas, à sombra de árvores mais altas. Contudo, os produtores estão derrubando essas outras árvores para plantar mais cacaueiros. Embora a colheita aumente, o solo fica ressecado e erodido pela forte luz solar, o que ao longo prazo trará sérios problemas para os amantes do chocolate.
Vale lembrar que o Brasil, embora seja o grande produtor de cacau no mundo, o importa de outras regiões, sobretudo no continente africano.

Quanto menos religiosa uma pessoa for, mais agirá por compaixão

É verdade que a maioria das religiões pregam compaixão com os próximos. No entanto, segundo um estudo, a maioria das pessoas religiosas não se importam muito com isso.
Mais de 1330 pessoas tiveram suas vidas analisadas nos EUA. Segundo os pesquisadores, as pessoas menos religiosas se guiavam mais pela compaixão ao fazer um ato de caridade (como oferecer o assento no transporte público à estranhos). Entre os devotos, foi notado o inverso.
Outro estudo concluiu exatamente a mesma coisa. Mais de 200 pessoas participaram de um jogo. Cada uma delas recebeu uma quantidade de pontos que poderia ser trocada por dinheiro. A pessoa podia decidir se compartilhava ou se guardava os pontos. O estudo concluiu que nos menos religiosos, a compaixão pesou muito mais nas atitudes a favor do grupo. Entre os mais devotos, a compaixão pouco influiu.

A Rússia possui mais de 40 cidades secretas

Essas cidades não apareciam nos mapas até o final dos anos 80. Hoje, sabemos de sua existência, mas só é permitido entrar nelas com autorização do Ministério da Defesa e/ou Agência de Energia Atômica Russa. Juntas, essas cidades abrigam mais de 1,5 milhão de habitantes. Entre as mais famosas estão Kraznoznamensk, Ozyorsk e Vilyuchinsk.

Carne de boi é feita com fezes

Há um forro de serragem, sabugo de milho triturado, feno e casca de arroz nos galpões de criação de aves. Essa mistura fica cheia de fezes, bactérias penas e resíduos de medicamentos. O gado no Brasil era alimentado assim até 2004. Contudo, a prática foi proibida, pois o gado geralmente se infectava com proteínas relacionadas à encefalopatia espongiforme bovina – a doença da vaca louca. Mas em países como os EUA, essa prática é permitida. Além disso, lá as aves comem olho, cérebro e intestino de boi, que acabam sendo ingeridos, juntos com fezes, pelos próprios bois.

Impressoras a laser são poluentes

Impressoras a laser
De acordo com pesquisadores da Universidade de Queensland, na Austrália, 17 modelos de impressoras a laser, incluindo marcas como HP e Toshiba, emitem uma alta quantidade de partículas ultrafinas, que quando inaladas podem causar problemas cardíacos e respiratórios, assim como tumores.
A emissão de partículas varia muito de modelo para modelo, e não se sabe ainda a composição dessas partículas.

Não há problema em usar celulares no avião

Avião
Várias empresas aéreas já permitem o uso de celulares dentro de suas aeronaves, que parecem não cair por causa disso. Uma hipótese para a proibição do uso de celulares por parte de algumas empresas está na própria rede de telefone. Se você ligar para alguém em um avião (que voa muito alto e rápido), o sinal irá se espalhar por longas distâncias, o que prejudica bastante a sua qualidade e acaba congestionando a rede de telefonia. Nos aviões que são permitidos o uso, existe um dispositivo capaz de interceptar o sinal e direcioná-lo para satélites, evitando interferências e congestionamentos na rede.

Lâmpadas e iPhones possuem prazo de validade

iPhone 5
De acordo com a própria Apple, a bateria do iPhone é capaz de suportar cerca de 400 ciclos completos de carga e descarga. Após ultrapassar esse limite, ela começar a perder desempenho até simplesmente deixar de funcionar. Isso é natural e inevitável em qualquer dispositivo eletrônico, contudo, a bateria do smartphone da Apple não é removível, fazendo o usuário a levar o equipamento à uma assistência, que acaba saindo quase o preço de um aparelho novo nos EUA (a troca de bateria sai US$80, e um aparelho novo US$90, com subsídio de operadores de telefonia), o que faz com que os usuário simplesmente descartem os aparelhos antigos e comprem versões mais recentes do smartphone.
Mas não é somente o iPhone que sai de fábrica com um “prazo de validade”. As lâmpadas incandescentes também. Elas possuem uma duração média de 1.000 horas, mas poderiam ter uma duração muito superior caso isso fosse de interesse das empresas. Em 1920, fabricantes de lâmpadas se reuniram para firmar um acordo para limitar a duração das lâmpadas. Embora a manipulação tenha sido descoberta em 1950, a duração delas continua limitada a 1.000 horas.

iPhone registra lugares onde você esteve

iPhone 5 Mapas
Embora não haja evidências de que esses dados sejam enviados para a Apple, eles ficam armazenados em um arquivo e são transferidos para o computador quando este é sincronizado com o iPhone. Qualquer que pessoa que tenha acesso ao computador sincronizado é capaz de acompanhar seus movimentos, onde quer que você esteve, minuto a minuto.
De acordo com a Apple, o smartphone não rastreia seu usuário, e essa técnica é somente usada para melhorar a precisão do GPS, que só funciona com a autorização do usuário.

EUA e Rússia têm vírus que podem devastar o mundo

No século passado, a varíola matou centenas de milhões de pessoas, e só foi erradicada com campanhas de vacinação no mundo todo. Embora o último caso tenha sido registrado em 1977, o vírus por trás da doença (Orthopoxvirus) está estocado em grandes quantidades nos EUA e Rússia, desde a Guerra Fria.
O arsenal norte-americano é mantido no Controle e Prevenção de Doenças, em Atlanta, e caso o vírus seja liberado acidentalmente ou em caso de guerra, traria terríveis consequências para a humanidade, já que a vacinação em massa foi interrompida há mais de 30 anos.
Além do vírus da varíola, os EUA também cultivam microrganismos ainda mais perigosos, como o da ebola e antraz. De acordo com o governo norte-americano, o objetivo é criar vacinas contra esses vírus.

Adoçante engorda mais que açúcar

Adoçantes
Sempre que comemos ou tomamos algo calórico, como um suco, nosso organismo sabe que está ingerindo de fato algo bastante calórico. Quando tentamos enganá-lo adoçando algo com adoçante, na verdade causamos um “curto-circuito”. O corpo não obtém as calorias que esperava, e o cérebro dispara uma sensação de fome maior, fazendo o indivíduo comer mais. Em suma, mesmo sendo menos calóricos, os adoçantes causam um efeito colateral, que faz o indivíduo engordar.

Existe remédios na água da torneira

Água da torneira
Quando ingerimos um medicamento, o organismo só aproveita cerca de 30% dele. O restante sai pela urina e fezes. Junto com elas, o medicamento vai embora pelo vaso sanitário. No entanto, os sistema de tratamento de água ainda não são preparados para retirar moléculas dos medicamentos, que acabam contaminando rios, lagos, reservatórios até retornar para a torneira. Resumindo, junto com a água da torneira que você pode ingerir, você também está ingerindo indiretamente substâncias de remédios excretadas por outros indivíduos, claro que em uma quantidade muito pequena. Não há provas de que isso pode causar danos à saúde humana.

Uma máquina controla a atmosfera do mundo

HAARP
Trata-se do HARRP (Programa de Investigação de Alta Frequência da Aurora), já abordado anteriormente aqui no site. Trata-se uma instalação localizada no estado do Alasca com 180 antenas e 360 transmissores de rádio. O HAARP emite ondas eletromagnéticas absorvidas pela ionosfera, alterando o comportamento da atmosfera.
De acordo com o governo dos EUA, o objetivo da instalação é estudar a ionosfera, visando melhorar sistemas de comunicação e vigilância, para uso civil e militar.


Seus amigos te deixam menos pobre

Carol Castro 22 de abril de 2013
Sem amigos a gente não é nada, só uma tentativa frustrada de ser feliz. E a ciência vive confirmando isso – diz até que solidão pode mesmo matar. Mas seus amigos não te deixam “apenas” feliz, eles também podem deixar você um pouco menos pobre.
Pesquisadores da Universidade Tilburg, na Holanda, convidaram voluntários para quatro experimentos. A ideia era fazer com eles se sentissem excluídos ou aceitos pelo grupo em cada um das atividades. Na sequência, os participantes podiam comprar, simbolicamente, alguns itens das outras pessoas.
E, olha só, quanto mais isolada uma pessoa se sentia, maior era o seu impulso consumista. Elestambém tentavam alinhar seus gostos com os de outro conhecido – numa tentativa desesperada de se sentir parte de alguma coisa.
É que se sentir excluído definitivamente não deixa ninguém feliz. Aí vale tudo para se integrar a uma turma, mesmo que isso custe uma bolada. Ou talvez seja ainda uma tentativa infeliz de preencher a solidão com coisas materiais.
Tristeza, não? Melhor cuidar dos amigos que você tem.
(Via Live Science)
Leia também: flickr.com/74576085@N00

Fazer mais sexo que seus amigos é o segredo da felicidade

Carol Castro 18 de abril de 2013
Sexo é mágico: lembra que só de pensar no ato você fica mais espertinho? Pois é, ir além do pensamento pode deixar sua vida mais feliz. Mas, segundo uma pesquisa americana, você só vai ser feliz mesmo se acreditar que faz mais sexo do que todos seus amigos.
Tim Wadsworth, um sociólogo da Universidade de Colorado em Boulder, analisou os dados de uma pesquisa nacional com mais de 15 mil pessoas, realizada entre os anos de 1993 até 2006. Ele queria saber se a frequência com que as pessoas fazem sexo influencia na felicidade. E, sim, uma coisa tem tudo a ver com a outra: quem faz sexo 2 ou 3 vezes por mês tem 35% mais chances de sentir uma felicidade quase plena do que aqueles que raramente transam. Aliás, quanto mais sexo eles fazem, maior é a felicidade.
Isso só não acontece se seus amigos se vangloriarem mais das noitadas do que você. Pois é, quando os casais acreditam que fazem menos sexo do que os outros a felicidade cai pela metade. Ou seja, segundo a pesquisa, provavelmente você só vai se sentir feliz de verdade se pensar que faz mais sexo do que todos seus amigos.
Que bobeira, não?
Crédito da foto: flickr.com/anais_nannini

terça-feira, 23 de abril de 2013

O general mentiu


Blog de Jamildo 1

opinião

O general mentiu

POSTADO ÀS 14:23 EM 22 DE ABRIL DE 2013
Por Ricardo Noblat, em seu blog
"O que ainda faz o general José Elito Carvalho Siqueira como ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da presidência da República?

O general mentiu ao país a respeito de uma operação de espionagem conduzida pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin). E a mentira pública cometida por autoridade é considerado algo de muito grave no chamado mundo civilizado. Motivo de demissão.

No último dia 19 de março, por exemplo, Jérome Cahuzac, ministro francês do Orçamento, pediu demissão do cargo depois que o Ministério Público decidiu investigá-lo por lavagem de dinheiro.

Cahuzac levara três meses negando que tivesse uma conta bancária no exterior - o que não constituía crime, por sinal. Acabou confessando que mentira.

Luiz Estevão de Oliveira (PMDB-DF) foi o primeiro senador brasileiro cassado.

Não perdeu o mandato por ter embolsado parte do dinheiro destinado à construção do Fórum da Jusiça Trabalhista de São Paulo. Perdeu porque mentiu ao se defender.

Richard Nixon, presidente dos Estados Unidos, fez o que pode para encobrir as ligações do seu governo com o arrombamento do comitê do Partido Democrata no edifício Watergate, em Washington. Renunciou ao mandato depois que se descobriu que mentira.

O jornal O Estado de S. Paulo denunciou no último dia quatro que o "governo montara uma operação coordenada pelo GSI e executada pela Abin para monitorar a movimentação sindical no Porto de Suape, em Pernambuco".

Lembrou que Eduardo Campos, governador de Pernambuco e aspirante à sucessão de Dilma, se opõe à Medida Provisória que retirou dos Estados a autonomia para licitar novos terminais de carga. E que por causa disso andara se reunindo com sindicalistas.

"A ação envolve uma equipe de infiltrados no Porto de Suape e a produção de relatórios de inteligência repassados ao general José Elito", informou o jornal.

No dia seguinte, o general assinou uma dura nota classificando a reportagem de “irresponsável”. E afimou a certa altura: “É mentirosa a afirmação de que a GSI/Abin tenha montado qualquer operação para monitorar o movimento sindical do Porto de Suape ou qualquer outra instituição do país.”

Recentemente, o jornal teve acesso ao documento que confirma tudo o que o general desmentiu. Simplesmente tudo.

O documento se chama "Ordem de Missão 022/82105" e foi enviado às seções da Abin em 15 Estados.

A missão: identificar ações grevistas como reação à Medida Provisória que altera o funcionamento dos portos. O alvo central: sindicalistas ligados à Força Sindical e, por tabela, a Eduardo Campos.

Pouco antes da missão ter início, "uma equipe de agentes de Brasília percorreu os Estados alvo para uma ação de vigilância prévia", segundo o jornal.

Pela primeira vez, "a vigilância se valeu de um equipamento de filmagem israelense que permite a transmissão em tempo real e em alta resolução de imagens captadas nos portos".

O general reconheceu a existência do documento, mas ainda assim negou que ao comentar a primeira reportagem tivesse mentido a respeito. "A gente monitora tudo, assuntos que possam ser de interesse do país". E arrematou: "Não foi um monitoramento de movimento a ou b, mas de cenário".

O general mentiu duas vezes, pelo menos: ao classificar de “irresponsável” e de “mentirosa” uma denúncia que sabia ser verdadeira; e ao negar depois que mentira a respeito.

Se seu amor ao decoro fosse maior do que seu amor ao emprego não teria mentido. Uma vez flagrado mentindo pediria demissão."

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Pastor-deputado que se diz ‘ex-gay’ revela: ‘não posso ficar junto de homem’ Postado em: 19 abr 2013 às 14:44


‘Ex-gay’, pastor e deputado revela que não pode ficar junto de homem porque ‘a carne é fraca’. O pastor também ratifica as posições de Feliciano e defende inclusive a afirmação do parlamentar de que “africanos são descendentes amaldiçoados de Noé”

pastor isidório feliciano
Pastor e deputado Isidório (PSB)
Sem medir palavras para evitar polêmicas, o deputado estadual Pastor Sargento Isidório (PSB) tem criado animosidades até dentro do próprio partido que faz parte por conta das suas posições. Responsável pela Fundação Doutor Jesus, centro de reabilitação para dependentes químicos localizado em Candeias, na Região Metropolitana de Salvador, o parlamentar se diz “ex-homossexual, ex-drogado e ex-bandido”.
Ele também afirma ter “quase certeza” de ter sido infectado pelo vírus HIV – embora não haja diagnóstico que comprove a assertiva – e curado “pela fé”. Diante dos protestos que envolvem a permanência do deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) à frente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara Federal, Isidório subiu ao altar e defendeu o colega.
O pastor também ratifica as posições de Feliciano e defende inclusive a afirmação do parlamentar de que “africanos são descendentes amaldiçoados de Noé”.
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“A viadagem da África, quando viu dois cabras bons, bonitos, musculosos, saiu atrás. (…) [Por isso], o Pastor Marco Feliciano falava que por causa do pecado lá naquela região onde a pele é mais negra aconteceu a maldição”, interpretou. Ele diz que ficou insatisfeito com nota de repúdio lançada pelo PSB, credita o comunicado “aos viados e viadas lá dentro” e discorda das posições da presidente estadual da legenda, a senadora Lídice da Mata. “Ela é de Oxum e eu sou de Jesus. Eu também já fui de Oxum quando era homossexual”, comparou.
pastor isidoro homofóbico racista
O deputado estadual Pastor Sargento Isidório (PSB) lançou uma campanha no Facebook em apoio ao discurso feito pelo presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, Pastor Marco Feliciano (PSC). “Entre na campanha da valorização da família criada por Deus. Homem e mulher. O resto é abominação”
Ao salientar não temer ser expulso da sigla, afirmou que “se essas desgraças [partidos] prestassem, eram inteiros”. Apesar de suas convicções, o religioso ainda titubeia quando volta seus olhos para o mundo terreno. “O pastor é humano. Claro que eu tenho medo de recaída. Eu não posso ficar junto de um homem muito tempo porque a carne é fraca”, estremeceu.

A outra história do atentado em Boston: espetáculo em cinco atos


Cai a cortina. E, como em qualquer espetáculo teatral, o público aplaude os atores. Eles desfilam em seus carros com luzes que piscam vermelhas e azuis, os tanques antibombas passam sob um frenesi de uma sociedade que, desde 11 de setembro de 2011 vive a frustração por não ter conseguido caçar os terroristas que abalaram o orgulho nacional

CAÇADA HUMANA,
ESPETÁCULO EM CINCO ATOS (OU, CINCO DIAS)
Roteiro, Direção e Sonoplastia – CIA, FBI, POLÍCIA DE BOSTON
Participação Especial – Sociedade Americana
Narração – Fox News
Era Boston, início da tarde de 15 de abril, numa primavera sonolenta e ainda fria, quando dois irmãos saíram de casa. Nas costas carregavam um elemento cada dia mais demonizado pela sociedade americana: mochila. E essa tinha seus perigos. Ela transportava uma bomba. Caseira, rudimentar, de baixo impacto, de fácil feitura, numa panela de pressão. Mas continuava sendo uma bomba. E bombas, de nêutrons ou caseiras, são construídas com o mesmo objetivo. Para matar. Sempre.
Os jornais da cidade de Boston naquela segunda-feira, dia da “segunda maratona do mundo” (a primeira continua sendo a grega) trazem notícias corriqueiras., além do assunto do dia, a maratona . Nas primeiras páginas do jornais de Boston, New York, Washington, Chicago, Miami, nenhuma linha sobre o que acontecera na véspera, domingo, 14 de abril. Naquele dia, 30 pessoas, entre elas oito crianças, foram mortas por um drone no Afeganistão. A máquina da morte confundiu uma cerimônia de casamento com ato terrorista. Há quem concorde.
São 2h17min da tarde de 15 de abril na bela e culta cidade de Boston. Correrias, sirenes, multidão em polvorosa. A bomba havia explodido. Quatro pessoas são envolvidas em sacos plásticos. Mortas. Outras 160 se espalham pela rua interditada e pelas calçadas. Feridas. Comoção nacional. Não pelo drone que matou 30 pessoas inocentes. Mas pelo “ato terrorista” que matou quatro inocentes, entre eles um garoto e 160 feridos. Um deles, com pernas amputadas.
24 horas do atentado, nenhum suspeito. Nada. Nenhuma testemunha mas (as conjunções adversativas sempre mudam a história do mundo), surge a primeira imagem, um primeiro suspeito. Alguém que andava sobre os telhados na hora da maratona.
As especulações qual coriscos ensandecidos, riscam os céus de Miami, Chicago, Washington, New York e Boston. “Isso é coisa do Tea Party”, reclamam uns. “Parece que foi ação de quem é contra a alta de impostos”, bradam outros. Ninguém se lembra de que o Congresso dos EUA está, nesse momento, discutindo uma Lei de Migração menos draconiana. A discussão arrepia e traz pesadelos para a extrema direita e seu atual líder, senador pela Flórida, Marco Rúbio. Filho de cubanos fugidos da ilha nos 60.
Quarta-feira, 17 de abril. A câmera de um “anônimo” traz, finalmente, aquilo que mais de 300 milhões de americanos esperavam. A imagem de dois rapazes. Eles e suas e suas mochilas. Os dois próximo à lixeira onde a bomba fora deixada.
irmãos tsarnaev atentado boston
Irmãos Tsarnaev, suspeitos de atentado em Boston (Foto: Divulgação)
Ainda é 17 de abril. A voz da âncora da Fox News ecoa pelos ares de um país em pânico. Mas, antes de qualquer pronunciamento oficial, a âncora da Fox News canal de televisão de Rupert Murdoch (a mesma que se recusou a acreditar na reeleição de Obama) deixa escapar o cheiro da panela. Um cheiro de Islam servido num samovar.
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17 de abril, em Boston, a câmera com imagem dos dois irmãos, de nomes impronunciáveis no Ocidente, se junta a outras câmeras. A CIA entra em ação para ampliar as imagens que mais a interessavam A dos dois irmãos. A Polícia de Boston nega ter feito a captura de qualquer suspeito.
Já é quinta-feira, 18 de abril. CNN, com seu noticiário desbotado e Fox News exigindo vingança passam a centralizar o noticiário na busca dos “terroristas”. Às nove da noite desse dia, as imagens dos dois irmãos surge nas telas das redes sociais com a tarja “Wanted” (Procurados). A mesma tarja utilizada na colonização da costa Oeste do país para encontrar pistoleiros ou ladrões de gado, de banco…
Ainda é quinta-feira. Dez da noite. O lado Leste dos EUA já se entregou ao sono. A sociedade estadunidense dorme cedo. Mantém até hoje hábitos rurais, com algumas exceções. Na Fox News, uma voz embargada de emoção anuncia que uma loja de conveniências foi assaltada. Eram os dois irmãos. Eles também fizeram um refém, o dono de uma Mercedes SUV (Sport Utility Vehicule), um jeep possante. O refém escapa enquanto os irmãos assaltam a loja. Nem o FBI, nem a CIA, nem a Polícia de Boston mostra a loja do assalto e muito menos o cidadão sequestrado.
A partir daí, a tarja “Wanted” pode ser substituída pela tarja “Fiction”. Ou, acredite, se quiser. Porque, nessa tragédia, com cinco mortos (os quatro pela bomba e um dos irmãos pela polícia) a verdade de substantivo abstrato, torna-se substantivo volátil.
10h30min da noite de quinta-feira, os dois irmãos, mesmo num carro possante, não tinham se afastado tanto do local do sequestro seguido de roubo. A Polícia cerca o carro. Uma câmera imóvel filma o tiroteio. O som dos tiros são nitidamente de armas do mesmo calibre. Mas a versão oficial informa que a polícia foi recebida com bombas, embora o vídeo de câmara parada não mostre nenhuma explosão.
O mais velho dos irmãos é preso (ou se entrega, ninguém sabe). E morre “a caminho do hospital”. Ou vocês pensavam que só bandido brasileiro morre a caminho do hospital depois de “intensa troca de tiros”?
O irmão caçula, ferido, consegue escapar. Deixa um rastro de sangue, mas a polícia não segue as pegadas frescas. Desloca-se para uma pacata cidadezinha, Watertown para vasculhar a casa onde, afirmam as autoridades, viviam os irmãos. A essa altura, o telespectador já sabe que eles são estrangeiros. Vieram da sofrida Chechênia, país localizado numa região onde a morte chega pelas mãos das tropas de ocupação do Afeganistão. Ou, pela arma mais abjeta criada pela indústria armamentista dos Estados Unidos, o drone.
Os repórteres, âncoras e comentaristas se entreolham decepcionados. Por que Chechênia? Afinal de contas, Chechênia, é um país invadido pela Rússia. Seus imigrantes têm direito ao status de “refugiados”. Ou seja, os dois estavam fugindo do antigo inimigo número um dos EUA, a poderosa União Soviética. Um fantasma que por mais de cinco décadas povoou os pesadelos dos americanos. Não fazia sentido, bradavam os analistas e especialistas em Segurança e Terrorismo.
Helicópteros, carros antibombas, agentes com colete do FBI, Polícia de Boston, sirenes incessantes. A casa é cercada. São 10h30 da manhã de 19 de abril. A caçada fora iniciada doze horas antes. O movimento é acompanhado por centenas de jornalistas e canais de TV. As ruas da cidade foram fechadas. Ninguém entra ou sai. Os vôos, cancelados. Boston e seus arredores transformam-se em cidades sitiadas. “Estou no meio da guerra” dizia ao microfone um repórter da Fox News num cenário onde não se via carros ou pessoas.
Pé ante pé, rodeados por câmeras de grandes e pequenos canais de TV, batalhões de policiais, agentes do FBI, especialistas em desarmar bombas, helicópteros de guerra sobrevoam a pacata Watertown.
A âncora da Fox News baixa o tom de voz dramaticamente para dizer, “o procurado é uma pessoa de extrema periculosidade”. Ela está rouca e muito excitada. A polícia, qual seriado de TV, põe a arma em diagonal (nunca entendi porque as armas ficam na diagonal da mão quando a polícia busca criminosos). Chegam à casa onde viveriam os dois irmãos. Não se ouve nada. Nenhum som.
Frustração. Os policiais abandonam o interior a busca. E saem declarando que havia um verdadeiro arsenal dentro da casa vazia. E muitas bombas, algumas delas de alto poder destrutivo e que “exigem treinamento para sua fabricação. Não há imagens do arsenal.
Só um protesto diante da cena. A tia dos dois irmãos é advogada. Sem papas na língua. E vive no Canadá. Quando uma jornalista lhe pergunta o que acha do fato de seus sobrinhos terem bomba em casa, ela, voz firme, com forte sotaque do Leste europeu: “Evidências. Quero evidências de que havia bombas. Quem está informando sobre as bombas é o FBI e a CIA. Mas não há evidências”. E até agora as evidências continuam no anonimato.
Ninguém contesta a informação. Ninguém se pergunta por que os dois irmãos, “pessoas de extrema periculosidade” deixaram em casa bombas potentes e usaram uma outra de baixo impacto.
“Necessidade de treinamento para a fabricação”. A frase, parece solta ao acaso. Mas não se iludam. É o primeiro passo, o primeiro elo com o “terrorismo” (leia-se “terrorismo islâmico”).
14h30min de 19 de abril. A caçada continua sem pistas da pessoa de “extrema periculosidade”. A essa altura, na cozinha da Fox News, a panela de pressão assovia. Na tela o sinal de “Alert”, ou seja, vem notícia bombástica (sem trocadilhos).
E, para um público que, passivamente se deixa impregnar pelo noticiário como se fossem gansos alimentados para que seus fígados engordem e se transformem em paté de “foie gras”, a voz que alicia multidões diz que…tchan…tchan…tchan, o mais velho dos irmãos passou “seis meses na Chechênia.
Que absurdo! Como é que um checheno tem a ousadia de passar seis meses na Chechênia, mesmo morando no país mais rico e poderoso do planeta? Isso é crime. É sinal explícito de militância terrorista.
Mas ainda não era tudo. Os ponteiros do relógio avançavam. A caçada ia a passos de um velho celacanto. Nessa época do ano, o dia invade a noite. Só se deixa vencer quando não mais consegue provar o poder do sol.
As tropas tomam outra direção. Agora procuram um barco ancorado na terra. Lá está um adolescente. Ferido. Sangrando.
São 19h30 em Boston e seus arredores. A claridade é suficiente para encontrar filhotes de esquilo em mata fechada. Os helicópteros continuam vasculhando céu, terra. As tropas do país mais armado do mundo parecem perdidas. O bombardeio da Foz News sobre os gansos repete exaustivamente as mesmas informações. Em tons de filme macabro ou novela policial, os âncoras se revezam em adjetivos. Os gansos estão quase a ponto de virar patê de foie gras, explodindo de ódio contra os seguidores do Alcorão.
A luminosidade cede lugar às primeiras escuridões. A Fox News, num tom solene anuncia que o aparato policial “avança com cautela” porque quer pegar o irmão sobrevivente “vivo”. Como se fosse uma grande concessão.
21 horas. Já é noite de 19 de abril em Boston, em Watertown, Miami, New York e Washington. Em Chicago ainda há luz. A escuridão impede imagens nítidas mesmo para câmeras poderosas. E… “cantemos ao senhor”, a pessoa de “extrema periculosidade” é capturada. Está ferida. Perdeu muito sangue por quase 24 horas. Debruçados sobre um corpo magro, os paramédicos impedem telespectadores de olhar a cara do “terrorista” que é levado para o hospital. Os helicópteros com luzes infravermelho retornam à base.
Cai a cortina. E, como em qualquer espetáculo teatral, o público aplaude os atores. Eles desfilam em seus carros com luzes que piscam vermelhas e azuis, os tanques antibombas passam sob um frenesi de uma sociedade que, desde 11 de setembro de 2011 vive a frustração por não ter conseguido caçar os terroristas que abalaram o orgulho nacional.
O espetáculo que se encerra com os habitantes de toda uma cidade carregando flores ou velas protegidas por saco de papel cantando “God save America. My home, sweet home/ God save America/ my home sweet home, numa verdadeira catarse nacional.

domingo, 21 de abril de 2013

O sábio e o falso sábio, como desmascarar um picareta



AutorSebastião Fabiano Pinto Marques
Sabedoria
Conhecer é só uma das etapas do caminho para a sabedoria. Para o sábio, ser e agir são mais imortantes.
Não é difícil parecer sábio hoje em dia. Como vivemos numa sociedade que não se importa com a verdade, a coerência ou a ética, é fácil se passar por alguém nobre, mesmo sendo o mais tosco dos indivíduos.
Há cinco modos diferentes de se relacionar com a sabedoria: o sábio, o beinoini, o filósofo, o homem comum e o picareta (falso-sábio ou kelipá de sábio).
Ser sábio não é para qualquer um. São poucos os que conseguem chegar a tão alto grau. Bons exemplos são Rabi Akiva, a Rainha EstherRabi Isaac Luria e o Rebe de Lubavitch.
O beinoini exercita-se no dia-a-dia para tornar-se sábio. Com disciplina e persistência, ele busca mudar seu modo de agir e pensar a fim de alcançar a a meta. A maioria passa a vida inteira sem a alcançar. Apesar da dificuldade, a busca pela Sabedoria em si já vale a pena.
Támbém há o filósofo. Ele apenas simpatiza-se com a sabedoria, demonstrando agradar-se dela. No entanto, ele não se interessa em mudar a própria maneira de agir e pensar para alcançá-la, pois se satisfaz por apenas admirá-la ou pensar sobre o assunto.
Já o homem comum não demonstra interesse pela sabedoria. Para ele, isso tanto faz. Não se importa com isso e pronto. Até aí tudo bem.
No entanto, há um grupo de pessoas que se passa por sábio ou por quem busca a sabedoria, quando na verdade não a busca, nem se importa com o assunto. São os picaretas, também chamados de falsos sábios ou Kelipá do sábio. Este artigo é dedicado a esse último modo de se relacionar com a sabedoria.
Para atender seus interesses pessoais, esse grupo cria viseiras e cortinas que dificultam a busca por aqueles que se interessam pela sabedoria. Tal indivíduo chamo de falso sábio. Ele é como uma Kelipá: a sombra, a casca, a concha, a falsa aparência de algo que passa a ilusão de ser o algo, quando é, na verdade, sua negação.
Há gente assim em todas as profissões, espalhados por toda parte, independente da renda, classe social, sexo, opção de fé ou etnia. Em função disso, vou ensinar como identificar um falso sábio mencionando as principais características dele (e não são todas!).
A  mentira mata
Cuidado: a mentira mata. O Lashon Hará é um pecado mais grave que o assassinato, o estupro ou o incesto!
1) Mentir, mentir e mentir para ser politicamente correto e ficar na moda. Um falso sábio mente descaradamente e sem pudor, mesmo quando a verdade brilha por si mesma. Ele faz isso para ganhar a simpatia das pessoas. É mais fácil defender uma mentira que todos acreditam do que uma verdade impopular. Um falso sábio evitaria dizer que a monarquia parlamentar é a melhor solução política para o Brasil.
Por quê? Porque se trata de uma afirmação polêmica num país onde todos são ensinados que a república é boa e a monarquia malvada. Todos: o aluno do ensino fundamental, os professores e até quem deveria ser mais atento ao assunto.
Um falso sábio evita dizer algo que desagrade a maioria, mesmo quando é verdade. E por quê? Porque ele quer ser aplaudido! É muito comum ele ficar encima do muro quando é perguntado sobre algo polêmico. Ele faz isso por dois motivos: 1) ele não sabe pensar e não tem opinião própria e, 2) Não quer desagradar ninguém. Faça o teste: pergunte a um “doutor” de universidade pública qual é a opinião dele sobre Capitalismo, Monarquia e Israel. É bem provável que ele tenha uma opinião negativa e depreciativa. Por quê? Porque está na moda falar mal do Capitalismo, da Monarquia e de Israel! Não interessa se for ou não a verdade, os falsos sábios são especialistas na disseminação de fofoca (Lashon Hará) para ficarem na crista da onda. Eles são sofistas perspicazes.
2) Dizer coisas sem sentido. Para convencer as pessoas de que se é alguém excepcional, ele diz coisas sem sentido, que parecem bonitas, como “democracia”, “Direitos Humanos”, “Justiça”, “Integração Social”, “Liberdade” e outros.  Os falsos sábios falam desses assuntos de maneira vaga e genérica, mas não arriscam a dizer o que é de maneira clara e precisa para evitar que a própria ignorância seja desmascarada. Sócrates, um buscador da sabedoria, era perito em desmascarar tais impostores.
3) Ostentação de títulos.  Um falso sábio preocupa-se mais com os títulos que ostenta do que com o que faz ou sabe. Enfim: seu exemplo e suas descobertas não importam. Para ele, o título fala mais alto. Isso porque o falso sábio é uma kelipá do sábio. Enfim: uma concha, uma casca que aparenta ser algo sólido, cheio de conteúdo, mas que, na verdade, é oca, vazia, despida da essência a qual aparenta conter.
Um mau exemplo nesse sentido é o Presidente do STJ, Sua Excelência, o Magnífico, o Ilustre, o Doutor Ari Pargendler, acusado de demitir um estagiário porque o estudante se recusou a sair imediatamente do caixa automático para dar a vez a Sua Excelência que, diferentemente dos outros mortais, não podia esperar na fila para usar o caixa eletrônico. O processo criminal está parado há mais de um ano e tudo leva a crer que ficará por isso mesmo. O incidente aconteceu em 23/10/2010, mas o mais incrível é que em 03/11/2010, Sua Excelência ganhou o troféu Dom Quixote em defesa da ética, da moralidade, da dignidade, da justiça e dos direitos da cidadania! É mole? Bem-vindo à república!
Se ele fosse um homem ético, teria feito o possível para a investigação prosseguir com celeridade a fim de demonstrar sua inocência e também teria se recusado a receber o troféu enquanto o caso não fosse devidamente esclarecido.
sem sentido
Se isto não faz sentido para você, não se preocupe. O falso sábio diz muitas coisas sem sentido.
4) Prolixidade e Citações em língua estrangeira. Um falso sábio adora fazer citações em língua estrangeira para dar um ar sério e importante as bobagens que diz. O alemão e o latim estão entre os idiomas preferidos. Claro: ele também adora escrever dezenas de páginas inúteis, incompreensíveis e sem sentido. Gasta 4 horas e 200 páginas para explicar algo que poderia ser feito em 1 minuto ou uma página. Faz isso para criar a impressão de que seus escritos são elevados demais para que possamos compreender. Mas fique tranquilo: você não é incapaz, ele é que não diz nada.
5) Estão à venda. O falso sábio está à venda para defender qualquer bobagem desde que o paguem bem ou lhe concedam algum cargo de prestígio. Duvida? Então olhe em volta com mais atenção. É bem provável que tenha um bem pertinho de você.
6) Consideram-se deuses. Os falsos sábios se acham criaturas acima do bem e do mal. Eles acreditam que são infalíveis e superiores às outras pessoas. Não possuem autocrítica, nem capacidade de reconhecer o próprio erro. Pensam: “Se minha teoria não explica o mundo, deve haver algo de errado com o mundo!”. Não adianta conversar com ele, nem demostrar o erro. Ele não o escutará, pois você, um reles mortal, não está à altura de falar com um deus…
7) Apego doentio às formas. O Falso sábio sente um tesão doentio pelas formalidades. Ele se preocupa com o tamanho das margens, o tamanho da letra, o espaçamento entre as linhas, se há ou não uma vírgula na frase, se ele sentará na mesa do lado direito ou esquerdo de fulano de tal, se sentará na primeira fileira e todas as milhares de futilidades normatizadas pela ABNT e pelos livros de etiqueta. Elas tornam os trabalhos acadêmicos, especialmente as monografias, numa grande fonte de estresse e chateação. O falso sábio faz isso para se proteger, pois sabe que se as pessoas prestarem mais atenção ao conteúdo do que a forma, sua ignorância será fatalmente desmascarada. Se isso acontecesse quase todos os “doutores” das universidades brasileiras deveriam ser demitidos! Já imaginou se os ocupantes de altos cargos públicos falassem português popular e usassem camiseta e bermudão? Ninguém os levaria a sério. A pompa e os trajes são essenciais para esconder o vazio. Quer irritar um falso sábio? Ao chamá-lo, não diga antes do nome a palavra “doutor”, “mestre”, “Excelência” ou qualquer outra que ele se considere merecedor. É incrível como se irritam só por isso.

Em resumo:

Moisés e a Sarça Ardente
BOURDON, Sebastien. Moisés e a Sarça Ardente. Óleo sobre tela. 136cm x 106,5cm. (1642-1645)
O Brasil tem muita gente com diplomas e que ocupa altos cargos, mas escassas pessoas que buscam a sabedoria. Em geral, a estupidez e a incapacidade de se indignar são avassaladoras. Os sábios e os que  buscam a sabedoria são tidos por loucos e os falsos sábios sempre têm algum título para ostentar a fim de polir o ego. O Brasil é muito promissor para pensadores ignorantes e gente dissimulada. Em contrapartida, a verdade quase nunca acha ocasião para aparecer e é sempre motivo de chacota. E, para nossa tristeza, são os falsos sábios que escrevem os livros formadores da opinião pública. E o pior: eles serão os seus professores e o de seus filhos…
Sabedoria não é informação. Grande parte das pessoas é informada. Até o mais pobre dos homens tem acesso ao rádio e à TV. E muitos têm acesso à internet. No entanto, a maioria não é sábia, nem se importa em buscar a sabedoria.
Não se pode alcançar a sabedoria através de títulos ou altos cargos. Ela não está à venda. O caminho é outro.
O Sábio é. Isso mesmo, verbo intransitivo! Ele é. Não precisa de complemento. É o verbo ser no seu sentido original. O sábio encontrou a si mesmo, ele vivenciou a experiência de Moshê ao encontrar o Eterno de Israel na Sarça Ardente (Parashá de Shemot). O Sábio entende o significado da expressão “Eu Sou o que Sou”.
Numa sociedade que não conhece o significado do verbo ser, a frase “eu sou.” não faz nenhum sentido. Mas para quem é, ou busca ser, ela diz Tudo!
O Sábio é. A kelipá parece. E como uma casca ou uma concha, ela é oca. Não tem conteúdo, pois carece de ser.
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